34💣

547 44 18
                                    

Marcelo💣

O lugar era imenso, mas o endereço era específico, cheguei aqui em menos de duas horas,  estacionei o carro e fui andar, encontrei a casa que tia lene falo, era linda, de frente pra praia, tava toda fechada, então era certo que não tinha ninguém em casa.

Olhei pra areia e fui andar, ela tinha que tá por ali, andei muito, cheguei em um certo ponto vem afastado e pude ver aquela cabeleira loira de longe, sorrir e fui andando, a mesma tava sentada na areia, sentei perto dela que pareceu nem perceber minha presença.

Alerquina: como me achou? _ me olho.

Marcelo: como você tá? _ ignorei sua pergunta.

Alerquina: eu nunca tô bem, como você me achou? _ continuo me olhando e eu vi que ela estava vulnerável, indefesa.

Marcelo: isso não importa, o importante agora é você.

Alerquina: por que veio? Você disse que não me queria.

Marcelo: eu disse que não queria te magoar e me magoar,  nunca disse que não ti queria, todos sabem e só você não percebeu.

Alerquina: percebeu o que?

Marcelo: que eu te amo e que te quero mais que qualquer coisa. _ vi os olhos dela brilhar.

Alerquina: eu lutei contra, eu não queria mas mesmo assim aconteceu eu amo você mas não consigo me expressar, não consigo te mostrar. _ a lágrima caiu do seu olho e eu me assustei eu nunca vi ela assim antes.

Marcelo: abre seu coração, fala com sentimentos, eu tô aqui com você, eu sei que você tem dores, sei que tem feridas, você precisa colocar pra fora, precisa se liberta de tudo e eu vou tá aqui do seu lado quando você decidir que é a hora certa. _ abracei ela.

Alerquina: eu não te mereço. _ choro no meu ombro.

Marcelo: merece, você merece tudo.  _ beijei a cabeça dela.

A mesma se agarrou em mim e não soltou e eu também não, naquele momento eu queria ela ali, eu queria sentir ela, ter ela, eu tô conhecendo a Raveny, to conhecendo a mulher que eu amo e sempre quis conhecer de verdade.

Aquele abraço durou minutos, minutos necessários pra chorar, chorar como eu nunca vi antes, ver ela assim me destruía completamente, mas eu não iria sair do lado dela, eu ficaria ali até ver que ela está melhor.

Depois de alguns segundos ela só fez me solta, limpar as lágrimas e olhar pro mar, continuei do lado dela sem nem excitar,  agora ela sabe que eu tô aqui pra qualquer coisa e tudo depende dela, depende dela se sentir bem.

Alerquina: Leonardo era o nome do meu pai, comigo ele sempre foi o Leonardo mas com os outros era sempre o temido danado, meu pai me crio dês do dia em que nasci, teve ajuda da lene pra isso, mas o mesmo sempre participo, sempre me deu todo amor, carinho e atenção, meu pai era a minha paixão, era tudo pra mim, ele assistiu minhas apresentações de balé, minhas apresentações de escola, esteve comigo em minhas formatura e nunca desacreditou de mim, eu sempre fui a Alerquina dele, mas enquanto ele tava vivo era só um apelido carinhoso entre pai e filha, mas um dia eu tava indo resolver algumas coisas pra construção do consultório e meu pai tava recebendo algumas ameaças então coloco ws pra ir comigo, melhor amigo dele e que também era o linha de frente da segurança dele, nesse dia meu pai saiu do morro pra fazer alguma coisa e pegaram ele na judaria, na covardia,  daquele dia em diante eu dei vida a Alerquina, dei vida a uma personagen qus era so um apilido carinhoso entre eu e ele, ali eu prometi que iria vingar ele, eu me transformei nisso que sou hoje apenas por isso, eu salvo vidas na clínica, mas tiro vidas quando tô fora de lá, se naquele dia Ws não tivesse ido comigo, hoje era pro meu pai ainda estar aqui, eu tenho culpa da morte dele, eu sou a culpada, eu levo essa culpa comigo. _ deu uma pausa, chorando em silêncio.

Eu só fiz abraçar ela, eu não falaria nada agora pois sinto que ela tem mais coisas a falar, eu soltei ela é a mesma continuo.

Alerquina: outra culpa que carrego comigo é  da morte da minha mãe, eu matei ela, ela morreu quando me teve, ela morreu pra me dá a vida, ela me escolheu, .se não fosse por mim ela teria viva hoje, era pra ela tá viva, mas por minha culpa ela morreu, tanto minha mãe e meu pai morreram por mim, morreram por minha culpa. _ coloco a mão na cabeça e eu sentei de frente pra ela, suspenso a cabeça dela e do ali comecei a falar.

Marcelo: esse é o seu maior problema, você se culpa por coisas que não devia, você insiste em carregar uma culpa que não é sua, que na verdade nunca foi sua, o que aconteceu com seu pai foi uma fatalidade, a vida na qual ele vivia era incerta e você sabe,  ele tava exposto a tudo e você sabe disso também, ele se foi e de alguma forma isso teria que acontecer, ele estando com segurança ou não isso ia acontecer, eu também já perdi meu pai é sei que não é fácil, a causa das mortes foram diferentes mas eu não me culpo pela morte do meu pai e você não deveria se culpa pela morte do seu. _ olhei pra ela enquanto via as lágrimas descer pelo seu rosto.

Alerquina: eu sinto tanta falta dele. _ choro ainda mais.

Marcelo: ele não está presente fisicamente, mas na sua mente e no  seu coração ele sempre estará vivo.

Alerquina: obrigado.

Marcelo: mas também tem outra coisa.

Alerquina: o que?

Marcelo: a morte da sua mãe. _ olhei pra ela que abaixou a cabeça.





















 Os Donos!Onde histórias criam vida. Descubra agora