𝐋𝐎𝐒𝐓&𝐅𝐎𝐔𝐍𝐃 - 𝘍𝘳𝘦𝘥 𝘞𝘦𝘢𝘴𝘭𝘦𝘺.

𝟱𝟲 | 𝗦 𝗢 𝗠 𝗕 𝗥 𝗜 𝗢

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Por favor, não faça nenhum
movimento brusco.
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"Você está horrível!"

"Obrigado, Potter, é sempre um prazer falar com você" Draco resmungou, revirando os olhos. Sombras escuras estavam embaixo deles, sua pele estava pálida e quase transparente como um pedaço de pergaminho.

"Não, sério, Draco, parece que você não dorme há semanas" Lynnea disse suavemente ao loiro e agarrou seu braço, quando ele se levantou para ir embora. Ela o puxou de volta para o sofá em frente à lareira, onde tinha o encontrado. Ele era o último na sala comunal quando ela chegou, depois que Madame Pomfrey finalmente a deixou sair da ala hospitalar. "O que há de errado?"

Ele puxou o braço com força de seu aperto. "Nada, está tudo bem", ele retrucou com os olhos apertados.

"Sim, é exatamente o que parece" Lynnea retrucou sarcasticamente, fixando os olhos nos dele. "Não sei como não pude ver isso à primeira vista."

"Porra, não seja tão intrometida!" Ele rosnou.

"Não estou sendo intrometida, só estou preocupada", ela disse baixinho, levantando uma sobrancelha para ele. "Sério, você está horrível. Então, se quiser, pode me dizer, juro que vou levar para o túmulo."

Seu rosto se transformou em uma careta; Lynnea pôde ver a luta por trás de seus olhos cinza gelados. "Eu não posso", ele murmurou, então ela mal conseguiu ouvir. "Isso é algo que eu tenho que lidar sozinho."

"É isso que você pensa, ou o que seu pai te disse para pensar?" Lynnea perguntou, e se olhar matasse, ele seria um assassino.

"Você não tem ideia, Potter", ele sibilou com os dentes cerrados. "Você não sabe nada sobre o meu pai. E você não sabe nada sobre mim."

"Está enganado", respondeu ela. "Sei muito bem o que seu pai é, mas você não gostaria de ouvir. Você não é como seu pai. Não sei muito sobre você, mas disso eu sei. Você, Draco Malfoy, não é como seu pai." Ela se levantou e sorriu para ele antes de começar a se afastar para o dormitório. "E se você decidir que não quer lidar com tudo sozinho, sabe onde me encontrar."

Lynnea não pôde ver seu rosto inteiro, sombras escuras cobriam seus olhos, então ela não hesitou nem mais um segundo e deixou a sala comunal. Ela esperava que ele pensasse nisso. Ela esperava que ele fizesse a coisa certa.

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"Foi uma boa combinação, cara." Lynnea sorriu para seu irmão, secretamente suspirando de alívio por ele estar bem. "O que você achou das crianças Potter na ala hospitalar?"

"Eu deveria proibir este lugar" Madame Pomfrey murmurou severamente.

"O que aconteceu?" Harry perguntou, levantando a mão para tocar as bandagens em sua cabeça.

"Crânio rachado", disse Madame Pomfrey, se levantando e empurrando-o contra os travesseiros. "Nada para se preocupar, eu consertei imediatamente, mas vou mantê-lo aqui durante a noite. Você não deve se esforçar por algumas horas."

"Não quero passar a noite aqui", disse Harry com raiva, sentando-se e jogando as cobertas para trás. "Eu quero encontrar McLaggen e matá-lo."

"Temo que isso possa ser considerado esforço excessivo", disse Madame Pomfrey, empurrando-o firmemente de volta para a maca e erguendo a varinha de forma ameaçadora. "Você vai ficar aqui até eu dispensá-lo, Potter, ou eu chamarei o diretor."

Ela voltou para o escritório e Harry afundou-se nos travesseiros, fumegando.

"Não se preocupe, Lynn já cuidou dele" Ron gargalhou. "Eles o liberaram minutos antes de você acordar."

"O que você fez?" Harry perguntou à irmã, erguendo uma sobrancelha.

"Acabei de dar a ele minha pequena interpretação de O-APERTO-VOCÊ-SABE-ONDE" Lynnea sorriu e encolheu os ombros. "Recebi duas semanas de detenção de McGonagall por isso."

"Só para lembrar, ela também quebrou o nariz dele", riu o amigo ruivo.

"Consegui mais uma semana de detenção do Filch, porque ele teve que tirar o sangue da tapeçaria de Barnabas", ela sorriu amplamente. "Valeu totalmente a pena."

"Isso é incrível!" Ron aplaudiu. "Cormac é um gorila, ele poderia ter te engolido sem mastigar!" Ele lançou um olhar de admiração e Lynnea sorriu triunfante.

"Bem, Ginny estava aqui, ela disse que você quase chegou atrasado", ela disse. "O que aconteceu?"

"Eu vi Malfoy fugindo de algumas garotas, e essa é a segunda vez que ele não estava no campo de Quadribol com o resto da escola; ele pulou a última partida também, lembra?" Harry suspirou. "Gostaria de tê-lo seguido, a partida foi um fiasco..."

"Não seja estúpido", disse Ron rispidamente. "Você não poderia ter perdido uma partida de quadribol só para seguir Malfoy, você é o capitão!"

"Eu quero saber o que ele está tramando", disse Harry. "E não me diga que é coisa da minha cabeça, não depois do que eu ouvi entre ele e Snape."

Ele parou e olhou para Lynnea. "Está tudo bem, eu também sei, ele está tramando alguma coisa. Ele parece muito doente e está mais mal-humorado do que o normal. Mas ele não quer me dizer."

"Porque ele é um Comensal", disse Harry.

Lynnea olhou para o irmão por um momento, antes de responder. "O que quer que ele esteja fazendo, presumo que não esteja fazendo voluntariamente." Harry deu a ela um olhar de pura descrença. "Ele está sofrendo, Harry. Não me olhe assim! Eu sei que você o odeia, mas há algo em sua mente, algo que está o torturando."

"Pobre garotinho" Ron murmurou e ela estreitou os olhos para ele.

"Como eu já disse, estou bem ciente de que vocês não gostam dele" Lynnea repetiu, revirando os olhos. "Mas não façam nada estúpido!" E agora seus olhos encontraram os de Harry. "Eu sei que ele é um idiota. Ele te odeia e não hesitará em xingar você, Harry. Só não o ameace!"

"Parece que eu sou o cara mau nisso" Harry fez beicinho. "Ele está obviamente tramando algo e eu quero pegá-lo!"

"Você é um idiota, Harry." A menina balançou a cabeça. "Mas vamos deixar isso assim, eu sei que você é obstinado." Ela esboçou um sorriso. "Eu tenho que ir, é quase toque de recolher. Tentem não morrer durante a noite, ok pessoal?" Ela piscou para eles.

"O mesmo para você" Harry gritou atrás de Lynnea e quando ela saiu da ala hospitalar, ela pôde ouvir Ron dizendo: "Bem, Fred estava certo. Ela é uma garota e tanto."