Capítulo 76

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1 mês depois...

Cobra: vem cá minha gata - Me beijou.
Vitória: bora que o baile já começou gato
Cobra: vamo

Nós entramos no carro e ele deu partida. Cobra se recuperou bem rápido, como era de se esperar, já tá cheio das graças.

Chegamos no baile e subimos pro camarote, puxei a Ju pra perto da Carol. Aproximei elas durante esse tempo, a Ju foi super racional e entendeu o que aconteceu entre Carol e JP, achei isso incrível da parte dela. Tanto que agora nós somos um trio pra tudo. A Carol adorou ela, criou mo consideração.

Justamente por isso, ela e o JP ainda não estão assumidos, o que deixa ele bolado. Carol diz que tá muito cedo ainda pra ele assumir um relacionamento sério, na frente da Ju, mesmo que ela saiba dos dois e não se importe. JP só quer apressar, enquanto a Carol só quer ir devagar.

Caio: oi minhas putas gostosas - Fez toque com a gente.
Carol: oi primo feio
Vitória: bem feio
Júlia: iai gato - Se entreolharam, estranho isso aqui em.

Depois da morte da Raissa o nosso bebê Caio mudou bastante, voltou aquele cachorro de sempre, ficou até uns dias sumidos. Mas nós entendemos e demos o tempo que ele precisava. Não é fácil receber uma traição daquela e ainda matar a pessoa que ficou tanto tempo do teu lado.

JP chegou no baile e nem encostou na gente, deve ter brigado com a Carol pelo mesmo motivo de sempre, querer assumir ela de vez.

Agora meu irmãozinho está motorizado. Meu pai deu um carro a ele, o menino quase infarta de felicidade. Carro muito foda inclusive, um Jeep Compass preto do ano.

E eu? Trabalhei e estudei, enfim a pobre fudida. Mas daqui três semana eu faço 18 anos, finalmente. E em pouco tempo acaba o colégio, tanta felicidade assim de vez. Quando a esmola é demais o santo desconfia.

Saí do meio do pessoal e peguei um copão de whisky me aproximando do JP.

Vitória: que foi irmão lindo?
JP: nada
Vitória: Carol né?
JP: ela deve tá com outro
Vitória: para de falar merda em? quer cagar tudo que você construiu falando merda?
JP: não
Vitória: então pronto
JP: mas porra também Vitória, parece que ela não me quer
Vitória: ela quer sim, mas você tá pressionando, dá o tempo que ela quer porra, talvez se você parar de forçar tanto, as coisas vão fluir
JP: cadê minha filha?
Vitória: dona Tânia tá tomando conta dela
JP: hum
Vitória: ao invés de fechar a cara, fica lá perto da gente, trata ela bem
JP: ta

Nós encostamos perto da galera novamente.

Ana: meu sobrinho ganhou carro, ficou rico e não lembra mais dos pobres
JP: falou a minha tia que tem um ix35
Ana: muito trabalho e esforço - Meu tio olhou incrédulo.
Menor: trabalho e esforço meu né?
Ana: tá achando que sentar pra tu não é esforço? - Falou fazendo a gente rir.
Menor: pra vocês ver né, eu tomando tiro pra dar um carro pra essa mulher e ela me responde assim
Ana: oh meu amor lindo - Se beijaram.
Duda: acho um absurdo eu não ter um ainda
PH: tão querendo me falir
Mel: Duda não vale, além do PH, ainda tem o VG
PH: obrigada Melissa, por isso que eu te amo
Duda: injusto
Vitória: daqui três semanas eu laço meus dezoito em família, to aceitando até um gol 2008 - Demos risada.
JP: nada disso, demorei pra porra pra ganhar o meu filhona, senta e espera aí
Fael: acho que vou pra casa
PH: ih cofoi?
Fael: saudades da minha neta
Menor: tá babão mermo - Deu um tapa na cabeça dele.
JP: olha pra mim que tu mata a saudade, minha bebê é minha cara
Vitória: otário - Dei um murrinho nele. - vou dançar com as mulheres da minha vida

Puxei todas elas e deixamos os meninos pra trás.

Júlia: elas gosta dos que maceta
Vitória: pega bolado
Carol: bigode fino cabelo na régua
Ana: marrentão posturado
Duda: como você conhece essas músicas?
Ana: eu sou jovem minha filha
Mel: vamos apenas aceitar Duda
Duda: é o jeito

Dançamos umas 4 músicas e as coroas já cansaram e foram sentar com os machos.

Menor: vim dançar com minhas meninas
Vitória: eu tenho o melhor tio do mundo
Carol: bota o balão pra subir
Vitória: espirra o lança pro alto

Tio Menor fez a jogadinha e a gente deu risada.

Menor: prefiro beber e fumar maconha - Voltou pra perto do pessoal.
Júlia: vamo pra pista

Nós descemos e voltamos a dançar, dei um gole no meu whisky.

Vitória: quer chupar ou quer lamber vai logo quero meter

Rebolei e senti umas mãos estranhas na minha cintura, imaginei ser o Caio, então continuei.

Ouvi um tiro ser disparado e a galera dispersou, olhei pra trás e vi um menino super entranho, então empurrei ele.

Cobra já veio na direção, pegou o menino pela camisa e começou a bater sem parar. O garoto já tava todo arrebentado, só tinha sangue.

PH: parou Cobra

E nada dele parar, parece estar repetindo aquela cena do Fernandes outra vez. Quando ele começa parece estar satisfeito só se matar.

PH: PAROU PORRA - Puxou ele de cima do menino.

Alguns vapores pegaram o que sobrou do garoto e foram saindo.

Cobra: TÁ LOUCA PORRA? TÁ ACHANDO QUE EU SOU OTÁRIO?
Vitória: eu pensei que era o Caio - Tentei segurar ele que me empurrou e saiu andando.
JP: deixa que eu falo com ele
Vitória: não não, pode deixar
PH: a gente vai pra casa
Vitória: tá

Saí correndo pelo meio da galera, tentando achar o idiota. Quando cheguei no estacionamento ele tava saindo com o carro então me joguei na frente. O farol tava na minha cara, mas eu conseguia ver os punhos dele cheios de sangue, assim como sua blusa.

Vitória: PARA O CARRO
Cobra: SAI DA FRENTE
Vitória: SÓ SE VOCÊ ME DEIXAR ENTRAR - Ele negou com a cabeça.

Então eu simplesmente me sentei no capô do carro. Depois de uns minutos, ele viu que eu não sairia, então saiu do carro.

Cobra: entra nesse caralho

Sorri vitoriosa e entrei no carro, ele arrancou com toda velocidade do mundo. Não demonstrei medo algum, ele só parou no alto do morro.

Encarei ele que acendeu um verdinho.

Vitória: eu pensei que era o Caio, você acha mesmo que eu deixaria um desconhecido ficar roçando em mim?
Cobra: não
Vitória: então pronto porra, eu sei que deveria ter olhado pra trás e confirmar, fui boba nisso ai

Cobra segurou meu rosto com muita força e me colou nele.

Cobra: tu é minha porra

O Dono do Morro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora