𝐋𝐎𝐒𝐓&𝐅𝐎𝐔𝐍𝐃 - 𝘍𝘳𝘦𝘥 𝘞𝘦𝘢𝘴𝘭𝘦𝘺.

𝟯𝟴 | 𝗜 𝗥 𝗠 𝗔̃ 𝗢

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Não chame de luta quando
você sabe que é uma guerra.
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O garoto alto sorriu para ela, revelando uma fileira de dentes feios e amarelados.

"Me deixa em paz, Polkiss" Lynnea rosnou, virando-se para ir embora, mas é claro que ele não faria o que ela disse. Alcançando-a, ele não parou com seu sorriso estúpido. Ela parou abruptamente. "O que você quer?"

O amigo estúpido de Duda tinha despertado um interesse assustador por ela. Sempre que ele visitava Duda, ele passava o tempo todo na casa dos Dursley olhando para Lynnea. Então Piers Polkiss foi um pé no saco desde o segundo em que ela colocou os pés no terreno tedioso de Little Whinging.

"Você fica fofa quando está com raiva", ele gargalhou, colocando-se na frente de Lynnea. Infelizmente ele era muito maior do que ela, para não mencionar mais forte. "Vamos, vá a um encontro comigo!"

Lynnea estreitou os olhos, bufando. "Nem mesmo se você fosse o último ser humano remanescente neste maldito planeta", ela sibilou. "Vá encontrar alguém que combine um pouco mais com você, tanto faz. Uma ovelha seria seu par perfeito."

Seu sorriso caiu e seu rosto mudo mostrou claramente a expressão de um cérebro trabalhando até o excesso para lentamente deixar as palavras se afundarem - então suas feições se transformaram em uma careta furiosa.

"Ninguém fala assim comigo!" Ele cuspiu com os punhos cerrados.

"Caramba, Polkiss, sim" Lynnea respondeu secamente, cruzando os braços na frente do peito. "E agora dê um passo para o lado e me deixe ir, seu idiota."

"Cuidado, vadia, eu poderia fazer da sua vida um inferno", ele rosnou com os dentes cerrados.

Lynnea caiu na gargalhada oca. "Você, Piers Polkiss, não sabe nada sobre o inferno." Então ela inclinou a cabeça ligeiramente. "Mas eu acho que o seu espelho está contando uma história diferente, tendo que lidar com esse acidente de rosto todos os dias. Diga, você tem cortinas na frente do seu espelho para abri-las lentamente para que não se quebre de puro choque?"

Ela definitivamente não deveria ter dito isso, ela estava bem ciente disso, mas no final ela não se importou. Polkiss fez um movimento rápido para Lynnea, agarrando seus cabelos e puxando sua cabeça para baixo.

"Você está louco? Seu fodido!" Lynnea gritou, incapaz de se mover.

"Eu vou te ensinar boas maneiras!"

"Você? Ensinando?" Lynnea bufou, mesmo sabendo que isso não acabaria muito bem para ela. "Melhor ensinar algo a si mesmo, talvez como falar e respirar ao mesmo tempo, para que não danifique ainda mais seu cérebro com essa falta permanente de oxigênio durante seus discursos hilários."

Ela não esperava, mas isso tornava as coisas ainda piores. O punho do cara bateu no rosto de Lynnea e ela tropeçou na parede de um dos jardins ao seu redor, o gosto de sangue encheu sua boca e seus olhos e bochechas latejavam de dor. Ela sentiu como se sua bochecha tivesse sido esmagada em um milhão de pedaços, e ela não teve tempo de nem mesmo respirar, quando Piers Polkiss agarrou sua garganta e seus pés deixaram o chão, enquanto a pressionava contra a parede na altura de seus olhos. Lynnea tentou sugar o ar, mas ele pressionou contra sua traqueia sem piedade. Os dedos dela arranharam as costas das mãos dele, mas ele não pareceu se importar. Ela puxou seus dedos, chutando contra suas pernas, mas sua visão ficou embaçada e sua força desbotada. Seus braços deslizaram para baixo, batendo contra seus próprios quadris impotentes, e seus olhos rolaram atrás da própria cabeça -

Ela caiu no chão, ofegando, ainda pequenas luzes brancas explodiam na frente de seus olhos, mas através do borrão ela pôde ver Harry empurrando Polkiss com força para o lado.

