Capítulo 72

5.8K 226 38
                                    

Carol: claro que eu te amo João, eu nunca deixei de amar você
JP: porra, fala isso pra mim não

Puxei ela pra um beijo, mas a mesma virou o rosto.

Carol: a gente não vai fazer isso
JP: por que? - Cheirei seu pescoço.

Dei um beijo no canto da boca dela e rocei nossos lábios.

Carol: para João - Me afastou.

Suspirei frustrado e me joguei no sofá.

JP: por que não porra?
Carol: você namora, o que eu não quero pra mim não vou fazer com os outros

Porra já tava esquecidão da Júlia, bagulho vai ficar embaçado menó. Tirei a caixa da pulseira do bolso e entreguei pra Carol. Ela abriu e deu maior sorrisão.

Carol: é linda João, obrigada, coloca nela - Me entregou a pulseira.
JP: não não, vai que eu machuco minha cria
Carol: para de besteira

Me aproximei da Maria, peguei seu bracinho com cuidado e coloquei a pulseira. Ela acordou ameaçando chorar, toda dengosa. Qualquer pau no cu que encostar na minha princesa eu vou meter bala namoral mermo.

Carol: carrega ela um pouco se não cê só vai ouvir o choro - Eu assenti sorrindo.

Peguei ela com todo cuidado do mundo e fiz como vi a Carol fazendo no hospital. Balancei um pouco e fiquei mimando. Sensação mo boa, paz terrível serião.

Carol: é bom né?
JP: pra caralho
Carol: acho que ela tá com fome, vem pra cá, vou preparar algo

Segui ela até a cozinha, sentei e coloquei minha filha sentada na mesa na minha frente.

Carol preparou um negócio com frango e verdura batida, mo estranho, eu em. Ela puxou uma cadeira e sentou do meu lado, ficando também de frente pra Maria.

Carol: toma dá pra ela
JP: e se ela engasgar? a não Carol, mo medo
Carol: só dá devagar e vai limpando a boquinha dela

Peguei a colherzinha meio cheia daquela papinha e comecei a dar, minha filha fez cara feia então eu parei.

JP: ela não gostou não
Carol: come também, mostra a ela que é bom

Peguei uma colhe e meti na boca, engoli a pulso, comida ruim da porra. Fiz uma cara feia e a Carol caiu na risada.

Carol: faz cara feia não idiota, se não ela não vai querer comer

Abri um sorrisão e fiquei brincando com a comida até a boca dela que comeu tudinho.

JP: gostosão né papai? minha coisa linda - Cheirei o pescocinho dela que começou a gargalhar.

Como pode amar tanto um serzinho que eu conheci ontem? Sei nem como, só sei que nunca senti um instinto de proteção e carinho tão forte.

Peguei ela no colo e voltamos pra sala.

Carol: teu desafio agora é colocar a gatinha pra dormir
JP: isso é fácil po - Ela me encarou e riu.
Carol: vamos ver então

Fiquei balançando a Maria enquanto andava de um lado pro outro acariciando seu rostinho e dando tapinhas na bundinha dela. Eu li uma vez que tinha que fazer isso po.

Depois de mo tempo percebi que ela dormiu.

Carol: dormiu? - Falou baixinho.
JP: sim
Carol: vem colocar na cama

Ela catou os travesseiros e lençóis, então subimos. Coloquei a Maria com cuidado na cama e a Carol ajeitou ela direitinho, ainda vou aprender tudo isso.

Saímos do quarto e descemos pra sala.

JP: quanto tempo?
Carol: 36 minutos
JP: tudo isso?
Carol: "isso é fácil po" - Me imitou.
JP: que hora é?
Carol: 21:03
JP: tarde já, vou vazar
Carol: tchau
JP: tchau pequena

O Dono do Morro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora