𝐋𝐎𝐒𝐓&𝐅𝐎𝐔𝐍𝐃 - 𝘍𝘳𝘦𝘥 𝘞𝘦𝘢𝘴𝘭𝘦𝘺.

𝟭𝟱 | 𝗦 𝗢 𝗟 𝗜 𝗧 𝗔́ 𝗥 𝗜 𝗔

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Oh, eu desmorono no meu núcleo.
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Lynnea não conseguiu se conter; ela começou a rir dos rostos severos dos três homens. Remus se encolheu, quando seu rosto caiu, olhando para Lynnea surpresa.

"Claro que sou", ela riu. "Deveria ter percebido desde o início. Somos tão parecidos, devo ser cega!"

"É verdade", Sirius disse calmamente. "Assim como Harry é como um espelho de seu pai, você é uma cópia de Lily, você se parece muito com ela. Exatamente como Lily, para ser honesto, foi um pouco assustador no começo."

"Isso é ridículo", zombou Lynnea. "As pessoas saberiam se o famoso Harry Potter tivesse uma irmã. Uma irmã gêmea! Eles não iriam simplesmente esquecer essas coisas."

"As pessoas são estúpidas", Moody rosnou. "E adoram acreditar em cada sensação que agrada sua avidez por fofoca. Essa história é trágica! O pobre menino, perdendo não só seus pais, mas também sua querida irmã. E a pobre menininha, não podemos esquecer! Como alguém poderia matar um bebê?" Ele bufou. "Demorou apenas alguns meses até que as primeiras pessoas se esquecessem do pobre bebezinho, e Dumbledore fez de tudo para manter isso. Ele tirou você dos livros de história, pelo menos os poucos que realmente te mencionaram, e se você pergunta às pessoas agora por Lynnea Potter, elas apenas olham para você como se você quisesse vender-lhes olhos de inseto por uma garra de dragão."

"Tá brincando comigo", disse Lynnea, irritando-se agora. "Veja, foi realmente perigoso chegar aqui, não apenas para mim. Me devem a verdade, ja mentiram por muito tempo."

Sirius balançou a cabeça e se levantou da cadeira. "Deixa eu pegar alguma coisa", ele resmungou, saindo da cozinha. Mesmo assim, Lynnea estava se sentindo presa em uma grande travessura.

"Você tem que acreditar em nós", Remus suspirou, olhando para Lynnea com seus olhos cansados. Ela nem mesmo respondeu; isso foi completamente maluco. Eles não podiam realmente pensar que ela acreditaria nessa merda. Quando ela estava abrindo a boca para dizer isso a ele, Sirius voltou, cruzando a sala com passos largos, ele colocou algo na mesa bem embaixo do nariz de Lynnea.

"O que é isso?", ela perguntou, antes mesmo de ver. Sirius apenas gesticulou para ela olhar para baixo. Era uma foto mostrando uma família. Um jovem na casa dos vinte anos, cabelo preto bagunçado, óculos, como uma cópia exata de Harry. Apenas seus olhos o faziam parecer um pouco diferente. Ele estava segurando um menino de cabelo preto, cujos dedinhos tentavam agarrar os óculos do homem. Mas os olhos de Lynnea foram atraídos para a mulher ao lado dele. Olhos verdes brilhantes em forma de amêndoa encontraram os dela. Ela tinha cachos ruivos caindo soltos sobre os ombros e estava sorrindo brilhantemente enquanto segurava um bebê ruivo com exatamente os mesmos olhos verdes que os dela e do menino. Era como olhar em um espelho; um espelho que mostrava uma versão um pouco mais velha da própria Lynnea.

"Thiago e Lílian Potter", Sirius disse, lançando-lhe um olhar feroz. "No seu primeiro aniversário."

Quando ela tinha nove anos, Lynnea tinha uma casa na árvore. Ela costumava passar muito tempo lá lendo, ou apenas curtindo o silêncio. Havia uma corda pendurada na entrada e durante o inverno ela enfraqueceu. Então, uma vez que ela tentou descer, a corda se rompeu e ela caiu cerca de três metros no chão, caindo de costas com força. Era como se o impacto tivesse pressionado cada fiapo de ar para fora de seus pulmões, e ela estava lá lutando para inspirar, expirar, fazer qualquer coisa. Isso era exatamente o que ela estava sentindo agora; sem fôlego, atordoada, tentando se lembrar de como falar, enquanto a informação caia lentamente.

