𝟱𝟴 | 𝗜 𝗢 𝗥

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Voando como uma bala de canhão
caindo no chão,
tão pesado quanto uma pena
atingindo a terra.
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Harry e Lynnea a encontraram na biblioteca. Claro que Hermione tinha visto algo assim antes, Lynnea se perguntou por que não pensou em perguntar a ela de primeira.

"É uma runa", ela disse, deixando um livro velho e pesado cair sobre a mesa. Madame Pince lançou-lhe um olhar ardente. "A runa da cobra, para ser exata." Lynnea olhou para ela bastante confusa e suspirou. "Veja, é a runa que representa a guerra constante de forças opostas. Fogo e água, escuridão e luz, bem e mal. Duplicidade. Natureza dupla."

"Isso é... ruim?" Harry perguntou, erguendo uma sobrancelha.

"Não sei, pode ser um aviso" Hermione respondeu. "Ior - essa é a runa - pode indicar o equilíbrio de sua alma." Lynnea bufou. "Também pode ser um aviso de que uma das forças dentro de você está ameaçando crescer."

"Já ouviu falar de alguém acordar com uma cicatriz rúnica na pele?" Lynnea perguntou, olhando para a amiga, que tinha os olhos fixos no livro.

Hermione olhou para cima e fixou o rosto de Lynnea com os olhos. "Eu poderia pesquisar para você, se você quiser", ela finalmente disse.

"Isso seria ótimo, Hermione!" Lynnea suspirou.

"Mas eu sou da mesma opinião de Harry", ela disse, e Harry sorriu triunfante. "Você deveria contar a Dumbledore."

"Sim, e vou te dizer o mesmo que já disse a ele" Lynnea respondeu, revirando os olhos para o irmão. "Harry pode contar a ele, mas acho que Dumbledore não se importaria. Então, se você puder descobrir algo sobre isso, eu ficarei muito grata."

"Eu aviso você." Hermione sorriu para Lynnea encorajando-a, e a ruiva espelhou o gesto, antes de se desculpar e deixar a biblioteca, deixando Hermione e Harry para trás, bem ciente de que estariam ocupados discutindo a teimosia de Lynnea em não contar ao diretor.

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"Peguei ele!" Harry sussurrou ansiosamente no ouvido da irmã, após se colocar ao lado dela. Snape tinha tirado dez pontos da Grifinória por Harry estar atrasado, e Harry estava ofegante.

"Você pegou quem?" Ela murmurou de volta, tentando não mover os lábios.

"Malfoy!" Harry murmurou de volta. "As garotas que você viu eram Crabbe e Goyle! Poção Polissuco", acrescentou, após ver o rosto deslumbrado de Lynnea. "Ele roubou em nossa primeira aula com Slughorn. E eu descobri onde ele desaparece todos os dias! No sétimo andar, Lynn!"

"A Sala Precisa!" Lynnea respirou fundo. "Claro!"

"Mas Potter parece ter muito a dizer sobre o assunto", disse Snape, apontando de repente para o fundo da sala, seus olhos negros fixos em Harry. "Deixe-me perguntar a Potter qual é a diferença entre um Inferius e um fantasma."

A classe inteira olhou para Harry. "Er - bem - fantasmas são transparentes", ​​disse ele.

"Oh, muito bom" interrompeu Snape, seus lábios se curvando. "Sim, é fácil ver que quase seis anos de educação mágica não foram desperdiçadas com você, Potter. Fantasmas são transparentes."

Pansy Parkinson soltou uma risadinha estridente. Várias outras pessoas estavam sorrindo. Harry respirou fundo e continuou calmamente, embora Lynnea pudesse sentir que suas entranhas estavam fervendo. "Sim, fantasmas são transparentes, mas Inferi são cadáveres, não são? Então eles seriam sólidos -"

"Uma criança de cinco anos poderia ter nos contado isso", zombou Snape. "O Inferius é um cadáver que pode ser reanimado por feitiços de um bruxo das trevas. Ele não está vivo, é apenas usado como uma marionete para cumprir as ordens do mestre. Um fantasma, como acredito que todos vocês já devem saber, é a impressão de uma alma que partiu deixada na terra... e é claro, como Potter nos disse tão sabiamente, transparente.

"Bem, o que Harry disse é mais útil se estamos tentando diferenciá-los!" Disse Ron. "Quando ficarmos cara a cara com um em um beco escuro, vamos dar uma olhada para ver se é sólido, e não perguntar, 'Com licença, você é a impressão de uma alma que partiu?'"

Houve uma onda de risos, instantaneamente reprimida pelo olhar que Snape deu à classe.

"Mais dez pontos da Grifinória", disse Snape. "Eu não esperava nada mais sofisticado de você, Ronald Weasley, um garoto tão sólido que não consegue aparatar nem um centímetro através de uma sala."

"Não" Lynnea sussurrou, agarrando o braço de Harry, que já havia aberto a boca, mas logo a fechou.

Snape olhou para a garota com uma expressão estranha, seus olhos negros fixos nos verdes, antes de se virar, dizendo: "Agora abram na página duzentos e treze e leiam sobre a Maldição Cruciatus."

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Lynnea era muito jovem para fazer o teste de aparatação, que foi hoje em Hogsmeade. Então ela, Harry, Draco e Ernie McMillan da Lufa-Lufa foram os únicos a estarem na aula de Poções esta tarde. Depois que a aula acabou, ela se grudou nas solas de Draco.

"O que você quer Potter?" Ele cuspiu, sem olhar para ela, sem parar de andar.

"Draco, estou preocupada com você" Lynnea suspirou, alcançando-o. "Você parece horrível..."

"Sim, claro que sim", ele cuspiu sarcasticamente. "Seu irmão mandou você, não foi? Eu sei que ele está interessado no que estou fazendo. Então diga a ele que não é da conta dele, porra!"

"Ele não me mandou", ela rosnou. "Eu realmente estou preocupada, você é apenas uma sombra de si mesmo e eu gostaria de poder ajudá-lo."

Ele congelou no local, finalmente olhando para ela. Por um segundo ela pôde ler o desespero em seus olhos, antes que seu olhar se endurecesse novamente. "Me deixe em paz, Potter!" Ele retrucou. "Você não tem ideia, NÃO TEM!"

"Então me diga!" Lynnea sibilou. "Por que quer tanto ser o garoto perdido? Eu já te disse, eu estaria lá para você. Você não tem que lutar contra isso sozinho."

"Você não pode", ele disse em voz baixa e suas paredes pareceram desmoronar. "É muito perigoso. E agora me deixe em paz, Lynnea."

"Mas -"

"Me deixa em paz!" Ele retrucou e foi embora, deixando a garota parada no corredor sozinha.

 𝐋𝐎𝐒𝐓&𝐅𝐎𝐔𝐍𝐃 - 𝘍𝘳𝘦𝘥 𝘞𝘦𝘢𝘴𝘭𝘦𝘺.Onde histórias criam vida. Descubra agora