𝐋𝐎𝐒𝐓&𝐅𝐎𝐔𝐍𝐃 - 𝘍𝘳𝘦𝘥 𝘞𝘦𝘢𝘴𝘭𝘦𝘺.

𝟲𝟯 | 𝗣 𝗟 𝗔 𝗡 𝗢 𝗦

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Tão perto, não importa o quão longe;
não poderia ser mais do que um coração.
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"Eu sei que você está tramando alguma coisa, Harry" Lynnea disse baixinho, dando um passo ao lado do irmão, já que ele estava parado na margem do lago negro após o funeral de Alvo Dumbledore. "E eu sei que você quer me manter fora."

Ele apenas sorriu para ela, balançando suavemente a cabeça.

"Você terminou com a Ginny" Lynnea continuou a falar. "Sabe, isso é estúpido. Como alguém que foi deixada para ser salva, eu posso te dizer, essa é a maior besteira que você poderia fazer. Bem, eu não acho que Ginny cometerá os mesmos erros que eu, ela é forte demais. No entanto, é tolice deixá-la."

Ele novamente não respondeu, mas seu sorriso havia desaparecido.

"E eu sei por que você fez isso" Lynnea disse após uma breve pausa. "Você vai partir para algo perigoso, não vai? Você, Ron e Hermione. Você vai embora. E vai embora sem mim."

Ele suspirou, colocando o braço em volta do ombro dela, puxando-a com cuidado para mais perto; suas feridas ainda não estavam completamente curadas, mas ele tomou cuidado para não machucá-la.

"Eu não vou te deixar. Vou ficar n'A Toca durante o verão, é o casamento do Gui e da Fleur. Não vou voltar para Hogwarts, e nem você", disse Harry. "Vai ser muito perigoso. Mas, por enquanto, devemos apenas tentar aproveitar o verão o máximo que pudermos. Sem Dumbledore, será apenas uma questão de tempo até que o inferno comece."

"Adoro seu otimismo" Lynnea deu uma risadinha amarga. "Bem, eu terei que deixar você saber, que se você partir sem mim, eu vou te encontrar e chutar o seu traseiro."

Ele riu e bagunçou o cabelo dela. Os gêmeos ficaram sentados à beira do lago por um longo tempo, até que finalmente amanheceu. Harry iria voltar para a Rua dos Alfeneiros pela última vez e, embora Lynnea quisesse se juntar a ele, ela o deixou persuadi-la a ficar com Fred n'A Toca.

"Estou feliz que você esteja aqui, Harry", ela disse baixinho enquanto eles voltavam para o castelo. "Eu realmente espero que você não esteja tramando algo estúpido, eu não quero te perder."

Ele congelou no local e olhou para sua irmã, em seus olhos havia uma profunda tristeza e foi quando ela soube que ele realmente a deixaria.

"Lynn, olha...", ele disse com um suspiro, esfregando o pescoço. "Isso é - bem, eu disse a você sobre a profecia. Você sabe o que eu tenho que fazer. Cedo ou tarde terei que enfrentá-lo e preciso fazer isso sozinho, tem que ser eu. Não posso prometer que tudo ficará bem, eu gostaria de poder, mas não posso. Dumbledore me deu uma missão."

"Que missão?" Ela perguntou e o rosto dele se transformou em uma careta. "Harry, por favor, não me deixe de fora, você é o último pedaço de família que sobrou para mim, e eu não consigo ver porque Dumbledore estava tão interessado em me deixar de lado. Se você vai arriscar sua vida, tenho o direito de saber para quê. Quero ajudá-lo."

"Eu não quero que você venha comigo, eu preciso saber que você está bem, assim como eu preciso saber que Ginny também está", ele disse e franziu a testa. "Dumbledore queria que eu encontrasse algo. Eu tenho que encontrar as partes da alma de Voldemort. Ele fez Horcruxes. É por isso que ele não morreu naquela época quando tentou me matar. Então, antes de enfrentá-lo, eu preciso fazer com que cada pedaço de sua alma seja destruída."

Lynnea sentiu como se Harry tivesse jogado água gelada em seu rosto.

"Quando você vai?" Ela perguntou em um sussurro.

"Não sei. Sério!" Acrescentou ele, enquanto Lynnea lhe lançava um olhar duvidoso. "Eu vou estar no casamento. Então veremos." Eles começaram a andar novamente, o sol estava nascendo além da Floresta Proibida, mas o calor da nova manhã de verão não alcançou a pele de Lynnea.

A viagem no Expresso de Hogwarts que ela estava com seus amigos e Harry estava quase chegando a Londres, quando uma batida suave na janela a fez olhar para cima. Uma coruja de celeiro estava correndo ao longo do trem em movimento, carregando um envelope em suas garras. Lynnea se levantou, abrindo a janela para deixá-la entrar, mas ela simplesmente jogou a carta pelo parapeito e desapareceu.

Ao notar seu nome escrito, Lynnea já tinha um palpite de quem era, então ela abriu rapidamente.

Cara Lynnea,

Não consigo encontrar as palavras certas para dizer tudo o que preciso a você. Você precisa saber, eu não queria que nada disso acontecesse, ele ameaçou matar meus pais, eu não tive escolha... E eu não podia te contar. Eu simplesmente não consegui. Você era minha única amiga e eu sabia que me rejeitaria se soubesse.
Eu diria que adoraria vê-la novamente algum dia, mas isso significaria que você estaria correndo o maior perigo imaginável. Lynn, por favor, não faça nada estúpido. Se você encontrar um lugar seguro, fique lá e não saia dele. Tempos sombrios estão chegando e ele não perderá nenhuma chance de pegar você. Fique segura.

Com amor,

Draco

Lynnea cerrou o punho ao redor do pergaminho, escondendo-o em sua mão.

"Quem é?" Harry perguntou, levantando uma sobrancelha.

"Ah, só o Remus me convidando para visitar ele e a Tonks durante o verão", ela mentiu sorrindo. Lynnea sabia, Harry explodiria se descobrisse quem escreveu a ela. E ela própria não sabia o que pensar da carta. Então ela colocou no bolso da calça jeans e decidiu pensar sobre aquilo mais tarde. Muito mais tarde.

Os lábios suaves de Fred a saudaram em King's Cross sob o olhar ainda cético de Remus, que a abraçou segundos depois. Tonks parecia muito divertida com os olhares furiosos do padrinho de Lynnea e ria sem parar.

"Prometa que vai para A Toca, ok?" Lynnea sussurrou no ouvido de Harry, quando eles se abraçaram fortemente para se despedir. "Não fuja..."

"Eu prometo" Harry murmurou de volta. Enquanto ele partia para o mundo dos trouxas, ela sentia seu coração ficar pesado. Saindo com os Weasley, ela observou Harry ir embora com tio Válter e tia Petúnia. O braço de Fred descansou em torno de seu ombro, parecendo ser a única coisa que a impedia de desmoronar.