•••
Não me pinte de preto quando na verdade,
eu costumava ser dourada.
•••
"Harry!" Lynnea gritou no corredor, tentando alcançar o irmão. Ela não conseguia tirar da cabeça a ideia de que Harry estava escondendo algo dela. Algo sobre a profecia. Mas Harry seguiu em frente com a multidão, Lynnea empurrou as pessoas para o lado, murmurando desculpas, chamando seu nome mais adiante. "Puta merda, Potter! Você poderia esperar por mim?" Ela ofegou, enquanto finalmente alcançava ele e Ron.
"Lynn! Desculpe, não percebi você", disse Harry. "Você está bem? Está tudo bem? Problemas com o Zabini?"
"Está tudo bem", disse ela. "Eu consegui me esconder dele com sucesso até agora. Mas não é disso que eu queria falar com você." Ele lançou a ela um olhar questionador. "Eu -" Ela olhou para Ron. "Eu prefiro falar com você em particular..."
Ron ergueu uma sobrancelha, mas então deu de ombros e caminhou pelo corredor. Harry levou Lynnea para a Sala Precisa, onde ninguém poderia ouvi-los. Parecia muito diferente do ano passado, estava cheio de coisas - livros antigos, vassouras, chapéus...
"E aí?" Harry perguntou, encostando-se em um armário velho.
"Eu queria falar com você sobre - sobre a profecia", ela disse, olhando diretamente para o rosto dele. "Eu tive uma conversa com Remus, sei que ele não está envolvido nessas coisas tão profundamente quanto você, mas ele imagina que eu possa ter sido mencionada na profecia. E os únicos que eu conheço que ouviram a essa profecia, são Dumbledore e você."
Lynnea podia ver que Harry estava ficando desconfortável. Então, talvez ela estivesse certa, talvez ele estivesse realmente escondendo algo.
"Não tenho permissão para falar com ninguém além de Ron e Hermione sobre isso", ele murmurou sem olhar para ela.
"Eu não me importo", disse Lynnea. "Dumbledore não está dando a mínima para mim, eu sei disso, mas tenho o direito de saber sobre essas coisas também. Você é meu irmão! Eu quero saber o que está acontecendo!" Sua voz ficou furiosa. Ela não conseguia entender por que diabos Dumbledore a deixaria de fora, enquanto todos que ela amava estavam tão profundamente envolvidos; e a própria Lynnea também, mesmo que ela nem soubesse no que exatamente.
"Lynn, eu não quero que você se preocupe, é apenas uma profecia estúpida", disse Harry.
"Uma profecia estúpida que pode acabar te matando", ela respondeu e cruzou os braços na frente do peito. "Você me pediu meses atrás para não deixá-lo de fora, agora estou implorando pelo mesmo."
Ele a olhou fixamente, Lynnea pôde ver a batalha por trás de seus olhos verdes. Finalmente, ele suspirou dizendo: "Tudo bem."
"Ok, a profecia não é só sobre mim", disse Harry esfregando o pescoço. "Primeiro você tem que saber, há um pouco mais por trás dessa coisa do Escolhido. A profecia diz que nenhum poderá viver enquanto o outro sobreviver. Então eu tenho que matar Voldemort. Ou o contrário."
"Então, você tem que enfrentá-lo" Lynnea disse em voz baixa. Ela estremeceu. Este era um dos muitos cenários que ela não queria imaginar.
"Sim, mas essa é a parte da profecia que Voldemort não conhece. O que ele sabe é a parte sobre você." Ele fez uma pausa, com seus olhos fixos nela. "Bem, Dumbledore é o motivo de mantê-la fora de tudo isso. Dizem que você será a única a definir o fim."
"O que você quer dizer?" Ela perguntou bruscamente.
"Essa é a razão por ele não ter te matado", disse ele. "Ele provavelmente queria levá-la, então depois que tivesse me matado, você seria sua arma contra seu oponente final - que ele não imaginava ser eu naquela época."
"Tudo bem", ela ficou sem palavras. Mas também se sentiu aliviada. Então, talvez Remus estivesse certo; ele teria a levado ainda quando bebê para treiná-la, ensiná-la... "Mas agora a profecia... quer dizer, ele não me levou com ele, foi a Ordem que influenciou meu crescimento. Isso significa que a batalha já está decidida? Porque eu definitivamente não vou te matar."
"É por isso que tenho aulas com Dumbledore", disse Harry. "Estamos tentando descobrir o que tudo isso significa e como destruí-lo."
Eles ficaram sentados em silêncio por um tempo, Harry encostado no velho armário, e Lynnea encostada em um manequim com uma tiara na cabeça.
"Você já se perguntou como seria a vida se eles ainda estivessem vivos?" Ela perguntou depois de um tempo, o que se passava em sua mente.
"Sempre", respondeu ele.
"Talvez pudéssemos ser como Fred e George", ela riu. "Isso teria sido maravilhoso. Eu odeio o fato de agirmos como estranhos quase o tempo todo. Você é meu gêmeo e não conversamos por semanas, embora tenhamos aulas juntos todos os dias..."
"Sermos classificados em duas casas diferentes estraga tudo" Harry suspirou. "Eu ainda não te vejo como uma sonserina. Eu não acho que um sonserino teria largado a varinha por alguém."
Lynnea riu. "Sim, esse foi um dos meus momentos grifinórios. Mas, sério, eu não sei a que lugar pertenço. Talvez eu não pertença a lugar nenhum."
"Devíamos fazer isso com mais frequência", disse Harry. "Nos encontrarmos, quero dizer. Quem sabe por quanto tempo ainda seremos capazes de fazer isso?"
"Não diga essas coisas", ela sussurrou. "Eu amo viver na ilusão de que logo tudo acabará e todos nós estaremos desfrutando das refeições fabulosas da Sra. Weasley n'A Toca."
"Talvez aconteça" Harry disse se levantando. Ele estendeu a mão e quando ela a pegou, ele a puxou para cima. "Mas o que mais podemos fazer além de dar o nosso melhor e nos prepararmos para o que está por vir?"
VOCÊ ESTÁ LENDO
𝐋𝐎𝐒𝐓&𝐅𝐎𝐔𝐍𝐃 - 𝘍𝘳𝘦𝘥 𝘞𝘦𝘢𝘴𝘭𝘦𝘺.
Fanfiction𝗧𝗿𝗮𝗱𝘂𝗰̧𝗮̃𝗼 𝗮𝘂𝘁𝗼𝗿𝗶𝘇𝗮𝗱𝗮. ❝Fred Weasley! Você é um pé no saco!❞, ela gritou, jogando as mãos para cima furiosamente, mas ele apenas sorriu com o brilho travesso de sempre em seus olhos calorosos, enquanto se curvava lentamente para e...
