𝐂𝐀𝐏𝐈𝐓𝐔𝐋𝐎┊𝟎𝟎𝟐

24.8K 2.5K 1.1K
                                    

┅━━━╍⊶⊰⊱⊷╍━━━┅

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

┅━━━╍⊶⊰⊱⊷╍━━━┅

Amara não sabia ao certo se havia desperdiçado seu pedido. A claridade atingiu suas pálpebras lentamente, fazendo-a despertar preguiçosamente. Uma porta foi aberta e murmúrios femininos preencheram não só os ouvidos da mulher, mas como toda a sala que estava. Mentalmente ela contou até três para que pudesse abrir os olhos. Amara se lembrava do acidente e torcia para que ainda tivesse todos os membros intactos e no lugar. Levou alguns segundos para que sua visão se acostumasse com a iluminação do local, tudo era claro demais para se acostumar imediatamente. Avistou primeiramente duas mulheres vestindo o que parecia ser um antigo uniforme de enfermeiras, ambas andavam no quarto como se sua presença não existisse ali. Talvez ela realmente não tivesse tanta importância.

Um murmúrio saiu da sua boca, finalmente uma delas, a mais velha, lhe deu atenção. A enfermeira levou a mão enrugada e gelada para a testa de Amara, possuía olhar profissional sob o estado da paciente. O toque fez com que Amie estremecesse. Espiando por cima do ombro da mulher à sua frente, Flynn percebeu que algumas das suas coisas estavam acima de uma cômoda pequena. Do outro lado do quarto, onde a mulher mais jovem mexia com certa cautela. Amara reprimiu um riso, era como se uma serpente pudesse saltar de dentro da bolsa para cima da enfermeira a qualquer momento.

— Onde eu estou? — Amara perguntou. Sua voz saiu rouca e baixa. Ela estava com sede, como se tivesse feito uma longa viagem por um deserto escaldante. — Água, por favor.

— Em um hospital, onde mais acha que estaria? — A enfermeira a sua frente foi curta e grossa. A outra mais jovem olhou para trás em silêncio, parecia reprimir as palavras da colega de trabalho só com o olhar.

— E o homem que estava comigo, ele está bem? — Amara perguntou quando a enfermeira mais velha se afastou para pegar um copo com água na mesa ao lado.

— Que homem? — A mais jovem perguntou.

— Caleb Shelby, ele estava comigo no carro quando sofremos um acidente. — Amara disse. As enfermeiras trocaram um longo olhar duvidoso. Amara balançou a cabeça.

— Conhecemos os Shelby e sabemos que não há nenhum homem chamado Caleb, assim como você deu entrada nesse hospital, sozinha. — A enfermeira mais velha disse. Amara piscou confusa, apanhou o copo com água bebendo tudo de uma só vez.

— Como assim sozinha? — Perguntou ao se sentar na cama. Então encarou seu próprio corpo, usava uma camisola branca e fina, típica de hospitais, incapaz de lhe aquecer.

— Quando você apareceu inconsciente na porta do hospital.

A água finalmente atingiu o estômago vazio de Amara, dolorosamente. Ela olhou à sua volta, dessa vez com mais atenção. O quarto que estava era grande, havia cerca de cinco leitos vazios. As paredes eram pintadas de branco gelo, revestidas com cerâmicas da mesma cor até uma certa altura. Estranhamente tudo parecia ser antigo. Em um salto, Amara se levantou da cama, perdendo o equilíbrio brevemente quando seus pés descalços atingiram o chão frio do lugar. As enfermeiras encaravam confusa a paciente misteriosa. Amara caminhou até a janela do lugar. Era quase noite e mesmo assim tudo parecia cinza e sem vida. Ao longe, fábricas soltavam uma fumaça escura no céu. Uma buzina, que mais parecia um barulho de pato, chamou sua atenção. Um carro antigo, muito antigo, buzinava para algumas crianças que cruzavam a rua sem prestar atenção.

𝐃𝐎𝐁𝐑𝐀 𝐍𝐎 𝐓𝐄𝐌𝐏𝐎 ━━ Thomas Shelby [Concluído]Onde histórias criam vida. Descubra agora