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Um beijo agressivo
é melhor do que nada.
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Ainda furiosa, Lynnea entrou na sala vazia de poções; era o que ela pensava, até que se sentou e captou um movimento com o canto do olho. Virando a cabeça, ela pegou Blaise Zabini a observando do outro lado da sala. Ela ergueu uma sobrancelha para ele, antes de se virar, tirando os livros da bolsa. Olhando para cima para colocar os livros na mesa, ela se jogou para trás quando Blaise de repente apareceu à sua frente.
"Lynnea, não é?" Ele perguntou, revelando uma fileira de dentes brancos esplêndidos enquanto sorria.
"Demorou um ano para perceber?" Ela zombou sarcasticamente. O menino nunca havia feito qualquer tentativa de falar com ela mais do que um 'oi'.
"Não queria entrar na linha de fogo do Weasley", ele respondeu, sorrindo desculpando-se. "Não pude deixar de notar que você parece um pouco chateada."
"Não estou", ela disse claramente a ele. Estou mortalmente chateada e vou dar um tapa na porra da sua cara encantadora se não me deixar em paz imediatamente, uma voz irritada rosnou em sua cabeça.
"Ok, eu entendo que você possa estar meio cética porque eu não falei com você antes, mas agora", ele riu. "Mas agora eu realmente adoraria conhecê-la melhor. Existe alguma chance de você concordar em sair comigo algum dia?"
"Por quê?" Ela perguntou, levantando uma sobrancelha. Mas ele não teve a chance de responder, pois a porta se abriu e seus colegas encheram a sala.
"Você sabe que ela não quis dizer -" Hermione sussurrou, enquanto se sentava ao lado de Lynnea, mas foi imediatamente interrompida pela mesma.
"Oh Merlin, não tente amenizar, ela quis dizer aquilo mesmo!" Lynnea sibilou com os dentes cerrados, quando Slughorn entrou na sala e toda a classe ficou em silêncio. Hermione deu a ela um olhar de pena, mas Lynnea apenas olhou para o quadro-negro, ignorando-a. Ela não moveu um músculo, até que um pequeno avião de papel pousou em sua mesa. Ela olhou em volta, todos estavam ocupados anotando os ingredientes da poção de hoje, mas os olhos escuros de Blaise Zabini estavam fixos nela.
Desdobrando o pequeno pedaço de pergaminho, que dizia:
Me encontre depois do jantar no lago? B.
Ela levantou uma sobrancelha para ele, e ele deu de ombros e sorriu timidamente, então Lynnea deu a ele um pequeno aceno de cabeça.
"Lynn!" Draco a alcançou depois da aula, agarrando seu braço.
"Ah, Draquinho", ela bufou. "Uau, Pansy deixou você soltar sua coleira?"
"Engraçado", ele respondeu secamente. "Escute, não se encontre com Blaise."
"O quê?" Ela disse, parando abruptamente.
"Não se encontre Blaise", ele repetiu, revirando os olhos.
"Sim, eu entendi isso, mas por quê?"
"Eu - apenas confie em mim."
"Eu provavelmente deveria, mas isso não é da sua conta", ela zombou. "Então, se me der licença, eu tenho algumas tarefas que não vão terminar sozinhas, infelizmente."
"Lynn..."
Mas ela não deu ouvidos, ao invés disso, ela o deixou parado no corredor, seguindo seus colegas de classe até a biblioteca.
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Blaise acabou sendo uma boa companhia, e ela estava grata por ele ter dedicado seu tempo para ficar com ela, já que não havia mais ninguém; com Ginny reclamando, Harry tendo aulas particulares, Pansy obcecada por Draco e Daphne e Tracey ocupadas beijando seus novos namorados, ela se sentiria completamente sozinha, se não houvesse Blaise. Ele era espirituoso e educado, e era curiosamente fácil passar horas com ele que costumavam parecer segundos.
Não demorou muito para eles deixarem a zona de amizade e pousaram sob os lençóis após uma longa noite com cargas de Firewhiskey.
