17 - Respostas ĪĪ

1.4K 153 24
                                    


Achei a foto do tal Leon Chapman, confirmando que era realmente ele o cara da matéria antiga.

Certamente ele foi um dos donos da casa.

Peguei o caderno de registro, o folheando por cima, havia vários nomes ali, mas todos tinham o sobrenome Chapman, e pelo visto, essa casa era bem antiga, folheei até achar o nome do tal Leon, mas não consegui, ao chegar na última folha preenchida, algo me chamou a atenção, havia algo escrito abaixo do último nome, mas não havia nada...

Franzi o cenho passando meus dedos pelo local, sim, alguém havia escrito algo naquela linha, mas não podia ser visto por ninguém... Não a olhos nus pelo menos... Meus olhos foram atraídos pela lâmpada do meu quarto e eu ri baixinho.

— Não, não seria possível — mas mesmo assim me levantei, levando juntamente comigo o caderno, subi na minha poltrona e levei o caderno até a luz, quando a luz iluminou a folha que eu estava estendendo, eu arregalei os olhos e fiquei tão chocada que acabei me desequilibrando e caindo no chão.

Gemendo de dor pela queda eu me sentei no chão frio de pedra, olhando para a folha, e me levantando novamente, levando o caderno novamente até a luz e agora, sem cair, podendo ver o que estava escrito.

"Debaixo da soleira, sótão"

De alguma forma, alguém havia escondido algo escrito no caderno, para ninguém achar, mas o que seria tão importante para alguém ter tanto empenho em esconder? Com essa pergunta em mente eu me levantei, deixando o caderno sobre minha cama e subi as escadas, chegando a soleira da porta do sótão, que agora era meu quarto, pisei algumas vezes na madeira, e ela não se movia nem nada do tipo, motivada pelo desejo de saber oque era, eu subi as escadas para saber se minha mãe já estava dormindo, quando descobri que sim, fui até a salinha que havia dentro da cozinha, minha mãe deixava a caixa de ferramentas ali, e peguei um martelo, logo indo até a soleira novamente, por sorte minha mãe tinha sono pesado, num movimento preciso, eu consegui quebrar a madeira da soleira, tirando os destroços eu encontrei uma pedra por baixo, não havia nada... Neguei com a cabeça, se a pessoa não quisesse que alguém chegasse ao que quer que fosse ela teria bastante empenho em esconder, então eu me dediquei a tentar tirar a pedra do lugar, e me surpreendi ao perceber que ela não estava grudada, encaixada ou nada do tipo, estava solta, com facilidade consegui tirar ela, e abri a boca quando encontrei uma espécie de caixa ali

— O que...?

Consegui tirar a caixa dali, devolvendo a pedra para o lugar dela, rapidamente, voltei para o porão trancando a porta para minha mãe não entrar aqui. Quando cheguei ao final da escada, abri a caixa de metal e me surpreendi ao encontrar algumas coisas ali, havia um caderno, algumas folhas soltas, aparentemente sem nada escrito e uma chave.

Deixei as coisas debaixo da minha cama e me concentrei no caderno, na verdade ele parecia muito um diário ou algo de anotação, mas assim que li a primeira página, cheguei a conclusão que era um diário.

[ 18 se outubro de 1868: Papai acha importante termos registrados nossos dias e coisas do nosso mais profundo eu, diz que isso é bom para que nós não nos percamos em nós mesmos, por isso ele me entregou este diário, disse para mim registar todos os meus dias e pensamentos, foi um presente de aniversário muito legal.]

Era o diário de alguém... Alguém que já morreu a muito tempo, isso só por si só era algo muito interessante, mas o fato de poder me dar alguma resposta sobre Lauren o tornava ainda mais cativante, o lendo, descobri cada vez mais sobre o rapaz que agora sabia que se chamava Leon Chapman, ele tinha apenas sete anos quando ganhou o diário, já sabia ler e escrever corretamente além de saber falar perfeitamente francês e espanhol.

BRASAS DE FOGOOnde histórias criam vida. Descubra agora