Capítulo 4

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15 anos atrás:

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15 anos atrás:

No final da semana seguinte à calourada, enquanto estava indo pra faculdade, Natália e eu encontramos Jéssica nos corredores e ela segura meu braço, fazendo com que eu tome um susto.

— Isabela! Finalmente te encontrei!

— O que foi? — pergunto curiosa.

— Aquele carinha da calourada andou procurando você, veio aqui ontem e hoje, não sei se já foi embora.

Quando ela diz isso, Rodrigo me vem à cabeça, pois ela só poderia estar falando dele. Sou finalmente tomada por uma empolgação visível e dou um sorriso. Eu havia passado a semana meio desanimada, pois ele não tinha entrado em contato comigo pelo MSN como havia dito que faria. Pensei mil coisas: que ele só queria ter ficado comigo aquela única vez mesmo, que havia sofrido um acidente ou o pior do que essas opções, ele ter namorada.

— Ele veio aqui hoje? — pergunto.

   — Sim, vi há uns vinte minutos na frente do campus. — Jéssica mal acaba de falar e eu já saio praticamente correndo em direção à saída do nosso bloco.

— A aula já vai começar, Isabela! — ouço a voz de Natália.

Quando chego à parte externa, meu olhar corre por várias direções buscando Rodrigo, mas está escuro e tem muita gente circulando, acho que vai ser difícil encontrá-lo. Vou até o estacionamento e enquanto caminho entre alguns carros, consigo ouvir uma música que percebo vir de uma caminhonete. Era Ana's Song do Silverchair. Olho com curiosidade para dentro do veículo e nem acredito que encontro justamente quem eu estava procurando. Ele me vê parada e abre um grande sorriso, saindo de lá.

— Oi, Isabela!

— Oi! Tá fazendo o que aqui? Tem aula à noite hoje?

   — Eu vim ver você. — ele diz tão abertamente que sinto um calor reconfortante no peito.

   — Fiquei esperando você me mandar mensagem no MSN...

   — Então, era isso que queria falar, meu computador deu problema e no estágio é bloqueado pra isso, então não tive como, desculpa. — ele diz e parece sincero. Acho que não teria motivos para mentir, já que havia vindo até aqui só pra me ver.

   — Ah... — digo meio sem graça.

   — Sentiu minha falta? — ele pergunta com um sorrisinho.

Eu apenas sorrio de volta e ele se aproxima devagar, colocando uma mão na minha cintura e a outra fazendo um carinho no meu rosto. Seus olhos logo descem para minha boca e ele começa a deixar beijos delicados. Rodrigo parece saber que sou meio retraída e vai devagar comigo, o que me deixa muito à vontade. Quando sente que já me entreguei e dou mais abertura, deixa a língua participar do beijo.

O Amor que PerdemosOnde histórias criam vida. Descubra agora