𝐋𝐎𝐒𝐓&𝐅𝐎𝐔𝐍𝐃 - 𝘍𝘳𝘦𝘥 𝘞𝘦𝘢𝘴𝘭𝘦𝘺.

𝟮𝟬 | 𝗠 𝗔 𝗖 𝗛 𝗨 𝗖 𝗔 𝗗 𝗔

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O que você não entende é que se apaixonar
não fazia parte do meu plano.
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De volta à Hogwarts, Lynnea pela primeira vez desde que colocou os pés no castelo ficou contente por ter sido selecionada para Sonserina. Mas mesmo assim isso parecia não ser suficiente. Ela mal conseguia aguentar. Lá estava Ginny, sua melhor amiga, que agora não tinha mais nada para Lynnea além de olhares frios desde que ela ouviu aquelas coisas horríveis sobre ela no hospital. O pior de tudo era que Lynnea não podia culpá-la, e isso doeu mais. Além disso, o fato de ter que enfrentar seu irmão dia após dia, mesmo que fosse apenas por alguns minutos durante o café da manhã, almoço e jantar, foi mais do que suficiente para partir seu coração, sabendo que ele não tinha a menor idéia, e demorou para tudo para sair do seu caminho. Aiden tentou falar com ela algumas vezes, inventando desculpas, mas mesmo seus olhos lacrimejantes não o ajudaram; Lynnea não tinha nem o menor sinal de simpatia por ele. Agora não. Talvez nunca mais.

Mas o pior de tudo foi Fred Weasley, que a fez desejar estar de volta a Beauxbatons a qualquer segundo desses dias. Ele a ignorou desde o beijo no Largo Grimmauld, o que ela aceitou com gratidão, porque se ele não fizesse isso, seria ela o ignorando. Mas ele parecia estar em toda parte, e parecia estar em toda parte com Angelina Johnson; eles estavam de mãos dadas nos corredores, se beijando durante o jantar, rindo no pátio, flertando na biblioteca... Era nojento. E doeu. Isso ela não podia negar mais. A dor era real, assim como seus sentimentos por Fred, dilacerando-a.

"Lynnea?" A voz de Tracey trouxe Lynnea de volta ao agora e aqui, enquanto ela estava olhando para Fred alimentando Angelina com pudim de ameixa. Sua cabeça girou bruscamente, suas duas amigas olharam para ela com as sobrancelhas levantadas.

"Huh?"

"Você ao menos ouviu?", Daphne perguntou.

"Eu - não, desculpe, estava perdida em pensamentos..."

"Perdida no Weasley, você quis dizer?", Tracy bufou. "Você vai finalmente nos dizer por que vocês não se falam mais? Não que eu me importe, ele é um idiota, mas eu sou intrometida, você me conhece."

"Não há uma razão", murmurou Lynnea. "Ele é um idiota, como você disse. Esse é o motivo."

"Um idiota pelo qual você obviamente tem uma queda", Daphne riu, com seus cachos loiros balançando com o movimento.

"Eu não tenho."

"Garota, por favor. Você pode mentir para si mesma o quanto quiser, mas nem tente mentir para nós. Então, o que aconteceu?"

"Bem, nós passamos o Natal juntos, meu padrinho e seus pais são amigos, e ele -" Ela hesitou, por um breve momento pensou em contar a elas, mas o nó que se formou em sua garganta disse claramente que ela não estava em um estado para discutir isso agora. "Ele é um idiota. Vamos deixar assim", ela murmurou e olhou para o prato, onde sua refeição ainda permanecia intocada. Ela olhou para cima novamente, o que ela, em retrospecto, não deveria ter feito. Fred estava pressionando seus lábios nos de Angelina, e o nó na garganta de Lynnea se apertou, seus olhos começaram a arder.

"Licença", ela murmurou, levantando-se o mais rápido que podia, deixando o grande salão em passos rápidos, com sua visão já embaçada quando passou pela porta em direção ao pátio.

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O sorriso de Fred congelou em seu rosto enquanto observava Lynnea saindo do grande salão. Mesmo da mesa de sua casa, que ficava tão longe de onde ela caminhava, ele podia ver as lágrimas nadando em seus lindos olhos verdes. George, à sua esquerda, largou o garfo, deixando seu bife nem mesmo a metade ao se levantar e seguir a garota, mas não sem antes de lançar um olhar penetrante para seu irmão gêmeo. Lee assistiu a cena confuso.

"Então o que é isso entre vocês dois e a cobra?", Perguntou Angelina, com a voz claramente irritada. "Ele não tem nada por ela, não é?"

"Não seja idiota, eles são apenas amigos", Fred respondeu, jogando as batatas no prato. Seu apetite se foi. A dor em seu rosto estava o assombrando. Tudo o que ele queria fazer era correr atrás de Lynnea e envolver os braços em volta dela, mas ele sabia que ela não permitiria. Mesmo que a reação dela enchesse de dúvida sua certeza sobre os sentimentos dela por ele. Mas quem era ele para pensar que ela chorava por causa dele?

"E você?" Sua voz estava perigosamente baixa, seus olhos se estreitaram.

"O que você quer dizer?"

"Ah, vamos, não sou burra, percebi o jeito que você olha para ela", sibilou. "Você está atraído por ela."

"Que merda", Fred rosnou. "Eu não me importo com ela."

"Eu sei que ela passou o natal com você", disse Angelina, com a voz ainda baixa. "Eu ouvi seu irmão e Harry falarem sobre isso durante nosso último treino. Eles estavam se perguntando por que ela estava agindo de forma tão estranha perto de você."

Fred revirou os olhos, prometendo a si mesmo chutar a bunda de Ron na próxima chance.

"Não role os olhos para mim, Fred Weasley!", ela retrucou, sua voz agora ficando mais alta. "O que você fez com a vadiazinha?"

"Angelina, não estou fazendo nada com ninguém além de você, então deixa pra lá, ok?", ele murmurou, tentando comer uma das batatas restantes, mas sua boca estava seca, e seus pensamentos já giravam em torno dos doces lábios de Lynnea nos dele. "E pare de chamá-la assim", acrescentou ele com os dentes cerrados.

"Foi um feriado romântico de natal, certo? Aninhados na frente do fogo? De mãos dadas enquanto passeavam por Ottery St. Catchpole?"

"Angie, por favor..."

"Beijos embaixo do visco?"

Ele sentiu a saúde subir por suas bochechas e sabia que estava perdido. Ele olhou para Angelina e seus olhos se arregalaram.

"Aquela vadia beijou você?!", ela gritou e muitos alunos torceram o pescoço para eles.

"Ela não fez isso, acalme-se", Fred respondeu apressadamente. "Apenas deixe isso."

"Eu sabia! Essa vagabunda terrível!", Angelina gritou, e agora não apenas os Grifinórios estavam olhando para os dois. "Eu vou matá-la! Vou dar uma surra nela!"

"Porra, Angelina, cala a boca!", Fred retrucou, esmagando o garfo no prato. "Ela não fez nada! Fui eu, ok? Eu beijei a Lynnea!"