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Então vou acender as luzes
e você trancar a porta.
•••"O que exatamente está acontecendo aqui?"
Lynnea e Fred se separaram, abrindo espaço rapidamente entre os dois. Remus estava olhando para eles com uma sobrancelha levantada.
"Não quero parecer rude, Remus", Fred disse, e mesmo que estivesse rosnando levemente, seu sorriso idiota estava de volta em seus lábios. "Mas esse é um momento bastante desagradável."
"Bem, eu ouvi Lynnea gritar que você deveria parar com o que quer que esteja fazendo, então achei melhor dar uma olhada", Remus respondeu, cruzando os braços na frente do peito.
"Eu - eu não estava fazendo nada", Fred tropeçou nas próprias palavras, e Lynnea observou suas bochechas ficarem rosadas.
"Está tudo bem, Remus. Nós estávamos apenas... brincando", ela murmurou, com seu próprio rosto mais quente do que o fogo do inferno.
"Entendi", Remus respondeu, com seus olhos ainda cheios de dúvida. "Bem, vou ficar de olho em você." Ele lançou outro olhar intenso para Fred, antes de descer as escadas.
"Eu - é melhor eu ir embora também", Lynnea gaguejou, e antes que Fred pudesse ter a chance de segurá-la ou mesmo dizer uma única palavra, ela correu de volta para seu quarto, fechando a porta atrás de si. Ela pressionou a testa contra a madeira, fechou os olhos e respirou fundo. O que quer que tenha acontecido lá fora, estava bagunçando sua mente. Fred Weasley estava disposto a beijá-la? Ela balançou a cabeça freneticamente. Claro que não. Ele estava apenas brincando com ela, como sempre fazia. Ele tinha uma namorada. Este pensamento agora permanecia em sua mente mais amargo do que nunca. Mas ela ignorou a sensação de formigamento, o leão rugindo dentro dela; ela não estava interessada em Frederick Weasley, o maldito idiota.
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O Sr. Weasley estava no seu melhor caminho para recuperar a saúde plena quando o visitaram na manhã de Natal. Agora eles aguardavam em uma das salas de espera perto do quarto do Sr. Weasley em St. Mungus, enquanto a Sra. Weasley, Remus, Tonks e Moody tinham uma conversa particular com ele. Enquanto Harry, Ron e Hermione caminhavam pelo hospital, Lynnea decidiu ficar com Ginny, mas para seu grande desgosto, Fred e Jorge compartilharam o mesmo plano. Lynnea estava sentada em um canto com Ginny, Fred e George no outro, e ela podia sentir os olhos de Fred permanentemente sobre ela, mas optou por ignorá-lo; isso era pelo ou menos o que ela vinha fazendo desde seu pequeno encontro no corredor sombrio do Largo Grimmauld.
"O que aconteceu com vocês dois?", Ginny perguntou em um sussurro, após assistir a cena desconfortável por um tempo.
"Nada", Lynnea sibilou o mais baixo possível, esperando que Ginny deixasse isso de lado, mas para ser honesta ela sabia, e é claro que ela estava errada e Ginny nem mesmo pensou sobre isso.
"Oh sim, eu acho que é um comportamento absolutamente normal que ele esteja constantemente olhando para você, e você o ignorando da maneira mais apaixonada que eu já vi."
"Ah é? Talvez você deva perguntar a ele o que está acontecendo, já que eu não estou olhando, estou? Eu não sei qual é o problema dele."
"Bem, ele obviamente está gostando de você", Ginny disse e encolheu os ombros. "E você também tem uma queda por ele."
Lynnea bufou cinicamente. "Ele está namorando a Johnson, lembra? E eu não me importo nem um pouco com ele."
"Angelina é uma vadia, e ele logo vai perceber isso, se é que já não percebeu", Ginny respondeu, revirando os olhos. "E eu vou te fazer um favor e não vou te explicar seus próprios sentimentos, eu vou apenas assistir você lutando contra isso, até que você finalmente desista." Ela sorriu para Lynnea de uma forma assustadora semelhante à de seus irmãos, com seus olhos brilhando, dizendo a Lynnea que ela não estava tramando nada de bom.
