𝐋𝐎𝐒𝐓&𝐅𝐎𝐔𝐍𝐃 - 𝘍𝘳𝘦𝘥 𝘞𝘦𝘢𝘴𝘭𝘦𝘺.

𝟭𝟲 | 𝗦 𝗢 𝗡 𝗛 𝗢 𝗦

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Todos nós caímos;
nós sobrevivemos de alguma forma.
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Então eles contaram tudo a ela. Remus era o padrinho de Lynnea. Sirius era de Harry. Ambos incapazes de cuidar deles, um por causa de seu problema de fúria, como Lynnea o chamou, fazendo Remus rir, o outro porque foi preso em Azkaban por um crime que nunca cometeu.

Lynnea adormeceu com a foto de sua família ainda em mãos. Depois que Dumbledore saiu, ela subiu as escadas para o quarto que herdou durante o verão. Tirando algumas roupas do armário que ela havia deixado aqui para trás, ela se deitou na cama e tinha certeza de que ficaria acordada quebrando a cabeça com todas as coisas que tinha ouvido nas últimas duas horas, mas o sono contou a ela uma história diferente. Ela dormiu ridiculamente fácil assim que sua cabeça tocou o travesseiro macio. Mas seus sonhos confusos de relâmpagos verdes e risadas agudas assustadoras não duraram muito.

No meio da noite, ela foi acordada por algumas vozes zangadas abafadas que soaram pelo chão. Pegando sua varinha na mesa de cabeceira, ela se levantou silenciosamente, descendo as escadas na ponta dos pés. Os gritos vinham da cozinha, uma voz familiar gritava a plenos pulmões, era uma maravilha que a Sr. Black não se juntou ao coro.

Lynnea empurrou a porta com cuidado, reconhecendo uma cozinha cheia de pessoas; Harry e os Weasleys haviam chegado, e Fred, que estava com as costas virada para a mesma, estava latindo para Sirius no momento em que ela entrou: "Fácil para você dizer isso, você não está aí arriscando o pescoço!"

Por um segundo, Sirius parecia que estava prestes a bater em Fred, mas então a porta se fechou atrás de Lynnea e todos eles voltaram os olhos para ela. Fred se remexeu, deixando escapar um suspiro de alívio, antes de dar dois passos enormes, fechando os braços ao redor dela.

"Nunca mais faça isso, Lynnie!", Ele murmurou. "Nós pensamos que Umbridge tinha pego você!"

Leah ficou vermelha da cabeça aos pés, assustada com o súbito desta situação. Apenas vestindo um top de alça decotado e shorts, ela se amaldiçoou por não ter jogado outra coisa sobre seu corpo quase nu. Ela olhou para Sirius, que ergueu uma sobrancelha suspeitosamente, e mesmo que o abraço caloroso de Fred não fosse tão desagradável, ela apenas implorou silenciosamente para ele soltá-la, o que ele - depois do que pareceu uma eternidade - felizmente fez.

"O que aconteceu?", ela perguntou, olhando para o pequeno grupo.

"Papai foi atacado enquanto fazia algo para a Ordem", Ginny explicou, com sua voz trêmula. "Harry - ele - ele de alguma forma viu em seu sonho -"

"Não foi um sonho", Harry a interrompeu, e os olhos de Lynnea imediatamente se voltaram para ele, olhando direto em seu rosto, em seus olhos, que eram tão parecidos com os dela que ela estava se perguntando como ela pode não notar. "Eu - bem, eu não sei o que era, era como se eu estivesse lá."

"Vamos sentar e tomar um pouco de cerveja amanteigada", Sirius disse calmamente, mas seus olhos estavam bem acordados, ainda sem parar de fitar Fred, que continuava parado perto de Lynnea. "Monstro!", Sirius gritou de repente, fazendo todos pularem. Mas o elfo doméstico não apareceu. "Bem, ele provavelmente está ocupado chorando na calcinha velha da minha mãe", ele bufou. "Cerveja amanteigada Accio!"

Sete garrafas saíram flutuando de um dos armários, caindo na mesa, quando eles se sentaram. Lynnea apenas tomava um gole de vez em quando para dar um trabalho às mãos. Era um silêncio desagradável pairando sobre a cozinha. Lynnea mal conseguia tirar os olhos de Harry, e Fred não conseguia tirar os olhos de Lynnea, que continuava sendo encarado até a morte por Sirius. As horas se arrastaram terrivelmente devagar, até que quase cinco da manhã a Sra. Weasley entrou pela porta da cozinha, dizendo a eles que o Sr. Weasley estava vivo e em St. Mungo's, onde os curandeiros fizeram de tudo para ajudá-lo.

George e Ginny pularam abraçando a mãe, Ron derramou sua cerveja amanteigada e Fred deu uma risada trêmula, mais uma vez pressionando Lynnea contra seu corpo em um abraço apertado. A cabeça dela pegou fogo novamente e Sirius voltou a encará-lo.

"Solte ela, antes que continue com essa cor", George riu, aproximando-se de Fred e dando um soco em seu braço. Quando Fred se soltou, Lynnea viu um pequeno tom de rosa em suas bochechas e rapidamente desviou o olhar.

"Então por que você não voltou?", ele perguntou, e Lynnea ficou olhando para os próprios pés.

"Não posso te dizer agora", ela murmurou. "É uma longa história e eu - eu simplesmente não posso."

Ela esperava que ele reclamasse, mas para sua surpresa ele apenas deu de ombros e disse: "Tudo bem. Mas se quiser falar sobre isso, você sabe onde me encontrar."

"Claro, no meio do maior caos, eu acho", ela riu.

"Você me conhece bem." Enquanto ele falava, Lynnea ergueu os olhos para o rosto dele, com os olhos imediatamente fixos nos dele, afundando-se neles. Ela sentiu suas bochechas enrijecerem, mas foi incapaz de quebrar o contato visual. Um sorriso malicioso apareceu em seus lábios, fazendo com que as sardas brilhassem mesmo no meio do porão sombrio. Ninguém disse uma palavra, e a conversa dos outros foi desaparecendo no fundo, até que ela sentiu que eram apenas Fred e ela -

"Ei, pombinhos", a voz de George a tirou de um devaneio perturbador, onde Fred a agarrou e beijou ferozmente na frente de todos ao redor. "Eu com certeza não quero interromper este momento privado, mas pôde passar despercebido, Fredward, já que você estava ocupado se afogando nesses lindos olhos verdes. Mamãe quer que todos nós subamos."

Ela observou Fred ficando rosa, enquanto ela mesma ficava vermelha, e George ria, obviamente muito divertido.

Depois de agradecer a Sirius e Harry quase mil vezes, Harry saiu da cozinha com seu padrinho. Lynnea também subiu para seu quarto, mas o toque de Fred ainda permanecia em sua pele.

"Eu não vou me apaixonar por esse idiota", ela murmurou para si mesma, mas cada vez que fechava os olhos, o rosto de Fred era a única coisa que vinha à sua mente, até que ela gemeu alto e pressionou o travesseiro sobre a cabeça, como se isso fosse protegê-la desse tipo de pensamento. E quando ela finalmente adormeceu, era ele; de todas as coisas com que ela poderia sonhar, era o rosto estúpido dele, perto dela, até que seus lábios se encontrassem.