Capítulo 89

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2 semanas depois...

Coloquei minha mala no carro, voltei no quarto e peguei meu celular, arma e dinheiro botando na bolsa. Desci novamente e entrei no carro.

Vitor deu partida rumo a Maricá e logo na frente estavam os outros carros, JP, meu pai, tio Menor e Fael.

Liguei o som e ativei um pagodinho, Vitor já me olhou sabendo que eu cantaria a viagem inteira.

Vitória: SE ESSA BOCA NÃO BEIJASSE TÃO BEM SE ESSE ABRAÇO NÃO FOSSE TÃO MASSA SE QUER SABER SE EU QUERO OUTRO ALGUÉM NEM DE GRAÇA - Cantarolei alto.
Cobra: meu ouvido
Vitória: vai se acostumando
Cobra: quando nós morar junto vou nem comprar som

Sorri olhando pra ele imaginando aquilo. Tem uns dias que ele vem soltando algumas indiretas desse tipo, mas nunca conversou sério comigo.

Júlia: e quando isso vai acontecer?
Cobra: quando você desencalhar
Júlia: não curto relacionamentos - Dei risada olhando ela pelo retrovisor.

Há dois dias eu flagrei ela transando com o Caio, foi constrangedor. Os dois pediram sigilo e eu respeitei. Perguntei a ela se poderia rolar algo sério e ela disse que já estava acontecendo. Malandros, esconderam tudo, tavam se comendo a mo tempão.

Cobra: escolhi você pra ser minha mulher e sou tão fiel a nossa relação - Cantarolou apertando minha coxa.

JP

Estacionamos na garagem da casa e colocamos as bagagens de cada um em seus quartos, mo briga pra ver quem ficaria com qual. Acabou que meus pais ficaram com o maior, os casais nos outros, Caio e Júlia com o que tem 2 camas de solteiro.

Já eram 23:15, amanhã é dia 31, mo paz ultimamente.

Carol terminou de dar banho na Maria, vestiu ela e colocou do meu lado na cama.

Carol: vou tomar banho e já volto - Falou saindo.

Fiquei brincando com minha bebê até ela começar a bocejar. Balancei ela um pouco que rapidão dormiu. Logo a Carol voltou e se deitou, deixando ela no meio da gente. Dei um selinho nela e desejei boa noite. Papo reto cara, to completão, preciso de mais nada. Blindado por Deus.

Meu celular tocou e me virei pra ver se valia a pena atender, como era o tio VG me assustei logo. Uma hora dessas só te ligam pra duas coisas, ou alguém morreu ou tá pra morrer.

Ligação on

JP: fala tu
VG: quem tá administrando o armamento da missão do banco?
JP: Caio
VG: tá faltando metade po, pergunta a ele qual é o proceder, to maluco aqui já
JP: respondo nestante ai

Ligação off

problema, não pode ter paz hoje em dia mais não. Levantei pra resolver esse bagulho, essa missão tem que sair impecável po. