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Amara sabia que existia uma linha tênue entre seu verdadeiro propósito de estar onde estava e o que deveria fazer. Chester havia sido convincente que levaria não só ela para a forca, mas como Ariana também, tudo sem muito esforço. Ela fez a sua própria armadilha. Caído em um buraco sem fundo. Seu reflexo demonstrava um semblante abatido, quase não reconheceu a mulher que era refletida ali. Sua obrigação era aparentemente simples, mas arriscada e ela temia por sua vida. Thomas costumava ter piedade dos seus traidores? Certamente que não. Seus pensamentos se afastaram quando a porta do quarto foi aberta. Ariana não tinha um semblante agradável no rosto, mas arriscou um leve sorriso.
— É um belo vestido. — Elogiou. Amara alisou o tecido vermelho, concordando em silêncio.
— Acha que vai chamar atenção? — Perguntou.
— Impossível seria não chamar atenção. — A enfermeira se aproximou, levando a mão na direção da amiga. Um pequeno frasco estava preso entre seus dedos.
— O que é isso? — Amara franziu o cenho.
— Uma rota de fuga. — Disse. — Uma gota disso e você pode colocar um cavalo para dormir em segundos. Em humanos pode causar pequenas alucinações durante o sono, ele pode dormir por até três dias dependendo da quantidade ingerida.
— Acho que uma arma poderia me ajudar mais, se caso precisasse. — Amara sorriu sem emoção.
— Seria muito arriscado e isso é mais... sutil.
— Não sou a melhor dominadora da sutileza. — Amara se encarou novamente no espelho. O batom vermelho marcava perfeitamente seus lábios. Felizmente, as marcas de agressão em seu rosto haviam sumido. Amara optou por caprichar na maquiagem para que as olheiras da noite mal dormida passassem despercebidas. Foi a vez dela abrir um sorriso iluminado, embora, falso.
— Pode voltar atrás, não precisa fazer o que não quer. — Ariana surgiu em seu campo de visão no espelho. Ela tinha razão, mas Amara tinha obrigações maiores que deveria cumprir, para o bem de todos.
— Vai ficar tudo bem. — Repetiu as palavras como um mantra.
Seu coração gelou quando uma buzina soou na rua. Logo passos pequenos e apressados subiram as escadas. Sarah entrou no quarto ofegante e animada.
— O Thomas Shelby está lá embaixo. — Ela disse, sorridente.
— Hora de ir. — Amara se afastou do espelho, colocando o frasco de vidro, menor que seu dedo mindinho em uma pequena bolsa vermelha.
— Vai em um encontro com o Thomas Shelby? — Sarah perguntou a Amara. Um riso travesso surgia em seu rosto pequeno coberto por sardas.
— Não é um encontro. — Amara respondeu, desviando da menina.
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𝐃𝐎𝐁𝐑𝐀 𝐍𝐎 𝐓𝐄𝐌𝐏𝐎 ━━ Thomas Shelby [Concluído]
Fanfiction𝐃𝐎𝐁𝐑𝐀 𝐍𝐎 𝐓𝐄𝐌𝐏𝐎 | +18 | Desejos podem ser perigosos. 𝐀𝐌𝐀𝐑𝐀 𝐅𝐋𝐘𝐍𝐍, jornalista e historiadora, se ver obcecada em criar seu maior trabalho embasado nas mentes criminosas mais famosas que o mundo já conheceu. Em meio às pesquisas e...