"Eu te desafio, Ginny! Se você está planejando algo estúpido, eu vou -" Ela ficou em silêncio, enquanto Fred e Jorge se levantavam e se aproximavam.
"Nossa última orelha expansível", disse George, com um barbante de cor nude pendurado em seus dedos. "E como o maldito gato de Granger não está por perto, podemos usá-lo."
"O que é isso?", Lynnea perguntou, pegando o barbante e olhando-o com suspeita.
"Você verá", Fred disse e piscou para Lynnea, que imediatamente corou. Ele colocou a corda no ouvido, Lynnea imitou o movimento. Por segundos, nada aconteceu; de repente ela estremeceu, quando a voz de Remus apareceu em seu ouvido tão alta e clara, parecendo que ele estava parado ao lado dela.
"...passo a passo", disse ele. "Dumbledore ainda está tentando manter tudo isso em segredo. O mais secreto possível."
"Isso é incrivelmente lindo", a voz de Moody cuspiu sarcasticamente. "Se o Ministério descobrisse, poderíamos agarrar os dois e levá-los para Você-Sabe-Quem pessoalmente. Ou matá-los nós mesmos. Seria apenas uma questão de tempo."
"Você-sabe-quem não a quer morta", Remus respondeu. "Ele poderia já tê-la matado. Dumbledore sugere que ele a quer viva. A questão é por quê?"
"Se ela realmente é a arma dele contra Harry", Arthur disse em voz baixa. "Se Lynnea realmente é quem vai matar Harry -"
Lynnea arrancou o cordão da orelha com toda a força que tinha. Ela sentiu suas entranhas caírem em um buraco profundo; nas garras do pânico silencioso, olhos selvagens, pupilas dilatadas, coração disparado, cérebro em chamas, sinapses cerebrais disparando como uma aurora boreal interna exagerada, ou como uma bomba explodindo em seu cérebro. Os três Weasley a observavam com os olhos arregalados e cheios de horror.
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"Lynnea, saia agora." Fred estava batendo na porta. Ela o ignorou. Fazia isso há dias, desde que havia voltado do hospital. Ela se sentou na cama, com os joelhos puxados com força contra o próprio corpo, olhando para a parede vazia à sua frente. Não vou matar o meu irmão, ela repetia em sua cabeça sem parar. Era impossível que algo assim pudesse acontecer, algo que ela nem queria imaginar, mesmo se pudesse.
Afundada em seus pensamentos, seu corpo estremeceu em estado de choque ao som do estalo familiar, mas no momento em que seus olhos pousaram em Fred, ela franziu as sobrancelhas.
"O que eu falei sobre privacidade?", ela retrucou, e um grunhido escapou de sua garganta.
"E o que eu falei pra você sobre ser vadia?". Ele respondeu, usando seu sorriso fofo nojento. Ele cruzou os braços, encostado na parede. "Então, quanto tempo você planeja ficar aqui e fingir que não está me ouvindo?"
"Até que partamos para Hogwarts e eu possa me esconder de você na minha sala comunal", ela murmurou.
"Boa ideia, mas se esqueceu que eu sei a senha muito antes de você?", Fred deu uma risadinha. "Acho que ainda é puro-sangue."
"Merlin, qual é o seu maldito problema, Weasley?", Lynnea sibilou, com seus olhos se estreitando, mas por baixo de toda a raiva, havia um formigamento, e não havia chance de suprimi-lo.
Ele inclinou a cabeça, quase parecendo inocente do jeito que ele olhou para ela com seus quentes olhos castanhos dourados.
"Porque me importo com você, Bailey", disse ele, desenrolando os braços. "É tão difícil de acreditar?"
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𝐋𝐎𝐒𝐓&𝐅𝐎𝐔𝐍𝐃 - 𝘍𝘳𝘦𝘥 𝘞𝘦𝘢𝘴𝘭𝘦𝘺.
Fanfiction𝗧𝗿𝗮𝗱𝘂𝗰̧𝗮̃𝗼 𝗮𝘂𝘁𝗼𝗿𝗶𝘇𝗮𝗱𝗮. ❝Fred Weasley! Você é um pé no saco!❞, ela gritou, jogando as mãos para cima furiosamente, mas ele apenas sorriu com o brilho travesso de sempre em seus olhos calorosos, enquanto se curvava lentamente para e...