Não se comparava às noites com Fred; ela não sentia nada por Blaise a não ser um estranho tipo de desejo, e ele a satisfazia sempre que ela pedia - e vice-versa. No começo ela se sentia bem com isso, mas quanto mais tempo durava, mais a culpa pressionava seu peito; por outro lado ela não queria acabar com aquilo que tinham, o que em retrospecto ela deveria ter feito.
As noites com Blaise eram agitadas, mas ela não se importava. Ela não se importava em se sentir dolorida pela manhã, e depois de algumas semanas, ela nem se importava mais com a culpa. O garoto alto e moreno da Sonserina a possuía, embora ela nunca fosse admitir para ninguém.
Nada estava bem, mas pelo menos estava tudo bem. De alguma forma.
"Vamos, eu quero agora", ele sussurrou em seu ouvido, enquanto ela estava sentada em uma pequena mesa redonda na sala comunal, escrevendo uma carta para George. Os dedos dele traçaram seus ombros, descansando em sua clavícula.
"Deixe-me terminar isso", disse ela, tentando ignorar os arrepios que percorriam sua espinha.
"O dever de casa pode esperar", ele disse com uma voz rouca, antes de seus lábios encontrarem a pele delicada do pescoço dela.
"Isso não é dever de casa, vou estar pronta em cerca de cinco minutos, então seja paciente", ela respondeu, tentando não parecer irritada.
"Quem é George?" Ele rosnou de repente, suas mãos deixando o corpo dela.
"Um amigo. Faz semanas que não escrevo para ele, então pensei - Ai!"
Blaise agarrou duramente seu cabelo e puxou seu pescoço para baixo, forçando-a a olhar em seus olhos selvagens e brilhantes.
"Você está me machucando", ela sibilou, tentando se livrar dele. Imediatamente ele a soltou, com seu brilho se suavizando. "O que diabos há de errado com você?" Ela gritou, levantando-se em um salto. "Nunca mais se atreva a fazer isso de novo."
Aconteceu sem aviso algum. No momento em que seus olhos escureceram, sua mão já estava levantada, atingindo-a bem no rosto. Ela tropeçou para trás, esmagando-se contra a mesa da sala comunal vazia. Uma lancinante injeção de dor percorreu o corpo de Lynnea, e um grito escapou de seus lábios.
"Você ficou louco?" Ela disse bruscamente, sua mão estava a caminho de cobrir sua bochecha que latejava, mas ele foi mais rápido, com seus dedos grandes apertando seu rosto.
"Você é minha", ele disse em uma voz perigosamente baixa. "Entendeu?" Ela não respondeu e ele apertou com mais força, sacudindo-a. "Você entendeu?" Ele repetiu, com o rosto próximo ao dela.
Ela queria gritar com ele, mandá-lo dar o fora, dizer que ela não pertencia a ninguém, que ele não passava de um ser humano repugnante... Mas mesmo que ela pudesse falar, mesmo que não tivesse a mão dele agarrada em seu rosto, ela não teria sido capaz. Então ela acenou com a cabeça e viu seus olhos amolecerem, assim como seu aperto, até que ele a soltou.
"Fico feliz em saber disso", disse ele com um sorriso confiante, pegando a mão dela. "Agora vem."
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𝐋𝐎𝐒𝐓&𝐅𝐎𝐔𝐍𝐃 - 𝘍𝘳𝘦𝘥 𝘞𝘦𝘢𝘴𝘭𝘦𝘺.
Fanfiction𝗧𝗿𝗮𝗱𝘂𝗰̧𝗮̃𝗼 𝗮𝘂𝘁𝗼𝗿𝗶𝘇𝗮𝗱𝗮. ❝Fred Weasley! Você é um pé no saco!❞, ela gritou, jogando as mãos para cima furiosamente, mas ele apenas sorriu com o brilho travesso de sempre em seus olhos calorosos, enquanto se curvava lentamente para e...
