BRASAS DE FOGO

18 - Respostas ĪĪĪ

〇lhei para mim mesma, através do espelho que tinha no banheiro, eu estava pálida, tudo que li havia me abalado de uma maneira absurda, respirei fundo, eu não sabia oque estava acontecendo, só sei que já aconteceram muitas coisas nessa casa, coisas nem um pouco boas, fechei os olhos respirando fundo, se eu quisesse chegar ao fundo disso, e algo me dizia que naquele diária havia minhas respostas, eu teria que terminar de ler as últimas páginas, nas quais estavam registradas palavras de uma pessoa completamente louca que fazia crimes cruéis em nome de Deus.

Liguei a torneira e apanhei um pouco de água, molhando meu rosto, depois disso novamente respirei fundo, tentando achar a coragem e fechei as mãos em punho para que elas parassem de tremer. Ao voltar para meu quarto, o antigo porão que agora estava com uma aparência completamente diferente, eu olhei o diário sentindo um frio passar na minha espinha. Outrora eu não levaria a possibilidade das "bruxas" que estavam relatadas no diário serem realmente bruxas, levaria isso como apenas uma das insanidades e crenças falsamente motivadas pela fé que a família Chapman tinha, mas agora, após ver tudo que vi, e ler as coisas que li, eu não duvidava de nada, se pessoas podiam ter suas almas presas a casas após morrerem de uma maneira brutal, e humanos serem tão cruéis, tudo podia ser real.

Mas ainda não havia entendido muitas das coisas, não entendia se todos os Chapman's eram "guerreiros de Deus" ou se eram somente alguns, não entendiam o que ou quem eram as bruxas ou se elas estavam relacionadas ao que achamos ser bruxas, não sabia de nada, com dificuldade apanhei o diário indo até a página que eu havia parado.

O crime que ele cometeu em 31 de agosto de 1888 não foi o último infelizmente, e ele criou um favoritismo pelo jeito que havia matado ela, logo repetiu isso em outras mulheres.

[7 de setembro de 1888: São só alguns inúteis que se acham superiores a Deus e com poder de ir contra suas palavras, mas infelizmente poucos guerreiros limpos nesse mundo maldito, não sou capaz de acabar com todos.]

Fui obrigada a ler todos os detalhes sombrios do jeito cruel e sem humanidade que ele havia acabado com a vida da pobre mulher, muitos outros assassinatos vieram depois desses.

[15 de outubro de 1888: É divertido brincar com esses tolos, que se acham tão auto suficientes, imbecis, Deus sabe que eu não ligo em ser reconhecido pelas minhas tarefas, todo bom fiel faz as coisas de Deus em silêncio, o adorando e não se vangloriando por isso, papai sempre me ensinou isso e eu como filho obediente sigo seus ensinamentos, mas nem todos são assim, o tipo que mais me enoja são os que se gabam por coisas que jamais serão capazes de fazer pois suas almas são podres e Deus não os escolheu. Whitechapel é um antro de imoralidade, pecados desprezíveis, mas tem coisas que estão me incomodando, aconteceram alguns assassinatos na região e os malditos estavam se gabando por coisas que fiz em nome de Deus, eu já estava lidando com eles, mas por hora precisava colocar limites nisso, não podia deixar crimes como roubos e estupros estarem relacionados às coisas que fazia pelo bem maior, então mandei uma carta para George Lusk, o cabeça do Comitê de Vigilância de Whitechapel, mesmo que investiguei toda sua vida, sabia que estaria colocando toda a atenção sobre mim, um alvo somente atribuído para mim, mas eles não seriam capazes de chegarem a mim de qualquer formas, eram crianças tentando resolver crimes de adultos. A mensagem era simples, não era difícil amedrontar alguns adolescentes para que não voltassem a se relacionarem a mim, e eles facilmente saberiam que estavam lidando com alguém superior a eles, coloquei uma parte preservada de um rim para enfatizar isso.]

Franzi o cenho, finalmente notando algumas semelhanças com um caso bem famoso. Após pesquisar em uma aba do meu MacBook, assassinatos em 1888 em Whitechapel, Inglaterra, foi bem fácil achar o nome "Jack, o estripador" abri a boca em choque no mesmo momento em que arregalava meus olhos.