𝐋𝐎𝐒𝐓&𝐅𝐎𝐔𝐍𝐃 - 𝘍𝘳𝘦𝘥 𝘞𝘦𝘢𝘴𝘭𝘦𝘺.

𝟬𝟯 | 𝗦 𝗘 𝗚 𝗥 𝗘 𝗗 𝗢 𝗦

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"Eles dizem que somos o que somos,
mas não temos que ser."
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Seu pai sempre dizia a ela que chorar era para os fracos. Ela nunca mais chorou desde os sete anos. Mesmo assim ela não chorou. Ela não chorou depois de encontrar seus pais mortos em sua cama, e agora ela não choraria por causa de um chapéu idiota e a porcaria de uma casa em que a colocou. Durante a noite, ela ficou em seu quarto, mas foi incapaz de adormecer até o sol nascer nas primeiras horas da manhã, então, quando ela acordou, já era tarde.

Ela desceu para a cozinha, onde a Sra. Weasley deu a ela algo para comer e pediu a Lynnea para ajudar Ginny com algum trabalho de limpeza, então ela se juntou à ruiva mais jovem na sala de estar, onde foi saudada por uma mariposa gigante do tamanho de um águia.

"Fred e George acharam que seria mais fácil pegar, se aumentassem, então ela está maior" Ginny disse, depois que Lynnea a olhou com questionamento. "Eles me deixaram sozinha com este monstro aqui depois de enfeitiçá-lo."

Lynnea reprimiu um sorriso. Com certeza era engraçado, mas eles ainda eram idiotas e não mereciam que ela risse de suas travessuras também idiotas. "Como posso ajudá-la?" Ela perguntou depois de limpar a garganta.

"O que você acha dessas cortinas?" Ela acenou com a cabeça para alguns panos verdes pesados ​​pendurados na frente da janela, e elas estavam -

"Muito feias" Lynnea respondeu. "Mas eu não -?" Antes que ela pudesse terminar sua pergunta, Ginny cruzou a sala, agarrando a cortina e a puxando para baixo.

"Não me olhe assim, elas eram mesmo feias" Ginny disse, então Lynnea fechou a boca novamente, pois seu queixo caíra, e com a ajuda das cortinas demoraram um pouco, mas finalmente conseguiram capturar a monstruosa mariposa dentro do pano.

"Olha como uma grifinória e uma sonserina podem trabalhar bem juntas" Ginny ofegou com um sorriso malicioso no rosto.

"Então é mesmo tão ruim assim?" Lynnea perguntou, sentando-se exausta no chão, tentando acalmar o fôlego.

"Não, não dê ouvidos a Fred e George" Ginny disse, acenando. "As casas são rivais, é verdade, mas isso não significa nada. Nós nos daremos bem. A menos que você se junte ao time de quadribol deles, então você é a inimiga." Ela riu, mas os olhos de Lynnea se arregalaram. Ela era artilheira desde a segunda série em Beauxbaton e adorava quadribol. Você poderia dizer que ela era obcecada por isso, mas como poderia não ser com aquele pai que a mesma tinha.

"Erm- para ser sincera eu gosto muito de quadribol, e achei que poderia tentar...", ela sussurrou, tentando soar casual.

As bochechas de Ginny coraram. "Oh, não não não, eu estava fazendo uma piada, é claro que você pode - mas você vai ter problemas, os sonserinos geralmente não deixam as garotas entrarem em seu time." De repente, ela olhou para Lynnea com olhos esbugalhados. "Espere um pouco!" Ela engasgou. "Bailey! Lynnea Bailey! Você é filha de Michael Bailey! Pelas barbas de Merlin!"

Lynnea assentiu lentamente. Normalmente eram caras pirando quando descobriam que Lynnea era filha do famoso Michael Bailey, o artilheiro escocês.

"Uau" Ginny respirou.

"Ei irmãzinha, fazendo amizade com o inimigo?" Com dois estalos altos, Fred e George aparataram na sala.

"Cale a boca, Fred" Ginny disparou. "Ela não é como a típica sonserina."

