Capítulo 7

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      Depois da noite catastrófica em que cortei meu pé e tive uma breve discussão com Daniel, a manhã de sábado foi menos dramática

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Depois da noite catastrófica em que cortei meu pé e tive uma breve discussão com Daniel, a manhã de sábado foi menos dramática. Ele realmente foi sozinho para o almoço do diretor do hospital e levou Maria Júlia para a casa dos pais dele, como estava combinado. Tentei aparentar um humor melhor e a despedida não foi tão ruim.

— Por que você não chama uma amiga pra passar o dia aqui? — Daniel sugere — Devo voltar só de noite, sabe como são esses eventos, sempre dão uma esticada e se estendem bastante.

— É, pode ser. — respondo e dou um abraço na minha filha — Tchau, amor. Fica boazinha na casa da vovó e do vovô, certo?

   — Tá bom, mamãe. A vovó disse que a gente ia fazer biscoito hoje! — ela diz empolgada.

— Hum, que delícia! Lembra de trazer pra mim, hein?

Dou um último beijo nela antes de saírem e Daniel também se aproxima para um beijo rápido nos meus lábios e da algumas recomendações para o caso de eu sentir muita dor no corte do pé. Quando eles saem, pego meu celular e mando uma mensagem para Natália.

"Oi. Vai fazer o que hoje?"

Alguns minutos depois, ela responde:

"Nada. O Gabriel saiu pra resolver algumas coisas com o Rodrigo, nem sei que horas vai voltar. Por quê? Tem algum convite legal pra mim?"

"Tenho um convite, mas não é legal, apenas pra passar o dia com sua amiga acidentada"

"Acidentada? O que houve, Isa?"

"Cortei meu pé ontem à noite. Pelo menos teve uma vantagem, não precisei ir a um almoço super chato com o Daniel."

"Tá bom, chego já aí. Vou só chamar um uber, meu carro está na oficina."

Algum tempo depois, Natália chega e conto rapidamente como havia sido o episódio do corte no meu pé. Conversamos um pouco e para não ter o trabalho de fazermos comida, ela pede nosso almoço pelo aplicativo.

— Um dia só das garotas, como antigamente. — ela fala animada.

Eu apenas dou um sorriso meio triste, pois tudo o que não quero lembrar é de antigamente.

— O que o Gabriel teve que resolver com o Rodrigo? — pergunto algum tempo depois, quando já estamos almoçando. Claro que a ideia de não falar sobre ele falha miseravelmente.

— Ah, essas coisas de inventário da dona Sandra, não sei direito.

— Será que ele vai ficar muito tempo na cidade?

— Não sei, Isa. Não conversei muito com ele e o Gabriel não comentou nada sobre isso. — ela responde me observando.

— Bom, ele deve ter o que fazer na cidade que está morando, não vai poder ficar muito tempo, acredito.

O Amor que PerdemosOnde histórias criam vida. Descubra agora