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O coração batia forte, deixando claro quem realmente se encontrava dentro daquele um espaço pequeno: um Shelby forte e rico de heranças dos pais. Amara jamais se cansaria de ouvir o coração do filho, assim como tudo aquilo era uma novidade a Thomas, que emocionado, optou por ficar quieto enquanto seus ouvidos entravam em alerta a qualquer ruído duvidoso. Era estranho enquanto também era novo, infelizmente, durante a primeira gestação de Amara, ele não teve oportunidade de ouvir o coração de Cecilia, mas sabia que se emocionaria da mesma forma. Thomas passou os dedos grossos pela barriga saliente da esposa, onde a pele já esticada, deixava algumas estrias aparecerem timidamente — marcas essas que ele nunca se cansaria de beijar. Um riso genuíno brotou em seus lábios, sabendo que seu herdeiro era forte e resistiria a muitas lutas, assim como os pais.
— É uma criança forte. — Disse o médico. Amara bateu os cílios, deixando que uma lágrima de emoção rolasse em seu rosto.
— É o meu garoto. — Thomas falou, orgulhoso.
— Pelo visto todos da família estão convictos que é um menino. — O médico se afastou. Thomas e Amara trocaram um olhar confidente.
— O coração bate rápido e forte. Ele está bem? — Thomas quis saber. A preocupação estava estampada em seu rosto.
— Sim e mais saudável impossível. O coração bate depressa, pois é como os corações dos recém-nascidos agem. — O médico se virou para os pais. — A mãe parece saudável, mas novamente ressalto, nada de estresse ou trabalho pesado.
— Não vou deixar nada disso acontecer. — Thomas desviou o olhar para Amara, que revirou os olhos.
— Não leve tão literalmente, Tommy. Ainda estou no começo da gestação, tenho tomado todo o cuidado com o bebê. — Ela explicou, sabendo que tomava todos os cuidados na medida do possível. — E se depender do meu marido, tenho toda alimentação necessária, sombra e água fresca, doutor.
— Isso é bom. — Disse o mais velho da sala. — Quero vê-los aqui em quinze dias, para saber como está a saúde da mãe e da criança, sim?
— Eu irei trazê-la pessoalmente. — Thomas acenou para o médico.
Com ajuda do marido, Amara se levantou da cama em que estava deitada. Minutos depois atravessaram a porta do hospital, passando por algumas pessoas. Thomas segurou as mãos da esposa, cuidadoso ao guiá-la pela escada. Seus cuidados extremos poderiam incomodar um pouco, mas o Shelby sabia que todo cuidado com a esposa e o bebê era necessário. Após perder Cecilia, ainda no primeiro mês, Thomas se encontrou em um limbo de culpa. Ele deveria estar em casa quando Amara sofreu o aborto, e não na Irlanda a trabalho. Deveria estar lá para enxugar suas lágrimas e dizer que tudo ficaria bem mesmo que ainda fosse difícil. Nunca houve uma conversa profunda sobre o ocorrido daquela madrugada, e Thomas entendeu que talvez, Amara estava em uma espécie de autopreservação após a perda do bebê e a sua forma de superar isso era não voltando aquela madrugada de terror.
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𝐃𝐎𝐁𝐑𝐀 𝐍𝐎 𝐓𝐄𝐌𝐏𝐎 ━━ Thomas Shelby [Concluído]
Fanfiction𝐃𝐎𝐁𝐑𝐀 𝐍𝐎 𝐓𝐄𝐌𝐏𝐎 | +18 | Desejos podem ser perigosos. 𝐀𝐌𝐀𝐑𝐀 𝐅𝐋𝐘𝐍𝐍, jornalista e historiadora, se ver obcecada em criar seu maior trabalho embasado nas mentes criminosas mais famosas que o mundo já conheceu. Em meio às pesquisas e...