Capítulo 10

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Médico: a transfusão foi um sucesso, o paciente ainda se encontra sob efeito dos sedativos, não vai acordar agora, mas vocês podem vê-lo
Vitória: graças a deus - Desabei no choro.
Fael: eu vou voltar pro morro, ver como estão as coisas por lá
PH: fé irmão - O Fael saiu.
Duda: eu preciso ver o meu filho
Médico: claro, me acompanhem

Olhei pra tia Ana que tava ainda sentada.

Vitória: você não vem?
Ana: esse momento é de vocês, depois eu vou lá ver ele
Vitória: tá

Seguimos o médico até o quarto do JP. Entramos e ele tava dormindo, como um anjinho. Me aproximei e fiz carinho no rosto dele.

Vitória: obrigada por ter ficado comigo, eu te amo meu anjo - Dei um beijo na testa dele.
Duda: então doutor, como vai ser?
Médico: bom, de acordo com os exames ele está bem, precisamos dele aqui por pelo menos 4 dias, para monitorarmos o quadro dele
Duda: certo
PH: e recuperação, essas coisas?
Médico: repouso total por umas 2 a 3 semanas, alimentação bem balanceada, vai fazer uso de medicamentos para dor, analgésicos e anti-inflamatórios, vou prescrever a receita e passar tudo pra vocês

Olhei pro JP e dei risada.

Vitória: você não vai seguir metade disso que eu sei - Sussurrei.
Médico: algum problema?
Vitória: não, nenhum
Médico: bom, licença

Ele saiu e fechou a porta.

PH: porra na minha época não tinha essa palhaçada não, tomava nem remédio
Duda: por que você era um perdido né PH, queria nada com a hora do Brasil
PH: porra você é toda ignorante - Dei risada.
JP: porra pelo amor de deus cala a boca ai

Tomei até um susto, ele tava de olho aberto, sorrindo.

Duda: ô meu filho, você acordou
PH: que susto em filha da puta
JP: é assim que sou acordado, ninguém me ama mesmo

Comecei a chorar, mas não era de tristeza, era alívio e felicidade.

PH: que foi princesa?

Abracei o JP.

Vitória: eu não posso ficar sem você
JP: não vai meu anjo, não vou te deixar nunca
Duda: vocês tão me fazendo chorar - Abraçou a gente.
PH: po deixa eu de fora não - Se juntou a gente.

1 semana depois...

JP

Peguei minha pistola e coloquei na cintura.

Duda: já te falei que você não vai sair
JP: eu já to novo coroa
Duda: são 2 semanas de repouso João Pedro
Vitória: também acho João Pedro - Disse botando fogo.
PH: cofoi que ta rolando? - Falou descendo a escada.
Vitória: pai, cê acredita que o João quer ir pra boca?
PH: e tem oquê? esse menino não ta sentindo nada, vai ficar vagabundando o dia todo dentro de casa é?
JP: te amo paizão
Duda: vagabundagem é o que ele faz na rua, com essa arma na cintura, sem camisa, pra cima e pra baixo
Vitória: também acho
JP: ô menina cala a boca
PH: bora bora
JP: tem que ajeitar meu baile de volta
Duda: ai eu não admito Pedro Henrique
PH: baile de volta do cria, tem que ter fi
Duda: que palhaçada, vou fazer minha comida que eu ganho mais

Ela foi em direção a cozinha.

JP: vai treinar hoje maluca?
Vitória: claro que sim
PH: não
Vitória: não o que?
PH: acabou isso de treino com você
Vitória: como é?
PH: bora JP

Fui saindo com ele.

Vitória: Ô PAI

Ele bateu a porta na cara dela.

JP: por que não vai deixar ela treinar mais?
PH: quero problema com tua mãe não moleque, vou pra boca
JP: tenho que descer lá na barreira
PH: valeu

Fui descendo o morro, falando com alguns moradores.

Tava perto do beco 6 e avistei a Tainá lá parada, me olhando daquele jeitinho. Ela saiu andando pra dentro do beco, fui seguindo ela, mas acabei perdendo de vista.

Então voltei, mas me puxaram com força. Encostei a pessoa na parede, era ela, sorrindo maliciosa.

Tainá: oi meu moreno - Entrelaçou os braços no meu pescoço. - tava com saudade
JP: vem cá pra eu matar essa saudade

Puxei ela pra um beijo, agarrei na cintura e dei um tapa na bunda dela.

JP: gostosa
Tainá: sou?
JP: demais
Tainá: é?

Ela abriu o zíper da minha bermuda e puxou junto com a cueca.

JP: se teu pai te pega
Tainá: dá em nada

Puxei o cabelo dela e ela começou a me chupar.

[...]

Gozei na boca dela, que engoliu tudo. Me vesti, ela levantou passando o dedo no canto da boca.

Tainá: fiquei sabendo do baile na sexta
JP: notícia espalhando, coisa boa
Tainá: eu nem vou

Ela virou de costas mexendo no cabelo.

JP: cofoi?
Tainá: ah JP, não foi nada
JP: fala tu mina
Tainá: é que eu to sem roupa sabe, e meu pai não vai me dar dinheiro pra isso
JP: relaxa po

Puxei um bolo de dinheiro que eu tava na bolso e dei a ela

Tainá: sério moreno?
JP: mil conto ai, faz unha, cabelo, compra roupa, essas porra tudo
Tainá: ai moreno tu é perfeito

Ela me encheu de selinho e saiu sorridente.

O Dono do Morro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora