𝐂𝐀𝐏𝐈𝐓𝐔𝐋𝐎┊𝟎𝟑𝟔

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Sob um céu cinzento, um antigo abatedouro erguia-se no horizonte daquele caminho tortuoso. Amara permitiu abrir os olhos durantes alguns momentos da viagem: quando sentia curvas fechadas ou a estrada se tornar mais arenosa. Ela estava longe do centro e de qualquer civilização, indo diretamente para um verdadeiro matadouro. O plano de Helena era para ser prático e dar um fim rapidamente a tudo. Amara fingiu estar inconsciente com a chegada dos capangas de Andrea, levada até aquele lugar distante. Ver a garota ser morta não fazia parte dos planos, mas agora teria que agir sozinha. Achar Thomas era a primeira tarefa.

Embora estivesse em choque com o que acabara de acontecer, Amara tentou não demonstrar medo. Sabia muito bem como era estar entre homens como Mancini, cujo medo era o melhor aroma para homens sádicos como ele. O corpo de Helena estava no meio de uma enorme poça de sangue. A Shelby evitou encarar o que restara da cabeça da menina e sentir o cheiro de sangue. O estômago revirava com um misto de medo e preocupação. Era óbvio que Andrea não manteria uma garota em meio aos seus planos e a usaria até que conseguisse o que realmente queria. Infelizmente, agora Amara era a garota da vez.

— Cadê o Thomas? — Amara perguntou. Mancini coçou o espaço da sobrancelha.

— Isso é fascinante. — Andrea sorriu de lado. Deu um passo largo até ela. — Está correndo perigo e mesmo assim se importa com a vida daquele homem.

— Aquele homem é meu marido!

— É claro que é. — Andrea confirmou entredentes. Acenou rapidamente para os dois outros homens. — A leve para os fundo e a amarre na cadeira.

— O que você vai fazer? — Amara se debateu quando braços fortes a seguraram. Seria inútil lutar contra aqueles dois homens que tinham o dobro de seu tamanho, mas não costura tentar.

Andrea não respondeu. Amara foi arrastada sob protesto até uma sala escura, sendo presa em uma cadeira de madeira velha e desconfortável. Foi deixada sozinha e porta trancada. Embora estivesse frio, ela sentia o suor escorrer do cabelo para a nuca. O coração estava acelerado e todos seus pesadelos pareciam tomar forma naquela escuridão. Horas se passaram, foi o que Amara deduziu e talvez não estivesse errada. A claridade invadiu o quarto escuro novamente, mas dessa vez vinha das lâmpadas do pátio. Andrea entrou arrastando uma cadeira, onde um barulho soava doloroso nos ouvidos da mulher. O olhar verde e cortante foi erguido na direção do homem. Ele sorriu de forma diabólica, estava adorando o espetáculo.

— Por que ainda não me matou? — Amara sentiu a garganta seca. Andrea sentou-se na cadeira e cruzou as pernas. Usava o terno caro e os cabelos pareciam molhados, provavelmente do lado de fora estava chovendo e se confirmou quando um trovão bradou estridente do lado de fora.

— Porque agora que a tenho, sei que será muito fácil de matá-la. — Umedeceu os lábios ao dizer aquilo. — Olhe, trouxe algo para ler para você. — Andrea puxou um livro. Amara apertou os dentes quando pôde ler o que havia na capa: O Império de Mooney. — Às vezes a frieza é a única defesa de quem um dia já sofreu muito ou foi bom demais. Seria esse o caso de Kevin Mooney? — Andrea fechou o livro ao terminar a passagem. — Lembra dessa frase? Você a escreveu no fim do capítulo trinta e nove. Não faz ideia do quanto tem razão.

𝐃𝐎𝐁𝐑𝐀 𝐍𝐎 𝐓𝐄𝐌𝐏𝐎 ━━ Thomas Shelby [Concluído]Onde histórias criam vida. Descubra agora