Capítulo 9

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POV NATÁLIA

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POV NATÁLIA

Quando Gabriel disse que deveríamos chamar Rodrigo para fazer alguma coisa, pois ele estava muito deprimido pela perda recente da mãe, pensei num jantar em casa. Ele realmente precisava de uma distração, mas não era o caso de badalarmos por aí.

     Combinamos com ele de vir numa noite de sexta e teríamos algumas horas de bate papo, aperitivos e um prato leve com camarão que aprendi já faz um tempo, mas que é sempre sucesso.

No dia combinado, cerca de 20 horas, nossa campainha toca e Gabriel vai recebê-lo, pois estou terminando de preparar os canapés. Ouço suas vozes e também uma de mulher, não era surpresa que trouxesse a namorada, claro. Eu havia sido apresentada a ela rapidamente no velório da dona Sandra, sabia que se chamava Flávia e assim como Rodrigo, também era arquiteta.

Segui para a sala a fim de cumprimentá-los e Rodrigo até da um sorriso, mas ainda triste, acho que não tem como ser diferente nessa situação. Sua namorada da apenas um aceno e noto que parece formal demais para a ocasião, usando um salto muito alto, um vestido quase de gala, enquanto estou com sandália rasteira.

Rodrigo também está mais informal, usa uma camisa de malha verde musgo e um jeans claro. Penso que Flávia deve ter vindo de outro local, não é possível que tenha se vestido assim para vir a esse jantar apenas entre nós. Vai saber o que Rodrigo comentou sobre esse evento também, ele não está nos seus melhores dias, não podemos exigir muito.

Sirvo vinho a eles, mas Rodrigo acaba aceitando uma cerveja que Gabriel lhe oferece. Eles se afastam um pouco, percebo que meu marido está mostrando nossa casa a ele. Como passou muitos anos fora, não teve a oportunidade de conhecer. Temos muitas fotos espalhadas por mesas e por uma parede do corredor e sei que, mais cedo ou mais tarde, ele vai ver a foto do meu casamento em que está com Isabela, pois eles foram nossos padrinhos.

Como fico sozinha com a perua, acabo tendo que puxar assunto, não me resta outra alternativa:

— Bonito seu vestido, estava em alguma festa?

  — Não, viemos direto de casa mesmo. — responde.

Ela da um gole no vinho com a postura rígida e penso que Rodrigo não deve conseguir relaxar perto dessa mulher. Claro que com ele Flávia deve ser diferente, afinal não me conhece, mas da pra perceber que não é uma das pessoas mais calorosas. Logo depois, meu marido retorna com o primo e agradeço mentalmente por não precisar ficar fazendo sala para ela sozinha.

Rodrigo senta no sofá e ela logo se encosta nele, sempre com um braço em volta ou a mão em alguma parte do seu corpo. Ele conversa um pouco sobre seu trabalho com Gabriel e ela também fala algumas coisas. Descubro que trabalham na mesma empresa e quase tenho pena do Rodrigo por precisar ficar com essa mulher o tempo todo, mas, se namoram, algo de bom ela deve ter.

O Amor que PerdemosOnde histórias criam vida. Descubra agora