Capítulo 11

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Tudo que é eterno está eternamente acima do tempo.

|C.S.Lewis|

Lewis|

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Mikki

Ele foi o meu primeiro amigo. Foi o primeiro garoto que eu me aproximei. Não, definitivamente não havia nenhum sentimento romântico naquela época, apesar dele não ter mudado nadinha em seu modo de agir. Eu não me aproximava de garotos, isto é, NUNCA. É claro que hoje eu ainda tenho certa resistência, mas eu evolui muito desde aqueles tempos.

Como se eu tivesse construído um muro em volta de mim, e ele desmoronasse graças a ele. Fui acordada de verdade, e ao invés de estar sendo cercada por aquela muralha, eu estive cercada o tempo todo por seu abraço. Isso é brega? Deixa que eu respondo: É muito brega

Ele fez isso por mim, e eu faria mil vezes por ele se fosse necessário. Mas ele não pode nem se quer ouvir isso, e eu odeio demais esse fato!

Foi em um dia comum de escola, mas minha irmã não estava junto. Allie havia ficado gripada nos últimos dias, gripe era uma doença comum, mas poderia ser perigosa se não fosse devidamente tratada, e até causar a Druga Smierc, e definitivamente não era o que nós queríamos, então era melhor ela ficar de cama se tratando com a minha tia, que resolveu não ir trabalhar para cuidar dela.

O dia foi tranquilo, tive aula Li-Raiului - Que significava exatamente: A Língua do Cosmos. A língua que todas as almas já nasceriam sabendo e a principal língua falada aqui, então não sei o porquê de termos aulas disso. Mas também aulas de exatas. Saí normalmente do local quando a aula chegou ao fim, e o dia teria seguido normalmente se não fosse por uma coisa: Kaleo me esperando nos portões da escola.

Eu não sei desde quando e nem o porquê, mas ele estava ali, em pé, olhando para mim. "Calma, garota! Não surta" foi o que eu repeti para mim mesma mais de uma vez, enquanto gesticulava com as mãos as minhas falas. Sim, eu estava falando sozinha e provavelmente parecendo uma maluca no pátio da escola. Ele pareceu cansado de esperar e observar a cena, então logo eu pude ver ele vindo andando até mim, e me puxando pelo braço até a saída da escola

- Para onde estamos indo? - Não! Por que você disse isso? Você não vai para lugar nenhum com ele!

- Para a sua casa. Ou prefere ir para a minha? - Ele sorriu de lado.

Por um momento me vi imaginando certas coisas, mas logo balancei a cabeça, retornando a realidade

- Por que veio aqui? Digo, eu ia voltar sozinha hoje.

- Por isso mesmo, acha que eu deixaria você voltar sozinha? - Ele disse, como se fosse obvio, e eu apenas anuí silenciosamente, afinal, o que ele tinha a ver com isso? - Não, eu não deixaria, formiguinha - Ele bagunçou o meu cabelo, com aquele típico sorriso. - Vamos? Ou realmente prefere ir passear em outro lugar?

Quando As Ruínas Chorarem (ℍ 𝕀 𝔸 𝕋 𝕌 𝕊)Onde histórias criam vida. Descubra agora