┅━━━╍⊶⊰⊱⊷╍━━━┅
A cada curva que o carro de Thomas fazia, Amara perdia um pouco mais de fôlego. Estava nervosa, e embora soubesse disfarçar bem a angústia daquele momento, sabia que o homem ao seu lado era capaz de farejar seu medo como um cachorro selvagem. Em poucos minutos o veículo parou em frente ao que parecia ser uma oficina. Thomas encarou a mulher ao seu lado por um curto tempo antes que abrisse a porta para que pudesse sair.
Amara pôde sentir o frio atingir sua pele como navalhas. Em silêncio, Thomas a guiou para dentro do lugar. A mulher torceu o nariz ao sentir um odor duvidoso no ar. Seus passos faziam barulhos sobre os pedregulhos do chão. Ela queria dizer algo, aquele silêncio que pairava entre eles era angustiante. Thomas seguiu em frente, levando-a para um galpão, onde pôde ouvir barulhos familiares. O cheiro das selas trouxe lembranças alegres a Amara, fazendo-a sorrir brevemente. Cavalos, havia cerca de três deles. Os animais pareciam curiosos com as presenças humanas.
— Então é para cá que traz seus funcionários? — Ela deixou escapar, notando que além dos animais, eles estavam a sós. Thomas permaneceu de costas. Levou uma mão para o bolso, enquanto a outra tirava a boina da cabeça.
— Iria levá-la a igreja, mas você não me parece religiosa. — Ele disse, ainda sem encará-la. Amara deu um passo cauteloso até Thomas. — Lembrei do que me disse há alguns dias, que tinha contato com cavalos na infância, então julguei que se sentia mais à vontade entre eles.
— Sim, meu pai trabalhava em uma fazenda e cuidava de cavalos. — Amara caminhou até um cavalo negro, acariciando sua crina brilhosa. — São belos.
— É, eles são. — Thomas se virou para mulher. Ele a fitou, em silêncio e admirado. Amara parecia ter um dom especial com os cavalos, assim como parecia entendê-los facilmente. Ele daria tudo para saber como ela conseguia ser tão enigmática e ágil com o que se colocava para fazer.
— Mas não me trouxe para ver cavalos, não é? — Amara o encarou. Thomas ergueu o queixo.
— Não conversamos sobre o que aconteceu na corrida. — Thomas começou. Amara engoliu seco. — Sei que o que fiz com você não foi certo, mas talvez queira saber que conseguir a autorização do Kimber, e mesmo que tenha pedido para não agradecer, aqui vai, obrigado por me ajudar.
— Então era só isso? — Ela sorriu de lado sem achar graça nas palavras de Thomas. Ele deu mais um passo em sua direção, com uma expressão séria no rosto.
— Não. Eu cumpro com minha palavra, senhorita Flynn. Eu prometi um cargo a você na minha empresa e é o que terá.
— Eu pensei que já trabalhava para você, no Pub. — Amara manteve o contato visual. Thomas estava rígido, como uma parede de tijolos, não esboçava qualquer reação.
— Eu preciso de alguém, Amara. — Ele disse. Deu mais um passo na direção dela. Amara não se moveu, aos poucos a distância entre eles era encurtada. — Talvez você seja a pessoa que procuro.
VOCÊ ESTÁ LENDO
𝐃𝐎𝐁𝐑𝐀 𝐍𝐎 𝐓𝐄𝐌𝐏𝐎 ━━ Thomas Shelby [Concluído]
Fanfic𝐃𝐎𝐁𝐑𝐀 𝐍𝐎 𝐓𝐄𝐌𝐏𝐎 | +18 | Desejos podem ser perigosos. 𝐀𝐌𝐀𝐑𝐀 𝐅𝐋𝐘𝐍𝐍, jornalista e historiadora, se ver obcecada em criar seu maior trabalho embasado nas mentes criminosas mais famosas que o mundo já conheceu. Em meio às pesquisas e...