"Sim, eu já percebi isso" Fred disse e sorriu para Lynnea, ainda sentada no chão. "Ela é muito mais bonita." Ela sentiu seu rosto se contrair. "Parkinson vai surtar."

"Imagine como Angelina vai surtar se ela descobrir que você está chamando outras garotas de bonitas", a voz de Hermione apareceu atrás deles, quando ela entrou na sala junto com Ron e Harry.

"Por favor, continue, esse pode ser o melhor tipo de diversão que você poderia nos dar" George riu. "Eu poderia fazer apostas, quem ela vai matar primeiro, você ou nossa amiguinha cobra fofa."

"Quem é ela?" Lynnea perguntou curiosa, já envenenando a resposta, antes mesmo de Ron abrir a boca.

"Namorada de Fred." Um estranho formigamento apareceu na barriga de Lynnea, seguido por um pequeno ponto. "Ela foi muito legal desde então, mas agora Dumbledore a fez capitã do nosso time de quadribol, e eu acho que ela enlouqueceu durante o verão. Nós a conhecemos na semana passada, e agora ela está tipo..."

"Tipo o quê, Ronald?" Fred perguntou, cruzando os braços na frente do peito provocadoramente, como se tentasse desafiar o irmão mais novo.

"Não importa" Ron murmurou, revirando os olhos.

"Conte-nos sobre sua namorada, Ronald" Fred rosnou, e Ron ficou vermelho.

"Não tenho nenhuma", disse ele.

"Exatamente. Então cale a boca!"

Ron murmurou algo baixinho, George, Ginny e Harry começaram a rir. Foi quando os olhos de Lynnea pousaram em Harry, o menino que sobreviveu, e um sentimento extremamente estranho a dominou; uma sensação de que ela não sabia absolutamente, que nunca havia experimentado antes e que era totalmente incapaz de descrever. Perplexa, ela balançou a cabeça e tentou voltar à realidade.

Harry, que parecia ter notado que a garota estava olhando para ele, disse: "Nós ainda não fomos apresentados, fomos? Eu sou Harry. Harry Potter."

"Lynnea Bailey", ela respondeu e pegou sua mão estendida com um sorriso tímido nos lábios. Ele estremeceu e sua mão subiu para a testa. Lynnea ergueu uma sobrancelha. "Você está bem?"

"Sim, eu - estou bem", ele gaguejou, e coçou a nuca, mas a maneira como ele trocou olhares com Ron e Hermione contou a Lynnea uma história diferente. Sentindo-se imediatamente desconfortável, ela fez o que podia fazer de melhor: desculpou-se e voltou para o quarto.

"-não tivemos que contar tudo, apenas -"

"Não vamos contar nada a ela, Sirius!"

Lynnea parou abruptamente, permanecendo nas sombras do corredor escuro. Dentro da sala à sua esquerda, Sirius e Remus conversavam ferozmente. Lynnea podia ouvir um dos homens respirando pesadamente.

"Eu não posso simplesmente aguentar assim! Olhe para ela, Remus, ela está sozinha! Eu odeio admitir, mas os meninos estão certos, ela vai -"

"Ela vai ficar completamente bem. Não podemos dizer a ela, é muito perigoso. O que você vai dizer?"

"Quem você é!" Sirius sibilou. "E quem eu sou. Basta dar a ela algo que a faça se sentir menos sozinha!"

"Não" Remus respondeu calmamente, e Lynnea ouviu um estrondo abafado. "Lynnea ficará bem, mesmo na Sonserina. Não vamos contar a ela até que Dumbledore dê seu ok!"

Os pés dos dois homens fizeram alguns sons abafados no chão empoeirado, quando estavam prestes a sair da sala. Lynnea rapidamente se colocou atrás de uma cômoda próxima, segurando a mão na boca. Remus e Sirius a cruzaram sem perceber sua figura oculta na escuridão, e sua mente começou a correr. O que eles estavam escondendo dela? E por que diabos Dumbledore não gostaria que ela soubesse?