DOZE

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#mentaEcanela

          Ela atravessou a sala correndo, a saia de bailarina que usava cobria até seus joelhos e as meias de listras coloridas subiam até a sua panturrilha.

Hoseok precisou desviar da garota para que não acabassem se chocando no meio do caminho.

– Para onde você vai vestida assim? – indagou, vendo todas as pulseiras de miçangas que ela havia posto no braço.

– Os gêmeos já vão chegar? – ela arrastou uma cadeira até a janela e a escalou, mantendo os seus olhos fixos na rua enquanto esperava.

– Sim, eles já vão chegar – começou a recolher as bonecas que ela havia espalhado pela casa mais cedo.

Não estava dando conta de toda a euforia de Haewon. Ela havia acordado cedo naquele dia, a ansiedade não a deixou dormir direito, e consequentemente isso resultou em um Hoseok mal-humorado às oito da manhã.

A menina havia espalhado pela casa todos os seus brinquedos, estava mais agitada do que o de costume. Hoseok viu-se obrigado a distraí-la para que ela não explodisse com toda aquela animação.

Passou horas brincando de boneca com ela no tapete da sala, frustrando-se com as roupinhas minúsculas das bonecas Barbie e com seus pares de sapatos perdidos.

Não via a hora de Taehyung chegar de uma vez com os gêmeos, só para que pudesse ter um minuto de sossego naquele sábado.

– Hae, você não comeu quase nada... – murmurou ele, tirando da mesa o prato dela, visto que ela deixou todos os vegetais no prato.

Nunca conseguiu fazê-la comer os brócolis ou as cenouras, por mais que sempre tentasse.

– Não quero mais – respondeu, de joelhos na cadeira e o queixo apoiado no batente da janela, esperando.

Hoseok só fez concordar, entrando na cozinha e deixando os pratos na pia. Assustando-se quando Haewon gritou e assim que voltou para a sala, a menina corria com as chaves de casa nas mãos.

– Eles chegaram, pai! – ela grudou em sua perna, lhe entregando as chaves para que abrisse a porta – Abre a porta! Abre a porta, pai!

– Eu vou abrir, calma – pediu em desespero, a menina parecia um furacão.

E passou por ela, abrindo a porta e podendo ver tanto Taehyung quanto os gêmeos descer do carro.

Ele vestindo chinelos e roupas largas, o cabelo solto desgrenhado, girando em seus dedos as chaves do carro, ao que esperava as crianças descerem do carro.

– Haewon! – a menina Kim chamou, pulando do carro e correndo até ela – Eu trouxe minhas bonecas!

E Hoseok se assustou quando Haewon soltou um gritinho eufórico, batendo palminhas e correndo de volta para dentro.

Precisou mais uma vez sair do caminho para que não fosse atropelado. Hyesoo entrou correndo e Jungwo viera logo depois com o cabelo molhado penteado para trás, parando para encarar Hoseok.

– E aí, moleque? – lhe estendeu a mão e Jungwo respondeu ao toque, apertando sua mão e fazendo o caminho atrás das meninas.

Para quando Jung se virar encontrar Taehyung e um de seus sorrisos mais cínicos.

– Me sirva um café, Jung, anda – deixou um tapinha em seu braço, adentrando a casa com seus olhos curiosos percorrendo cada metro quadrado.

E de um segundo para o outro já estavam na cozinha. Taehyung sentado em uma das cadeiras da bancada, fitando a caneca à sua frente por um instante.

Quando Os Anjos DormemOnde histórias criam vida. Descubra agora