Capítulo 10

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Não seja uma chama branda se você nasceu para ser um fogo intenso

|Autor Desconhecido|

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Garota sem nome

Nós nos viramos assustadiças, dando de cara com a visão de Kaleo, o que me fez soltar o ar que eu havia prendido por nervosismo, eu estava aliviada em não ser outra pessoa, bem que ele disse que ficaria de serviço hoje. Porém ele esquisitamente segurava uma chave.

- Oi! - Falei num tom de voz um pouco alto

- Que surpresa - Disse nos fitando, interessado - O que as duas crianças fazem aqui? Não está tarde para ficarem essa hora acordadas? - O que fez Mikki bufar durante a palavra 'crianças', revirando os olhos e ele dar um sorriso vitorioso ao observar a sua reação.

- Não sou uma criança. - Seu rosto permanecia sério

- Ah, não é não. - Kaleo dizia com certa ironia

- Eu tenho quase dezesseis anos. - Ela cruzou os braços, o fitando com um olhar entediado. - E de qualquer forma, "Adulto", o que faz aqui? É errado sair essa hora da cidade, certo? E pelo que vejo, você está com uma chave na mão.

- Eu só estava... - Engoliu seco - Sair essa hora é algo errado, mas de qualquer forma vocês também iriam, não é?

- Sim, nós vamos! Oh, por que não vem conosco?! - Kaleo parecia um pouco receoso, mas algo em seu olhar dizia "Isso parece mais divertido do que ficar bancando o guardinha para o governo", então concordou em nos acompanhar. Quanto a Mikki, tentou ficar no seu cantinho o máximo possível, mas ao longo do passeio ela teria se soltado mais.

Ao chegarmos no local, avistei rapidamente as minhas tão adoradas rosas brancas. Ou melhor, vermelhas. E ao observá-las, um aperto no peito tomou conta de mim. Elas estavam sendo iluminadas pelo brilho de incontáveis estrelas, assim como todo aquele ambiente majestoso. Passei o tempo, juntamente ao meus dois amigos, observando aquele enorme astro azul coberto por um vasto território aquático, a Mikki me explicou algumas coisas sobre ele durante essa noite.

As estrelas, o planeta-azul, o friozinho noturno e aquele enorme gramado. Uma noite perfeita! Foi quando a brisa gélida bateu em meus cabelos acastanhados, os misturando ao vento, enquanto eu observava com admiração aquele fabuloso azul, que eu senti um forte desejo. O sentimento foi o estopim para que eu dissesse:

- Me chamem de Allie

De onde esse nome veio? Como ele invadiu a minha cabeça com tanta confiança? São coisas que eu não saberia responder de imediato, mas quando eu olhei diretamente para aquele planeta, senti uma forte energia invadir todo o meu corpo, trazendo essa pequena palavra, de apenas cinco letras à tona. Um apelido? Um nome? Eu não sei. Mas certamente o sentimento de ter sido chamada assim um dia foi grande.

Meus amigos aceitaram me chamar assim, apesar de ter aparecido de maneira inusitada. Aliás, nada mais justo, não é? Eu não me lembrava do meu nome, e não podia ficar sendo chamada de "Garota sem nome" pelo resto da vida!

Quando As Ruínas Chorarem (ℍ 𝕀 𝔸 𝕋 𝕌 𝕊)Onde histórias criam vida. Descubra agora