𝐋𝐎𝐒𝐓&𝐅𝐎𝐔𝐍𝐃 - 𝘍𝘳𝘦𝘥 𝘞𝘦𝘢𝘴𝘭𝘦𝘺.

𝟱𝟳 | 𝗦 𝗜 𝗡 𝗔 𝗟

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Quando você está caindo na floresta
e não há ninguém por perto,
você realmente caiu,
ou fez um som?
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"Espero que você esteja ciente de que eles estão tentando chegar até você... Pansy e Blaise."

Lynnea ergueu os olhos, com a pena ainda na mão, parando no meio da frase de sua redação. Ela olhou para cima, encontrando Tracey e Daphne olhando para ela com olhos tristes.

"Oh, que prazer! As rainhas dos amassos demoram a falar com a ralé" Lynnea deu uma risadinha, observando os rostos das duas garotas corando em dois tons diferentes de rosa.

"Sim, olha, sobre isso..."

"Não, por favor não se desculpe" Lynnea riu. "Está tudo bem, sério, eu estava me afogando em autopiedade e também não conseguia me suportar. Não estou brava com vocês. Se eu tivesse a chance, eu também teria fugido de mim."

"Mas queremos nos desculpar", disse Tracey. "Você é nossa amiga, nós devíamos ter estado lá para você." Enquanto ela olhava diretamente para o rosto de Lynnea, Daphne parecia envergonhada e olhava para os próprios pés, acenando com a cabeça.

"Está tudo bem, sério", disse Lynnea, sorrindo para os rostos culpados de suas duas amigas. "Então, o que a cara de pug e o filho da puta estão tramando?"

"Não sabemos direito, mas ouvimos eles falando de você", disse Daphne. "Dizendo que precisam ficar de olho."

"Como se Blaise já não tivesse ficado o suficiente" Tracey rosnou, seus olhos escureceram. "Eu juro, se eu soubesse que era ele fazendo aquilo com você..."

"Devíamos ter ouvido Astoria, ela nos disse o tempo todo", murmurou Daphne.

"Sua irmã?" Lynnea ergueu uma sobrancelha.

"Exatamente." Daphne assentiu com seriedade. "Ela ficava com Blaise, até o assédio começar. Ela o largou. Mas para ser honesta, Blaise é um cara muito educado, sempre legal."

"Nunca pensamos que ele pudesse fazer esse tipo de coisa com alguém" Tracey respondeu, balançando a cabeça perplexa. "Nós o conhecemos desde o primeiro ano, ele parecia ser um cara bom."

"Bem, ele é bom em fingir" Lynnea disse e encolheu os ombros. "Então, nenhuma culpa em vocês."

"Só tome cuidado, sabe Pansy, ela venderia a própria avó para tornar sua vida um inferno", acrescentou Tracey.

Lynnea estava feliz por ter suas duas amigas de volta. É muito mais engraçado estar na Sonserina quando você tem alguém ao seu lado. Elas conversaram a tarde toda, até que Lynnea teve que deixar a sala comunal, pois estava indo encontrar Harry no lago.

Lynnea tentou ficar de olho em Draco, mas não foi tão fácil quanto ela previu. Ele desaparecia de vez em quando, às vezes ela não conseguia encontrá-lo por horas, ele faltava às aulas também. Ele não queria falar com ela e era sempre o último a voltar para a sala comunal tarde da noite. Harry não iria se livrar da ideia de que Draco estava tramando algo terrível; e quanto mais Lynnea pensava nisso, mais ela chegava à conclusão de que Harry poderia estar certo.

"Ok, estou um pouco... desconfiada", disse ela a Harry, quando se encontraram na beira do lago. A primavera finalmente havia chego e estava ficando mais quente. "Eu o vi com garotas, mas não as conheço. Eu não acho que elas são sonserinas. Tenho certeza que não são sonserinas. E Draco não iria acompanhar pessoas de outras casas, ele é muito arrogante."

"Então você acredita em mim agora?" Harry disse e ergueu uma sobrancelha.

"Eu não acho que ele seja um Comensal, se é o que você quer dizer com acreditar em você. Eu só acho que você está certo com ele estar tramando alguma coisa."

"Ele enlouquece sempre que alguém toca seu antebraço" Harry disse, com uma expressão sombria no rosto. "Há uma Marca Negra. Eu sei disso."

Lynnea balançou a cabeça. "Ele pode estar um pouco perdido no pensamento das artes das trevas, mas ele definitivamente não é um Comensal da Morte. Ele é apenas... eu não sei, parece estúpido, mas acho que o pai dele tem algo a ver com isso."

"Veremos", respondeu ele, pegando uma pedra do chão e jogando-a no lago, onde a superfície negra a engoliu, mandando pequenas ondas para a costa. Lynnea o observou por um tempo, até que algo cruzou sua mente.

"Harry, dê uma olhada no meu pescoço, por favor", ela disse e Harry ergueu uma sobrancelha para a irmã.

"O-o quê?" Ele gaguejou.

"Meu pescoço. Há algo em minha pele desde que acordei na ala hospitalar. Não consigo ver no espelho, e esqueci de perguntar, então é só dar uma olhada e me dizer o que é."

Ela ergueu seu longo cabelo ruivo cacheado e deu as costas para Harry. Seus dedos acariciaram seu pescoço. "É uma cicatriz", disse ele. "Exatamente abaixo de sua espinha. Uma linha reta, com um X ou algo assim através dela." Lynnea girou e ele a olhou confuso. "De onde você tirou isso?"

"Não tenho a menor ideia, talvez tenha batido em alguma coisa quando caí naquele dia", respondeu ela em voz baixa, tocando o pescoço para sentir mais uma vez o relevo na pele.

"Em o que exatamente você teria batido?" Harry perguntou, bufando. "Você devia mostrar à Dumbledore."

"Não" Lynnea respondeu claramente com uma voz aguda. "Eu sei, você e Dumbledore são próximos, mas eu acho que ele realmente não se importa comigo. Eu não sou a Escolhida, sou apenas a irmã, que coincidentemente sobreviveu também." Ela ainda estava com raiva do diretor por deixá-la fora de tudo que está acontecendo.

"Ele se preocupa muito com você", disse Harry. "Mas ele tem uma maneira de pensar, e eu concordo profundamente com ele - que é melhor mantê-la fora de todas essas coisas perigosas que acontecem. Mas isso", ele apontou para o pescoço da ruiva, "isso é definitivamente algo que ele quer saber."

"Bem, você pode contar a ele em sua próxima reunião." Lynnea encolheu os ombros. "Talvez eu devesse perguntar a Hermione se ela - não sei - leu sobre algumas cicatrizes que apareceram repentinamente ou coisas assim. Tenho quase certeza que sim."

"Claro que sim" Harry respondeu com uma pequena risada. "Desde quando há algo sobre o qual nossa Hermione ainda não tenha lido?"