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Todo esse sangue aqui,
não vai deixar secar?
•••Maio estava chegando, e tudo o que Lynnea podia pedir era que este ano letivo finalmente acabasse. As coisas como sempre não saíram como planejado em Hogwarts, mas o pior foi que Harry, mais uma vez, decidiu deixar a irmã fora de sua vida. Lynnea podia vê-lo junto com Ron e Hermione quase o tempo todo, ocupado conversando e sussurrando, mas ninguém parecia se importar em dizer nada a ela. Frustrada, ela decidiu punir o trio com o silêncio.
A própria mente de Lynnea girou em torno de Draco, mas ele se recusou completamente a falar ou até mesmo olhar para ela. Do menino que ela conhecia não sobrou muito, ele parecia um Inferi, uma sombra de si mesmo, vagando pelo castelo sozinho.
"O que você acha que está acontecendo com ele?" Daphne perguntou durante o café da manhã, olhando para ele com os olhos apertados. "Acho que ele está tramando algo. Ele, Pansy e Blaise. Não tenho certeza se é a mesma coisa. Primeiro pensei que tinha algo a ver com você, mas Draco não te faria mal, faria?"
"Ele não faria mal a ninguém" Lynnea respondeu com uma cara sombria. "Não voluntariamente..."
•••
Então, finalmente, maio chegou e estava ficando mais quente do lado de fora quando o verão enviou seus primeiros cumprimentos. E com o verão vieram os exames finais do sexto ano. Lynnea estava voltando da biblioteca para o Salão Principal, quando alguém a agarrou pelo braço e a puxou para uma sala. O coração de Lynnea saltou uma batida porque ela pensou que fosse Zabini. Ela agarrou sua varinha, tirando o braço do aperto do estranho e enterrou a varinha em sua mandíbula.
"Draco!" Eles estavam no banheiro masculino e o sonserino loiro a encarou com os olhos injetados de sangue. Ele nunca esteve pior. "O que aconteceu?"
"Não consigo mais fazer isso, Lynn", ele meio que soluçou. Seu corpo inteiro tremia. "Eu - eu simplesmente não posso, não vai funcionar-"
"Do que você está falando?" Ela sussurrou, colocando a varinha de volta no robe. "Draco, o que está acontecendo?"
"Se eu não fizer isso logo, ele vai me matar..."
O sangue de Lynnea congelou. "Draco..." Lynnea se sentiu impotente, enquanto as lágrimas começaram a escorrer pelo seu rosto. Os olhos dele exibiam uma expressão de puro desespero. "Me diga o que há de errado..."
"Eu não posso", ele respirou. "Eu não posso..."
Lynnea o envolveu com os braços, segurando-o com força, enquanto ele começava a soluçar. Suas lágrimas caíram em seu robe, ensopando o tecido até que ela as sentiu em sua pele. Mas de repente ele engoliu seco e a empurrou com força para o lado, ela caiu no chão cortando a mão em um caco de vidro do espelho. Seus olhos caíram em Harry, o feitiço de Draco não o acertou por alguns centímetros, quebrando uma lâmpada na parede. Seu irmão lançou um feitiço de volta, mas Draco o bloqueou. Com um grande estrondo, uma lata de lixo atrás de Harry explodiu.
"NÃO!" Ela gritou, pegando sua própria varinha que havia guardado. "Parem com isso!"
A maldição de Harry quebrou a pia ao lado dela; litros de água foram derramados por toda parte e Harry escorregou, enquanto Draco, com o rosto contorcido, gritava, "Cruci-"
"SECTUMSEMPRA!" gritou Harry do chão, acenando sua varinha freneticamente.
O sangue jorrou do rosto e do peito de Draco como se ele tivesse sido cortado por uma espada invisível. Ele cambaleou para trás e caiu no chão encharcado com um grande respingo, sua varinha caiu de sua mão direita.
"Não -" ofegou Harry.
Escorregando e cambaleando, Harry se levantou e se lançou em direção a Draco, cujo rosto estava agora brilhando escarlate, suas mãos brancas arranhando seu peito encharcado de sangue. Lynnea o observou, paralisada pelo choque, seu corpo não obedecendo mais aos comandos de seu cérebro.
"O que você fez?" Ela murmurou, aproximando-se sorrateiramente de Draco, colocando a cabeça dele cuidadosamente em suas pernas. "Harry, que feitiço foi esse? O que você fez?!"
A porta se abriu atrás de Harry e ele olhou para cima, apavorado: Snape tinha entrado na sala com o rosto lívido. Empurrando Harry rudemente para o lado, ele se ajoelhou sobre Draco, sacou sua varinha e a traçou sobre as feridas profundas que a maldição de Harry havia feito, murmurando um encantamento que soou quase como uma canção. O fluxo de sangue pareceu diminuir; Snape limpou o resíduo do rosto de Draco e repetiu seu feitiço. Agora as feridas pareciam estar se fechando.
Quando Snape executou o contra-feitiço pela terceira vez, ele ergueu Draco para ficar de pé.
"Você precisa ir para ala hospitalar. Pode haver uma certa quantidade de cicatrizes, mas se você tomar ditamno imediatamente, podemos evitar isso... venha..."
Então ele olhou para Harry e Lynnea, cuspindo com uma voz fria: "E vocês dois - fiquem aqui e esperem por mim!"
Nem Harry, nem sua irmã falaram, e nenhum deles teria ousado desconsiderar as palavras de Snape. O rosto de Harry estava pálido como neve. Ele olhou para ela apavorado, seu olhar tinha um pedido de socorro, mas ela não podia ajudá-lo; ela estava chocada com o que tinha acontecido. Como Harry pôde fazer isso?
Como se tivesse lido sua mente, ele disse: "Eu não sabia que isso iria acontecer..." Sua voz falhou. "Eu juro, Lynn, eu -"
Mas a porta se abriu novamente e como um morcego gigantesco, Snape estava de volta. Seus olhos piscaram para Lynnea. "Você está ferida, Potter", ele disse com um olhar na mão ensanguentada dela, que ela já havia esquecido. "Vá para a ala hospitalar."
"Está tudo bem, não é- "
"Para a ala hospitalar, eu disse!" Rebateu. Ela se levantou lentamente e passou por Harry, que a olhou suplicante. Ela não sabia o que pensar ou fazer, então ela olhou para seus pés, saindo do banheiro, antes de começar a correr.
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𝐋𝐎𝐒𝐓&𝐅𝐎𝐔𝐍𝐃 - 𝘍𝘳𝘦𝘥 𝘞𝘦𝘢𝘴𝘭𝘦𝘺.
Fanfikce𝗧𝗿𝗮𝗱𝘂𝗰̧𝗮̃𝗼 𝗮𝘂𝘁𝗼𝗿𝗶𝘇𝗮𝗱𝗮. ❝Fred Weasley! Você é um pé no saco!❞, ela gritou, jogando as mãos para cima furiosamente, mas ele apenas sorriu com o brilho travesso de sempre em seus olhos calorosos, enquanto se curvava lentamente para e...