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O céu escuro e traiçoeiro de Birmingham não era mais nenhuma novidade para Amara. Assim como o clima fúnebre e úmido da cidade não a incomodava mais. Depois de deixar Sarah na escola, como havia prometido a Ariana, seu percurso foi feito para o Garrison. Harry estava em frente ao estabelecimento, parecia sonolento enquanto girava as chaves na porta dupla, distraído ao ponto de não notar a presença da nova funcionária ao seu lado.
— Ei! Você tem passos de gato. — Disse quando notou a presença feminina. — Me assustou! Não vi você chegando.
— Disse que eu tinha que estar cedo aqui. — Amara levou as mãos para trás.
— Não sabia que gostava de limpar chão.
— Quase isso. — Ela sorriu de lado.
— Entre, temos que deixar esse lugar impecável. — Disse ao abrir a porta. Amara foi a primeira a entrar, caminhou até a área dos fundos em busca de um esfregão e balde.
— Temos alguma visita especial? — Perguntou ao voltar para o salão. O avental já estava bem preso em seu corpo.
— Não, só quero que meu pub não passe a aparência de lugar sujo. — Harry acendeu um cigarro.
— Entendi. Um lugar bem apresentável atrai mais clientes. — Amara sorriu. Puxou uma fita no bolso e prendeu o cabelo para que pudesse começar a trabalhar.
— Moças bonitas também! — Ele sorriu, apontando para ela. — Sabe, antes de você, uma jovem também havia vindo aqui pedir um emprego, mas ela cantou mais do que trabalhou, então despachei ela.
— Sorte a minha então. — Amara disse ao esfrega o chão.
— Ainda bem, você parece ter mais potencial do que ela. — Harry soou sincero. Amara sorriu em silêncio.
— Sabe o que pode por aqui também? — Amara ergueu o rosto para Harry.
— O quê?
— Música. A garota que cantou deve ter percebido a mesma coisa. Você deve ter algum aparelho de som, certo? — Perguntou. Harry a encarou, então soprou a fumaça do cigarro.
— Não podemos ter música. — Disse. Amara franziu o cenho.
— Por que não?
— O Thomas Shelby não permite. — Harry deu de ombros. — E não vou ser louco de pedir isso a ele. Não quero ter meu pub incendiado.
— Tudo bem, eu peço. — Amara deu de ombros, confiante.
— Ficou maluca? — Harry perguntou surpreso. Por um momento pareceu nervoso.
— Que problema podemos ter? É só música. — Amara esfregou o chão com força. — O máximo que ele pode dizer é não.
— Olha, o que você tem de beleza tem de loucura também. — Ele sumiu dentro da sala de bebidas, mas ainda foi possível ouvir sua voz abafada de lá dentro. — Não esqueça de dizer que foi sua ideia e não minha.
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𝐃𝐎𝐁𝐑𝐀 𝐍𝐎 𝐓𝐄𝐌𝐏𝐎 ━━ Thomas Shelby [Concluído]
Fanfiction𝐃𝐎𝐁𝐑𝐀 𝐍𝐎 𝐓𝐄𝐌𝐏𝐎 | +18 | Desejos podem ser perigosos. 𝐀𝐌𝐀𝐑𝐀 𝐅𝐋𝐘𝐍𝐍, jornalista e historiadora, se ver obcecada em criar seu maior trabalho embasado nas mentes criminosas mais famosas que o mundo já conheceu. Em meio às pesquisas e...