Capítulo 8

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15 anos atrás

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15 anos atrás

    Com cerca de um mês que Rodrigo e eu estávamos namorando, resolvo falar para minha família, até porque eles já estavam desconfiando. Sempre fui muito tímida e não gostava da ideia de levar alguém em casa a fim de que eles pudessem conhecer, já os imaginava fazendo mil perguntas.

   Rodrigo, ao contrário, já havia me levado à casa dele com a maior naturalidade e pude conhecer seus pais, dona Sandra e seu Edson, como eu me acostumei a chamá-los. A mãe dele é costureira e descobri que minha avó a conhece, coisas de cidade pequena. Ela foi a primeira da família para quem eu contei sobre ele.

   — Você está namorando com o filho da Sandra costureira? Eu o conheço desde pequeno, mas ele não deve lembrar de mim. — ela diz e eu fico encantada com essa história.

— Sério, vó? Não acredito!

— Verdade! Ele sempre ajudava quando a mãe estava tirando as medidas das clientes, depois quando foi ficando rapazinho que deixou de fazer isso, mas já o vi várias vezes.

  Essa simples informação já fez com que meus pais ficassem um pouco mais tranquilos, era como uma tradição achar que uma pessoa é confiável por conhecer alguém da família. Sendo assim, num dia que íamos sair, Rodrigo aproveitou para entrar na minha casa e conhecê-los.

  Meu pai tentou adotar uma postura mais séria, mas sei que foi só fachada, quase me deu vontade de rir. Minha mãe o tratou com gentileza e Rodrigo pareceu muito à vontade, não sei como ele consegue ser tão tranquilo. Sou muito diferente, pois, na mesma situação, fiquei bem ansiosa. 

     A partir daí, cada vez que ele aparecia para me buscar, ficava um pouco mais, ganhando a confiança do meu pai, que dizia gostar dessa postura do Rodrigo em não querer ficar "se escondendo dele". Minha mãe e avó também gostaram dele por tabela, até porque não havia motivos para não gostar. Rodrigo era perfeito: bonito, educado e tratava todos bem.

    Nossos encontros se resumiam a ir ao cinema, casa de amigos, faculdade, pizzaria, mas nunca tivemos muita oportunidade de ficarmos realmente sozinhos nesse início. Rodrigo havia passado a fazer carícias mais ousadas quando nos beijávamos sem ninguém olhar e a vontade de ficarmos mais íntimos estava crescendo.

   Quando um feriado se aproximou, Natália teve a ideia de irmos para sua casa de praia, só nós quatro, já que ela estava namorando com Gabriel. Geralmente, íamos com os pais dela, seria a primeira vez que iríamos sem eles e ela estava super empolgada.

   — Seus pais não vão reclamar, Natália? Tudo bem mesmo? — perguntei.

   — Claro que não vão reclamar, Isabela, fica tranquila. Diz uma coisa... você e o Rodrigo já transaram?

— Ainda não.

— Então vai ser a oportunidade perfeita! Esse feriado vai ser incrível!

O Amor que PerdemosOnde histórias criam vida. Descubra agora