𝐂𝐀𝐏𝐈𝐓𝐔𝐋𝐎┊𝟎𝟑𝟕

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TRÊS MESES DEPOIS 

Momentos de tranquilidade são sempre seguidos de momentos de grande dor. Amara acreditava que nada estava definitivamente acabado. O corpo de Andrea nunca havia sido encontrado, e por um longo tempo o jornal sofreu ataques diante o desaparecimento repetino de Mancini. Pesadelos terríveis afligiam a mulher, que já não sorria tanto quanto antes ou se sentia em paz após os últimos drásticos acontecimentos. Eram tempos abstrusos para todos os Shelby. Arthur se desligara totalmente da família com a esposa, enquanto esperavam o primeiro filho. John se mudara para uma casa de campo com as crianças e ainda buscava uma nova esposa. Polly e Michael viviam juntos em Londres, ao menos, ela tinha a companhia do filho e da nora, Krishna. Finn queria mostrar que era adulto, então vivia sozinho em Small Heath, enquanto Ada e o filho haviam e mudado para Boston. Thomas estava cada vez mais ocupado na companhia Shelby, e agora, pensava em se envolver com política e desafiar Mosley como deveria. Amara conseguia ver uma enorme fenda se abrindo no meio da família, separando aqueles que ela jamais imaginou ver longe.

Com um suspiro cansado, Amara bebericou o chá de camomila. Zaira agora dava sinais de velhice, o que era estranho, mas ela era uma bruxa, afinal. A Shelby estava em Newport por um único motivo: saber o que seria dela dali em diante. A viagem para o País de Gales surgiu repentinamente na mulher após sonhos lúcidos, que sempre a levavam para fora de casa durante tempestades. Sonambulismo era algo que vinha se tornando constante na vida dela, levando Thomas acreditar que o melhor a se fazer era pedir ajuda para a única pessoa que realmente entendia Amara.

— O tempo não costuma ser generoso com muitos. — Zaira ergueu o olhar. Ver Amara tão abatida era preocupante. — Ele não tem sido com você. — Comentou sem rodeios. — Como tem sido seus últimos dias?

— Trabalhosos. Exaustivos. — Amara respirou fundo. Ela desviou o olhar para as mãos, mas não antes que Zaira notasse a dor instalada neles. Amara parecia atormentada e pouco preservada, dando olhares vazios a pessoas que poderiam facilmente serem destruídas por eles. — Não tenho dormido muito e quando consigo, tenho pesadelos. Alguns são capazes de me arrancar da cama e me levarem para fora de casa. Isso tem preocupado o Tommy, ele também não parece muito bem depois da morte do pai e tudo que aconteceu em Boston, mas sabe disfarçar, algo que eu desaprendi com o tempo.

Zaira abriu os lábios, no entanto, não proferiu nada. As cartas em suas mãos foram embaralhadas com agilidade. Amara estava atenta a cada movimento da cigana. As cartas foram espalhadas sobre a mesa, com um gesto, Zaira pediu para que a mulher mais jovem apontasse para algumas. Amara fechou os olhos e respirou fundo. Quando se sentiu pronta, colocou a ponta do dedo sobre três cartas e esperou pela interpretação de Zaira.

— A roda da fortuna. — Zaira virou a primeira carta. — Interessante.

— O que quer dizer? — Amara se inclinou para frente.

𝐃𝐎𝐁𝐑𝐀 𝐍𝐎 𝐓𝐄𝐌𝐏𝐎 ━━ Thomas Shelby [Concluído]Onde histórias criam vida. Descubra agora