Capítulo 13

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[...]

E o melhor dia da semana chegou, sexta-feira, finalmente. Quero esquecer até meu nome no baile hoje.

Cheguei em casa, já tava todo mundo na mesa almoçando.

Vitória: nem me esperaram em, que ingratidão
JP: você sobe o morro que nem uma lerda
Vitória: vai tomar no cu idiota
Duda: como eu pude ter filhos tão insuportáveis?
PH: eu me pergunto isso todo dia
Duda: teve o que na escola hoje?
Vitória: maior treta entre duas meninas lá, uma pegou o macho da outra
Duda: eu tava perguntando das aulas
Vitória: ata, tudo normal

O JP e o meu pai começaram a rir.

Vitória: qual a graça?
JP: tá vendo né mãe? é pra isso que ela vai pra escola
PH: ai calica - Olhei pra ele.
Vitória: da onde cê tá tirando essas coisa?
PH: eu sou jovem filhona
Vitória: tá vendo né mãe?
Duda: só quer ser o novinho, mas não aguenta nem duas sentadas

Meu pai olhou pra ela horrorizado. Eu e JP caímos na risada.

JP: tá deixando a desejar pra coroa
PH: e o respeito? não tem mais nessa casa né?
Duda: a gente respeita quem se dá ao respeito
Vitória: podia ter ficado sem essa - Demos risada.

Todos terminamos de almoçar e meu pai já foi levantando.

Duda: vai pra onde?
PH: pra boca loira
Duda: sabe pra qual boca você vai? pra boca da pia, pode ir lavar os pratos
PH: tá doida?
Duda: bora Pedro Henrique

Ele começou a juntar os pratos, JP e eu não tava mais aguentando segurar a risada.

Duda: e vocês dois vão caçar o que fazer
JP: bora pra boca ajeitar as coisa do baile
Vitória: pede a moto do pai ai vai, mo sol quente
JP: Ô PAI CADÊ A CHAVE DA MOTO?
PH: NO SEU CU
Duda: toma - Tirou a chave da moto do bolso.
JP: você é perfeita
Vitória: sua linda

Saímos, subi na moto e fomos pra boca.

Vitória: adoro quando é baile de rua
JP: o pai aqui entende

[...]

Cheguei em casa e me joguei na cama, coloquei o despertador pra tocar 22h. Sono do caralho.

[...]

Alarme tocou, levantei da cama e desliguei. Já dava pra ouvir o som do baile. A porta do quarto abriu, era o JP.

JP: bora porra, nem tomou banho ainda
Vitória: pode ir na frente
JP: a mãe e o pai já foram, vou tá lá na frente da quadra
Vitória: beleza

Ele saiu e eu fui pro banheiro, tomei banho, fiz minhas higienes. Voltei pro quarto, coloquei um top de renda, uma calcinha de renda preta, um short jeans e calcei um sapato da adidas.

 Voltei pro quarto, coloquei um top de renda, uma calcinha de renda preta, um short jeans e calcei um sapato da adidas

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Fiz uma maquiagem meio puxada pro dourado, coloquei uma argola, minha pandora e passei perfume. Soltei o cabelo e fiz uns cachos rápidos.

Peguei minha glock, coloquei na cintura. Guardei meu dinheiro no bolso.

Meu celular vibrou e peguei pra ver o que era. Carol.

WhatsApp on

Carolzinha💕: cadê você?
Vitória: terminei de me arrumar agora
Carolzinha💕: to aqui com a Raissa
Vitória: to descendo

WhatsApp off

Coloquei meu celular no bolso, passei mais um pouco de perfume sai de casa. Nem cheguei na rua do baile ainda e tava um movimento muito grande, fui tentando chegar perto da quadra, multidão do caralho.

De longe avistei meu pai conversando com um homem alto, moreno e tatuado. Me aproximei mais e pude ver nitidamente que era o Cobra. Ele vai matar meu pai.

Corri até eles. Assim que cheguei meu pai me puxou.

PH: que foi?

O Cobra deu aquele sorriso debochado. Eu não tava entendendo nada, por que meu pai tava tão calmo?

PH: deixa eu te apresentar, esse é o Cobra, cria nosso que tava infiltrado na Maré

O Dono do Morro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora