Capítulo 27

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       Eu ainda estava sem acreditar que iria com Rodrigo para Palmeiras, mas precisava ver minha filha, não podia esperar

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  Eu ainda estava sem acreditar que iria com Rodrigo para Palmeiras, mas precisava ver minha filha, não podia esperar. Apesar de tudo, ir com ele era sim, a melhor opção. Como prometido, ele passa na minha casa, algum tempo depois. Não tem mais a velha caminhonete, mas é um carro grande, estilo SUV. Sempre achei um carro típico de família, não pra um homem solteiro, mas, quem sabe, ele quer formar uma família, algum dia.

— Obrigada. — digo, quando entro no veículo, colocando no banco de trás uma bolsa pequena de viagem, com alguns itens básicos. Não iria fazer Rodrigo ir e voltar na mesma noite, não era uma viagem muito rápida.

— Falei com o Gabriel, ele disse que ela está bem, fica calma, tá? — ele me diz.

Eu assinto e ele põe o carro em movimento. Ficamos em silêncio por alguns minutos, até que ele me pergunta:

— Você comeu alguma coisa?

— Não, nem lembrei.

— Vou passar em algum lugar, então. Não pode ficar a noite toda sem comer, Isabela.

Como minha última refeição havia sido o almoço, não recuso a sua oferta, a fome já estava dando as caras. Sendo assim, Rodrigo para em uma pizzaria expressa e desce do carro, falando que voltaria logo. Observo ele caminhando até o balcão e conversando com a atendente. Ele volta pro carro, mas não entra, apenas se apoia na janela.

— Sua preferida ainda é de calabresa? — ele questiona.

— Sim. — digo, surpresa por ele ainda lembrar.

Ele da um sorrisinho de lado e assente. Desvio o olhar, preciso desviar, então pego meu celular, a fim de ter para onde olhar e ligo para Natália.

Oi, Isa. A Majú jantou agora, estamos vendo um filme com ela na sala. Diz uma coisa, é normal querer ver o mesmo filme pela quinta vez? Acho que já sei todas as falas da Moana.

— É sim, vai se acostumando. — digo, com um sorriso — Escuta, estamos indo pra Palmeiras, devemos chegar tarde da noite, ok?

O Daniel já voltou do congresso?

— Não. Eu, hã... estou indo com o Rodrigo.

Ela fica alguns segundos em silêncio e diz:

Ah... ok.

Quase posso sentir o sorriso dela do outro lado da linha, então peço para falar com minha filha.

Oi, mamãe! Você tá vindo?

— Tô sim, meu amor. Seu joelhinho tá doendo?

Um pouco, mas tio Biel disse que ia me dar um sorvete mágico pra sarar.

— Que ótimo! Então fica bem que a mamãe já está indo.

O Amor que PerdemosOnde histórias criam vida. Descubra agora