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Às vezes os começos não são tão simples.
Às vezes o adeus é a única solução.
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Ela apareceu durante a noite. Lynnea Bailey, de quinze anos, entrou pela porta da frente do Largo Grimmauld Nº12, às duas da manhã, seu rosto inexpressivo, suas emoções mortas e vazias. Ela parecia exausta, cansada e algo em seus olhos verdes cintilantes parecia estar quebrado para sempre. Inacreditável que apenas dez horas atrás ela era uma garota feliz e alegre, que estava ansiosa para começar seu quinto ano na Academia de Magia de Beauxbatons. Mas agora toda a sua vida foi quebrada em um milhão de pequenas fibras.
Com ela no corredor do Largo Grimmauld estava um homem velho; sua barba branca tinha cerca de um metro de comprimento, seus penetrantes olhos azuis olhavam através de óculos em forma de meia-lua para o corredor sombrio. Professor Alvo Dumbledore, esse era o nome dele, e foi ele quem levou Lynnea embora, salvando-a das ruínas da vida que ela conheceu.
Enquanto eles estavam obviamente esperando que algo acontecesse, imagens cruzaram a mente de Lynnea; como uma queimadura na retina, ela os viu deitados na cama, os olhos fixos e vazios até o teto, sem ver nada. Lynnea havia entrado em seu quarto, já com uma sensação estranha em seu estômago. Era domingo e ela havia passado a noite com sua melhor amiga Nicolette. Quando ela voltou para casa, não havia sinal dos pais, mas ela previu que eles ainda estivessem dormindo, então ela tomou o café da manhã e saiu de casa novamente para levar o cachorro do vizinho para passear. Ela ficou desconfiada pela primeira vez, quando voltou por volta das três da tarde, e ainda havia um silêncio assustador pairando sobre a casa. Lynnea entrou no quarto dos pais e tudo que encontrou foram os cadáveres deles, sem ferimentos, sem arranhões, sem sangue, apenas silêncio e olhos vazios, pele fria...
Ela balançou levemente a cabeça para dissipar as imagens, que com certeza a assombrariam em seus sonhos para sempre. Mas, por enquanto, ela os empurrou para o lado, ao notar a sombra de uma figura se movendo pelo corredor.
"Esta tudo bem, Lynnea", Professor Dumbledore disse com a voz suave, que conseguiu acalmar Lynnea de uma forma estranha desde que se conheceram algumas horas atrás. "É Remus Lupin."
O homem entrou na luz quente de uma tocha, iluminando seu rosto. Seu cabelo não tinha muitas mechas grisalhas, grandes sombras pretas caíam sob seus olhos e cicatrizes brancas marcavam seu rosto já pálido. Mas um sorriso amigável brincou em seus lábios, mostrando que ele ainda era um jovem, que obviamente teve uma jornada infernal vivida.
"Remus vai cuidar de você enquanto você estiver aqui", o Professor Dumbledore continuou. "Se você tiver alguma dúvida, não tenha medo de perguntar a ele."
Lynnea conseguiu esboçar um sorriso ao pegar a mão estendida do homem para cumprimentá-la. Mas não havia chance de manter seus lábios curvados assim por muito tempo, enquanto a dor os puxava de volta sem piedade. Fora isso, ela ainda não conseguia chorar, uma dormência matou todas as emoções que estavam tentando se formar dentro dela.
"Eu tenho que me desculpar por agora", o velho mago disse a Leah, dando uma olhada em um relógio no bolso de suas vestes. "Mas nos encontraremos novamente em breve, ainda há muitas coisas a apontar, antes que você possa partir para Hogwarts no dia primeiro de setembro. Eu voltarei em alguns dias."
Lynnea assentiu brevemente, incapaz de falar, pois ela não tinha certeza do que poderia acontecer se ela usasse os lábios para algo diferente do que apertar com força. O Professor Dumbledore deu a ela um último sorriso e compartilhou um olhar penetrante com Remus Lupin, antes que ele se virasse e desaparecesse na noite.
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𝐋𝐎𝐒𝐓&𝐅𝐎𝐔𝐍𝐃 - 𝘍𝘳𝘦𝘥 𝘞𝘦𝘢𝘴𝘭𝘦𝘺.
Фанфикшн𝗧𝗿𝗮𝗱𝘂𝗰̧𝗮̃𝗼 𝗮𝘂𝘁𝗼𝗿𝗶𝘇𝗮𝗱𝗮. ❝Fred Weasley! Você é um pé no saco!❞, ela gritou, jogando as mãos para cima furiosamente, mas ele apenas sorriu com o brilho travesso de sempre em seus olhos calorosos, enquanto se curvava lentamente para e...
