Capítulo 2

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Uma única pergunta pode ser mais explosiva do que mil respostas.

|Joisten Gaarden.|

Já faziam três dias e três noites depois do meu despertar

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Já faziam três dias e três noites depois do meu despertar. Mesmo que faça tão pouco tempo que eu teria conhecido Mikki, eu poderia afirmar que aquela garotinha sorridente e intrigante era a melhor coisa que tinha me acontecido desde então. Eu me sentia segura ao lado dela, mesmo que nunca tenhamos conversado sobre assuntos mais sérios, sobre problemas e família. Nunca nos preocupamos muito em falar sobre isso - Talvez devido a mente ainda muito infantil - Nosso tempo se resumia em subir em árvores e brincar de esconde-esconde pela floresta.

Fizemos um acordo de nos encontrarmos todos os dias na floresta para brincar, mas não seria necessário.

Cá estava eu, me escondendo atrás de uma enorme árvore de aparência era viva e formosa, que possuía algumas marcas em sua casca, provavelmente feitas por uma faca, que escrevia iniciais de nomes - Que não pude identificar, devido a minha inexperiência com a leitura - Pelo que entendi, era algo romântico que casais faziam para marcar seu amor.

Ouvi um barulho, uma voz masculina. Após disso, outro barulho de folhas foi audível, soltei um pequeno grito e uma risada de nervoso - A princípio, achava que Mikki havia me encontrado. Suspirei, não era ninguém. Mas... Hã? Vi pequenos animais correrem, como se fugissem de algo. Estremeci. Não pude virar meu rosto a tempo, tudo que vi foi um ser rastejante vir em minha direção rapidamente, mordendo-me o calcanhar. - Talvez estivesse assustada, talvez alguém quisesse ataca-la, mas não pensei isso na hora - Tudo que fiz foi sentir seus dentes adentrando minha pele, causando-me uma dor agoniante, mantive-me paralisada, com medo, mas era como se meu coração estivesse prestes a sair pela boca!

A cobra retirou suas presas rapidamente, entrando no que eu julgaria ser uma pequenina caverna no meio da floresta. Provavelmente estaria se escondendo. Senti um tanto do meu quente sangue escorrer até meus pés, não era muito, mas contribuiu para meu desespero iminente. Aquilo realmente era doloroso!

- M - Mikki!! VEM CÁ! - Me mantive imóvel, não devido a dor, mas sim devido ao medo! A minha amiga não demorou muito para aparecer, tudo que ela vez foi me olhar de cima a baixo, notando logo o ferimento e levando seu pequeno palmo até a boca, aquilo teria lhe trazido impacto. Seus olhos diziam algo do tipo: "Santas estrelas! E agora?!"

- Tá, tá, calma! - Ela me olhou, tentando se manter tranquila, mas seus olhos diziam que estava completamente desesperada. - A tia Alence! Ela é enfermeira! E a cidade não fica longe daqui! - Mikki veio até mim, colocando meu braço em volta de seus ombros, fazendo com que eu me apoie - Ela vai tratar desses ferimentos! Não precisa ter medo, não há cobras venenosas aqui e tenho certeza de que não te acontecerá nada! Ela me levou até a cidade, quando notava minhas lágrimas silenciosas tentava apertar o passo, apesar de não adiantar muito. A caminhada não foi tão longa até a cidade - Apesar de que na minha mente tenha sido. Notei grandes portões que pareciam ser de pedra, e foram abertos por guardas quando minha amiga se identificou.

Quando As Ruínas Chorarem (ℍ 𝕀 𝔸 𝕋 𝕌 𝕊)Onde histórias criam vida. Descubra agora