Capítulo 8

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O que hoje é um sentimento ruim,

Amanhã se torna uma lição de vida

 Amanhã se torna uma lição de vida

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Mikki

Em minha explicação, eu não sabia que o Kaleo estaria lá! Ok, ele é um guerreiro e eu sabia muito bem disso, mas como eu ia saber que ele ajudava os aprendizes? Acredite, a última coisa que eu queria no mundo era encontrar aquele garoto. Talvez não seja exatamente por causa dele em si, mas... Argh! A pessoa com quem ele convive todos os dias, esse sim seria um ótimo motivo para que eu mantivesse distância dele.

Éramos amigos. Passado! Não somos mais. Quer dizer, eu deveria falar isso para mim mesma! De qualquer forma, eu não me escutaria. Só de olhar para ele é como se houvesse uma explosão de energia dentro de mim, meu coração parece bater mais rápido, como se quisesse pular para fora do peito, eu sinto as minhas mãos soarem, e o pior disso é que não sei por que ele causa isso em mim.

Ele não é diferente dos outros garotos!

Mas ainda assim, conseguia trazer um rubor irreprimível às minhas bochechas, uma mistura de euforia e bem-estar. Eu odiava sentir aquilo, eu odiava sentir aquilo por um garoto. E ainda mais um garoto que mora com o meu principal demônio, a pessoa que tornou a minha vida cinza para sempre. Infelizmente eu sei que vou carregar mágoas para todo a minha vida.

Talvez eu estivesse errada, mas eu nunca seria capaz de perdoar esse ser humano. Minha tia costuma dizer que se perdoarmos, fica mais fácil seguir em frente. Mas de nenhuma forma eu conseguiria perdoa-lo.

O supremo que me perdoe, mas quando a minha irmã veio me perguntar sobre o que tinha acontecido e de onde eu conhecia o Kaleo, eu desejei por um segundo não existir, ou pelo menos que houvesse um buraco para enfiar a minha cabeça!

- De onde você conhece o Kaleo?

- V-Você quer dizer o A-Armazian? - Quedei-me um pouco, balbuciando, e notei que a minha irmã me olhou confusa - Esse é o sobrenome dele... - Expliquei

- Então já sabe até o sobrenome? - Ela examinava cada parte do meu rosto vermelho, com certa perspicácia no olhar, um dos cantos da sua boca elevou-se.

- Não é nada disso! - Afirmei, fuzilando-a com o meu olhar envergonhado, eu queria estar longe dali - Eu conheço ele desde que eu era pequena, é isso - Me sentei na posição de lótus, ou típica "perninha de índio", colocando uma almofada em cima da minhas pernas e ela continuou me fitando curiosa, então continuei - Nossa tia era uma boa amiga da mulher que criou ele, é tipo uma tia também, então acabávamos sempre nos encontrando, brincando juntos e coisas do tipo, sabe? - Meu sorriso se desfez aos poucos, e meu rosto foi tomado por uma tristeza que nublou minhas feições

- Você está bem? - Ela disse, se aproximando de mim, a fim de colocar a mão em minhas costas para acaricia-las - Não precisa continuar se não quiser

Quando As Ruínas Chorarem (ℍ 𝕀 𝔸 𝕋 𝕌 𝕊)Onde histórias criam vida. Descubra agora