"Fique longe da minha irmã", ele rosnou em uma voz perigosamente baixa, sua varinha estendida.

"Como se eu quisesse tocar nessa putinha voluntariamente" Polkiss bufou, olhando a varinha de Harry com desconfiança.

"Oh, eu aposto que você tocaria, mas tenha certeza que eu vou te dar uma surra se eu pegar você mais uma vez tentando!"

Lynnea teria deduzido que Polkiss atacasse Harry, mas para sua surpresa ele recuou.

"Vocês dois são malucos!" Ele cuspiu, e com isso se virou e foi embora, desaparecendo na esquina.

Harry se virou para Lynnea, estendendo a mão para colocá-la de pé. "Você está bem?" Ele perguntou, com uma sobrancelha erguida. Ela assentiu, ainda esfregando a garganta. "Você não pode ficar por aqui, é muito perigoso. Você não tem varinha."

"Sim, mas eu tenho você", ela resmungou, com sua garganta dolorida.

A expressão de Harry se suavizou. "Vamos voltar, Dumbledore vai chegar a qualquer minuto."

E, de fato, quando chegaram à Rua dos Alfeneiros Nº4, um velho com sua longa barba branca refletindo no sol já os esperava.

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"Mamãe escreveu para nós", disse George, voltando para a loja com um pedaço de pergaminho na mão. "Ela nos pediu para ir ao jantar de hoje à noite." Ele fez uma breve pausa e como Fred não respondeu, ele falou: "Lynnea vai chegar à Toca por volta das seis."

"Bem, então eu desejo que você se divirta" Fred respondeu secamente, continuando a colocar alguns patinhos de borracha na prateleira, uma ideia que seu pai amante de coisas trouxas teve. Eles eram completamente inúteis, apesar de transformarem a cor da água na sua cor favorita.

"Não seja idiota" George suspirou, revirando os olhos. "Apenas venha comigo. Você não pode evitar vê-la por toda a eternidade. Algum dia você terá que enfrentá-la."

"Ora, hoje não é esse dia, Georgie", disse Fred. "Ela não iria querer me ver de qualquer maneira. Não quero causar a ela nenhum problema."

"Isso é algo que você deveria ter pensado bem antes", bufou George. "Caramba, Fred! Talvez ela chore. Ok, provavelmente ela vai chorar. Ela passou o verão inteiro chorando, mas- "

"Como sabe que ela chorou?" Fred perguntou bruscamente, parando no meio do movimento e olhando feio para o irmão.

"Porque eu escrevi para ela, seu idiota. Às vezes mal conseguia ler as palavras dela, estava tudo inundado de lágrimas, sabe? Mas eu entendi a parte principal da mensagem, que é - e para ser honesto, eu sabia o tempo todo - que você é um idiota."

"Ela me chamou de idiota?"

"Essa é uma das coisas mais amigáveis ​​que ela te chamou", seu gêmeo riu. "Você é um idiota."

"É bom saber que ela me superou rápido" Fred murmurou, com um gosto amargo na boca.

"Você não entendeu que as cartas encharcadas de lágrimas fazem parte da história?" A voz de George era um rosnado zangado agora, mas Fred não se importou. Ele definitivamente não estava pronto para enfrentar Lynnea. Ainda não. "Bem, tudo bem. Fique aqui. Talvez você esteja certo e ela realmente esteja melhor sem você, você está agindo como um bundão."

"O que quer que a mantenha viva" Fred murmurou. Ele observou George sacudir a cabeça, antes de desaparecer com um barulho alto de estalo. Fred agarrou um daqueles patos de borracha idiotas e, com um gemido alto, jogou-o do outro lado da loja. Por fim, o esmagou contra a parede.