E então a tristeza a atingiu como mil cortes de papel. Não era apenas a perda de duas pessoas amorosas que ela pensava terem sido seus pais por quinze anos, mas o conhecimento de que ela havia perdido uma vida inteira que poderia ter sido vivida pacificamente e despreocupada. Ser separada de sua família real causou outro corte; não foi o suficiente para matá-la literalmente, mas com certeza foi mais do que o suficiente para fazê-la se sentir morta e vazia. Examinando o rosto de sua mãe mais uma vez, a dor lambia suas entranhas com uma língua passando em uma faca.

Mas seus olhos caíram para o bebê Harry, e foi como se uma faísca iluminasse, aquecendo a frieza que havia tomado conta de seu coração. Ele foi deixado. O único que sobrou de uma família que ela nunca conheceu, de uma vida que nunca se realizou. Mas ele estava lá, ele estava esperando seu retorno ali mesmo em Hogwarts. Um irmão estava esperando por ela; Lynnea podia sentir algo molhado acariciando sua bochecha, e quando seus dedos subiram para examiná-lo suavemente, ela percebeu que estava chorando. Ela esfregou o rosto, tentando esconder sua fraqueza, enquanto olhava para os três homens olhando para ela.

"Eu sei que é muito para aguentar", Remus falou suavemente. "Você pode ficar aqui, se quiser, faltam apenas dois dias para o feriado."

"Vamos informar Dumbledore", Sirius disse, com seus olhos grudados na foto de seus velhos amigos. "Você pode ficar com o seu quarto, eu deixei tudo como estava. Os filhos dos Weasley com certeza podem trazer suas coisas aqui e -"

Ele foi interrompido por Lynnea pulando de pé. "Não posso", disse ela. "Tenho que voltar, tenho que falar com Harry."

"Não", Moody rosnou. "Você não entende, garota? Ele não deve saber!"

"Mas isso não é injusto?", ela respondeu ferozmente. "Ele está sozinho, ele tem estado quase toda a sua vida. Eu estou há apenas alguns meses, e foi devastador! Harry com certeza ficará feliz em saber -"

"Ele provavelmente seria mais feliz do que jamais imaginou ser", Sirius respondeu. "Mas isso vai levar vocês dois em grande perigo."

"Eu não me importo!", Lynnea cuspiu, sentindo um nó de raiva na garganta. "E ele também não vai se importar! Por que você não pode simplesmente explicar para ele? Por que não podemos simplesmente dizer a ele para não acreditar nas coisas que Voldemort poderia plantar em sua cabeça?" Ela balançou a cabeça perplexa. "Eu vou contar."

Ela se virou para a lareira e imediatamente congelou no local.

"Sinto muito, mas não posso permitir isso." Alvo Dumbledore sorriu amigável para ela, com seus olhos brilhando atrás de seus óculos em forma de meia-lua. O que diabos ele estava fazendo aqui? "Você deve se perguntar o que me trouxe até aqui", ele riu, e ela o observou assustada. "Talvez com todo esse problema você tenha esquecido de olhar o relógio. Já passa das oito, e seu irmão, assim como seus amigos, estão profundamente tristes porque algo deu errado em seus planos."

"Eles não se meteram em problemas, não é?", Lynnea perguntou, recuperando a capacidade de falar.

"Não, mas a Professora Umbridge não está feliz com você escorregando pelos dedos dela", ele disse rindo. "Lynnea, você tem que confiar em mim. Harry não pode saber sua verdadeira identidade por enquanto. Eu concordo plenamente com você, que ele ficará muito satisfeito ao descobrir que tem uma irmã, mas o perigo que você colocaria vocês dois são imensos demais. Você vai ficar aqui até o fim do feriado de Natal, seus amigos vão se juntar a você no sábado."

Derrotada, Lynnea assentiu com a cabeça, seus ombros caídos.

"Também tem algo que Remus está morrendo de vontade de te contar desde que você entrou pela porta do Largo Grimmauld N°12", Dumbledore disse com uma piscadela, e Lynnea se virou para o jovem cansado.

"Eu sou seu padrinho", ele disse baixinho, sem perder mais um segundo. "Eu disse a seus pais para não fazerem isso, por causa do meu - problema... Mas eles insistiram."

"Que problema?", ela sussurrou.

"Eu sou um lobisomem", respondeu ele. "Uma das razões pelas quais você nunca poderia ter vivido comigo."