Epílogo

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#mentaEcanela

          Passaram-se trinta dias desde a prisão de Minjoeng. Ela não falou nada desde então, não abriu a boca uma única vez era como se houvesse aceitado o seu destino. Não valia a pena lutar por uma causa que já estava perdida.

Trinta dias e mesmo com todos os pedidos de Hoseok para que deixasse isso de lado, Taehyung escreveu o artigo sobre ela. E foi o ponta pé inicial para o que veio depois, uma chuva de repórteres cercavam a delegacia todos os dias, protestos eram feitos na frente do presídio onde ela estava sendo mantida. Não havia mais nada na televisão ou nos portais de notícia além disso, todos estavam falando sobre a assassina de anjos.

Mais de cinco hashtags estavam nos trending topics do Twitter há semanas, fora algo que repercutiu o país inteiro. E tudo o que queriam agora era ficar longe de todo aquele caos, ao menos até as coisas se acalmarem.

Taehyung tirou as crianças da escola como o prometido, fez isso antes que as pessoas começassem a dar nome aos bois. E durante toda aquela tormenta a única coisa que o preocupava era manter a identidade das crianças anônima para o resto do mundo, estava fazendo de tudo para manter todo esse caos longe deles.

E pensando bem, sair em uma viagem de férias com as crianças era a forma perfeita de evitar isso.

Hoseok tinha acabado de arrumar a bolsa das crianças, fechando o zíper enquanto os pequenos pulavam nas camas.

– Nós podemos ir para a praia agora? – Hyesoo perguntou ofegante, parando de pular e andando até a beirada do colchão.

– Podemos, praga – ele se aproximou, passando o braço ao redor dela e a jogando por cima dos ombros como se fosse uma bagagem.

A garota riu, deixando os braços penderem para baixo e o cabelo escorrer para junto deles. Ela se agarrou à camisa de Hoseok, erguendo o rosto o suficiente para encarar o pai do outro lado do quarto.

Taehyung sorriu, deitando a cabeça para o lado para enxergar melhor o seu rosto.

– Eu nunca tinha visto o mar antes – Haewon diz, segurando a mão de Taehyung quando sairam do quarto.

– Nunca? – ele pergunta num tom empolgado que logo a deixa animada – É bem grande, a areia é quente...

– E tem tubarões! – Jungwo gritou, fazendo garras com as mãos na intenção de amedrontar a irmã.

– Meu pai disse que não tem tubarões – Hyesoo retrucou ao ser posta no chão.

– Tem sim! Eu vi na televisão.

– Eu garanto que você não vai encontrar nenhum tubarão na orla do mar, Wo – Hoseok avisa e o menino forma um bico com os lábios enquanto pensa – Mas tem caranguejos, nós podemos pegar alguns.

– Podemos? – perguntou empolgado, quase agarrando-se a Hoseok. Ele balançou a cabeça em concordância, rindo quando o garoto comemorou com pulinhos.

No mesmo minuto em que puseram os pés na praia as crianças correram doidas com a imensidão do mar, as ondas varrendo a areia branca.

Ficaram incontroláveis, se impressionando com tudo e berrando para chamar a atenção dos pais a cada coisa nova que avistavam.

Hoseok então entrou em pânico quando as meninas entraram na água ao mesmo tempo em que Jungwo o arrastava para o outro lado. Era demais para a sua cabeça, mal conseguia lidar com Haewon quando ela ficava elétrica e agora tinha isso triplicado.

Taehyung foi quem acabou indo atrás das meninas antes que pudessem ser derrubadas pelas ondas.

Ele deveria ter explicado para elas o perigo que é ir fundo demais, ainda mais sem saber nadar. E Taehyung por um momento pensa que deveria tê-los matriculado em aulas de natação, ele faz uma nota mental para quando voltarem de férias.

Quando Os Anjos DormemOnde histórias criam vida. Descubra agora