𝐋𝐎𝐒𝐓&𝐅𝐎𝐔𝐍𝐃 - 𝘍𝘳𝘦𝘥 𝘞𝘦𝘢𝘴𝘭𝘦𝘺.

𝟭𝟳 | 𝗠 𝗔 𝗜 𝗦 𝗣 𝗥 𝗢́ 𝗫 𝗜 𝗠 𝗢

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É um labirinto dentro de um labirinto;
dentro e fora da minha mente.
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Estar no Largo Grimmauld foi um prazer; parecia verão, ficar aqui com todas aquelas pessoas maravilhosas. Sirius estava de bom humor, até cantando canções de Natal e nem mesmo Harry, que ainda estava surpreso com sua terrível previsão, não resistiu em se juntar à felicidade que pairava sobre o lugar.

Lynnea estava sentada na cozinha com Fred, George e Sirius; enquanto George e Sirius conversavam sobre o plano de uma loja de pegadinhas com que os gêmeos sonhavam, Fred e Lynnea jogavam xadrez bruxo.

"Então", Fred disse, mandando seu bispo se mexer. "você vai finalmente me dizer o que O'Riley fez?"

Lynnea tentou agir intocada, observando sua rainha espancar o bispo de Fred. "Nada. Ele não fez nada.", ela disse em voz baixa, mas calma.

"Você chorou muito e se livrou de dois dias de aula", Fred bufou. "Você não acha que era um pouco mais do que simplesmente nada?"

"Você não concordou quando eu disse que não queria falar sobre isso?", Lynnea sibilou, com seus olhos ainda atraídos para o jogo.

"Só estava curioso", Fred riu. "Eu o azarei por acaso, e só queria ver se era justo", ele fez seu rei dar um passo para trás, "ou se ele merecia mais."

Os olhos de Lynnea levantaram bruscamente. "Bem, é melhor você cuidar da sua vida, Weasley", ela retrucou, com sua voz nem um pouco baixa. George e Sirius se viraram, observando-os curiosos. Lynnea saltou de pé, sua cadeira caiu com um estrondo no chão, mas ela não se importou. Ela saiu da cozinha pisando forte, fechando a porta com força. Em seu quarto, ela caiu na cama, segurando o rosto com as mãos.

Crack!

Lynnea saltou, recuando, quando Fred apareceu do nada.

"O que diabos há de errado com você?", ela retrucou, com as sobrancelhas franzidas. "Já ouviu falar daquela coisinha especial chamada privacidade?"

Fred bufou. "O que há de errado comigo? Pensei que tivéssemos acabado com aquelas brigas estúpidas. Talvez eu comece a respeitar a sua privacidade quando você parar de agir como uma vadia."

"Vadia?", Lynnea ecoou cinicamente. "Você está realmente me chamando de vadia enquanto está namorando a garota mais irritante logo depois de Pansy Parkinson?"

"Você nem a conhece, como pode julgá-la?", ele disse com a voz fria.

Ela sentiu seu rosto se contrair. "Ah, qual é, já viu o jeito que ela olha para mim? Como se eu fosse um inseto, uma barata ou algo ainda mais nojento. Ela só queria me esmagar."

"Talvez seja porque você olha para ela exatamente da mesma maneira!" Os cantos de sua boca se contraíram. "Vamos Bails, apenas admita: você está com ciúmes!"

"Fred Weasley! Você é um pé no saco!", Lynnea gritou, jogando as mãos para cima furiosamente, mas ele apenas sorriu com o brilho travesso de sempre em seus olhos calorosos, enquanto se curvava lentamente, com seu rosto a apenas alguns centímetros de distância do dela.

"Eu sei, Bailey, eu sei. Mas eu poderia ser todo seu para sempre."

Um silêncio pesado caiu sobre eles, mais espesso que a tensão inquietante na atmosfera. Sua boca estava seca demais para falar, mas não fez diferença, pois ela não conseguia organizar seus pensamentos e encontrar ao menos uma palavra, nem mesmo formar uma frase. Ela sentiu a respiração dele roçando em seus lábios, deixando uma sensação de formigamento não só naquele local, mas em todo o seu corpo, e seu coração começou a bater de forma irregular, ela podia sentir em sua garganta, ela podia ouvir o sangue correr em seus ouvidos...

E assim que ele se levantou, o sorriso bobo ainda estava pintado em seu rosto quando ele se virou e saiu do quarto.

Fred fechou a porta atrás de si e soprou o ar que estava preso em seus pulmões. Ele forçou seus pés a se moverem, mesmo quando cada célula de seu corpo implorou para que ele se virasse e entrasse novamente no quarto, para agarrar essa garota maravilhosa e pressionar seus lábios nos dela, sem soltar antes que ele ficasse sem fôlego.

Ele balançou a cabeça, tentando se livrar desses pensamentos agridoces. Agora, o que fazer com Lynnea? O pensamento pairou em sua mente como um dragão cuspidor de fogo. Seu coração disparou só de pensar nela, desde que a conheceu em agosto. Havia algo sobre ela, algo que não o deixava ir. Mas havia muitos motivos pelos quais isso deveria ou nunca poderia acontecer. Ele nunca deveria ter dito isso.

"Fred! Fred, espere!" Ele se virou, observando-a alcançá-lo, seus longos cachos ruivos chicoteando com cada um de seus passos rápidos, mas eram seus olhos que ele mal conseguia desviar o olhar; aqueles lindos olhos. Era difícil não sorrir alegremente para ela, que apenas levantou uma sobrancelha de uma forma curiosa, enquanto seus lábios se moviam, mas ele não entendia nada do que ela dizia.

"Desculpe, o quê?", ele disse com a voz rouca, com a boca terrivelmente seca.

"Ah, vamos ver se entendi, sou uma pessoa má. Sinto muito. Não deveria ter dito isso sobre você. Ou - ou Johnson." Seu rosto ficou vermelho, fazendo com que suas sardas desaparecessem sob a sombra vermelha.

"Tudo bem, garota", ele riu. "Você não é tão vadia assim."

Ela mordeu o lábio inferior, e a visão desse pequeno movimento inocente o deixou louco, fazendo sua mente girar os pensamentos mais selvagens sobre o que ele queria fazer com aqueles lábios vermelhos suaves.

"Então o que você quis dizer com que você poderia ser todo meu?", ela perguntou, seu rosto ficando com um tom de vermelho ainda mais escuro.

Poxa, por que ela teve que perguntar? Ele forçou seu rosto a manter a calma, criando um sorriso malicioso nos lábios. "Confuso, hein?", ele riu. "Provocar você é assim tão fácil, Bails."

Suas sobrancelhas caíram, franziram e ela estreitou os olhos. "Pare com isso, Weasley!", ela retrucou. "Não é nada engraçado."

E quando ela se virou e estava prestes a se afastar, ele fez algo incrivelmente estúpido; ele agarrou seu pulso e a puxou, fazendo-a tropeçar e se esmagar contra seu peito. Os olhos dela se arregalaram, e como uma força invisível o arrastando, seu rosto se aproximou do dela, ele podia sentir o batimento cardíaco dela contra seu peito e se perguntou se ela sentiria o dele também. A mão dele ainda estava em volta do pulso dela, e ela estava tão incrivelmente perto...

Pare com isso, Fred, você não pode simplesmente fazer isso!, suas paredes internas gritaram com ele, mas ele não pôde evitar, não pôde resistir àquela força estranha que aproximava seu rosto do dela, até que seus lábios perfeitos estivessem a apenas alguns centímetros longe dos dele, sentindo sua respiração rápida. Mesmo que isso o matasse, não havia chance de voltar atrás agora.