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Em uma tempestade de sentimentos,
sou tão desagradável;
Eu não posso jogar esses jogos.
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No momento em que Lynnea passou pelo portão, ela começou a correr. O ar frio atingiu seu rosto, parecendo que estava se rasgando, com as lágrimas queimando sua pele, mas ela não se importou. Nesse momento, ela se odiava muito. Como ela pôde deixar isso acontecer? Como ela poderia se permitir aumentar os sentimentos por aquela desculpa triste de ser humano? Como ela poderia se apaixonar por ele? Tudo nele era irritante, tudo o que ele fazia, fazia seu sangue ferver. E por um segundo ela o deixou passar por suas paredes, e este foi seu castigo; não como uma faca com a sensação afiada em seu rosto, mas a dor latejante sob a superfície. O martelar de seu coração, que não tinha nada a ver com sua corrida. Havia algo dentro dela, um grande vazio, mas tão presente que jogou todo o resto de lado. Ela não queria nada mais do que enterrar os dedos em sua pele, rasgando-se e arrancando qualquer coisa horrível que fosse, o que estava crescendo a cada segundo, tirando o espaço para respirar.
Chegando à casa de barcos, ela queria gritar, mas a grande lâmpada inchada dentro dela não deixou. Ela se encostou na casa de barcos, deslizando pela parede de madeira até o chão, onde agarrou os joelhos e os puxou contra o corpo. Estava muito frio, ela estremeceu, mas seu rosto ainda queimava sob a cortina de lágrimas que cobria sua pele. Ela tentou controlar a respiração, encostando a cabeça na parede e fechando os olhos. Foi o rosto dele que ela viu; as sardas estúpidas, o sorriso irritante, os olhos castanhos dourados brilhantes, então cheios de calor.
"Sabe, se você contasse a ele o que sente, ele seria seu em menos de um segundo."
Seus olhos se abriram e sua cabeça se virou, encarando o rosto sorridente de George. A neve deve ter abafado seus passos, ela não o ouviu chegar.
"George!", ela gritou, deixando um soluço escapar de sua garganta, e ela rapidamente enxugou os olhos. "O que você está fazendo aqui?" Isso foi constrangedor. Ela não queria ser vista por ninguém. Assim não. Não tão destroçada e vulnerável, com esse rosto desgastado, olhos inchados e nariz vermelho. Sonserinos não choravam, nem mesmo na frente dos Grifinórios. E o mais importante, não na frente do irmão de sua paixão.
"Só queria dar uma olhada na minha cobra favorita", ele riu e cruzou a pequena cabana, sentando-se ao lado dela. "Você parecia um pouco distraída quando saiu do grande salão. Então, Lynnie, só me diga por que você não diz a Fred que gosta dele? Ele não é tão brilhante quanto eu, ele nunca vai descobrir por conta própria."
"Eu não gosto dele", ela murmurou, com seus dentes batendo de frio, mas seu rosto esquentou um pouco mais.
"Você está tentando me persuadir ou a si mesmo? Veja, eu sei o que aconteceu entre vocês dois em seu quarto no Largo Grimmauld", George disse, com um sorriso suave ainda nos lábios.
"Não aconteceu nada", Lynnea disparou. "Se alguma coisa tivesse acontecido, ele não enfiaria a língua na garganta feia de Johnson!" A coisa dentro dela torceu e girou, e novamente ela lutou contra o desejo de apenas arrancá-lo de seu peito.
"Lynnie, ele gosta de você", George disse calmamente, colocando um braço em volta do ombro dela e puxando-a para perto. Ela primeiro quis se afastar, mas acolheu o calor desse gesto. "Ele e Angelina não se encaixam, ele vai perceber isso mais cedo ou mais tarde. Nem sei como eles puderam acabar juntos para ser honesto.
No entanto, ele está totalmente apaixonado por você, e você deve dizer a ele que gosta dele, porque como eu já disse, ele é um idiota e nunca vai descobrir. Mas o mais importante, você não deve derramar uma única lágrima por esse merda."
"Ele não gosta de mim", respondeu Lynnea amargamente. "Ele pode cair na ideia de... eu não sei... fazer a nova garota transar ou algo assim." George ergueu uma sobrancelha e olhou para ela. "Você acha que eu não ouvi sobre ele ser um caçador?"
"Mas ele é um batedor", George riu.
"Oh, cale a boca, você sabe exatamente o que quero dizer! Seu irmão tinha um monte de garotas embaixo dos lençóis. Acho que uma sonserina estava faltando em sua lista, hein? Então, o que eu sou para ele? Lanchinho para não morrer de fome durante as férias de natal, até que ele esteja de volta aqui com a Johnson?"
"Ah, eu conheço Fred muito bem, e acredite, você não é uma garota de apenas uma noite", ele respondeu e bagunçou os cabelos dela.
"Você não pode ter certeza."
"Lynnea, por favor, ele é um idiota, ok? Você sabe disso, eu sei, até ele sabe. Mas você é mais para ele. Não é como se você pudesse ser comparada a uma daquelas mulheres com quem Fred costuma sair. Também é um fato que nós três sabemos." Ele fez uma longa pausa e Lynnea não disse nada. Ela adoraria acreditar em George, mas tudo no comportamento de Fred gritava uma história diferente. A maneira como ele havia saído do quarto após o beijo, sem nem mesmo olhar para ela e como a ignorava completamente há dias. "Então você admite que gosta dele?", George finalmente perguntou. O corpo de Lynnea ficou rígido.
"Eu - meu Merlim, eu juro, se você contar pra ele, eu vou quebrar seu pescoço", ela murmurou e seu rosto já estava ficando rosa. Mas não adiantava mentir para George, ele já sabia, por mais que ela negasse.
"Não vou", disse ele. "Mas você deveria. E agora vamos voltar para o castelo, temo que você esteja morrendo de frio aqui embaixo, e Fred me mataria se eu deixasse sua dama se transformar em uma escultura de gelo."
"Você não está com frio?"
"Eu? Nuh-Oh, eu estou com calor, você não percebeu?" Ele se levantou, com um sorriso gordo no rosto.
Lynnea bufou, deixando George puxá-la de volta para seus pés. "Não diga a ele que eu chorei."
George soltou um suspiro profundo, balançando a cabeça. "Os dois realmente precisam definir suas prioridades."
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𝐋𝐎𝐒𝐓&𝐅𝐎𝐔𝐍𝐃 - 𝘍𝘳𝘦𝘥 𝘞𝘦𝘢𝘴𝘭𝘦𝘺.
Fanfiction𝗧𝗿𝗮𝗱𝘂𝗰̧𝗮̃𝗼 𝗮𝘂𝘁𝗼𝗿𝗶𝘇𝗮𝗱𝗮. ❝Fred Weasley! Você é um pé no saco!❞, ela gritou, jogando as mãos para cima furiosamente, mas ele apenas sorriu com o brilho travesso de sempre em seus olhos calorosos, enquanto se curvava lentamente para e...
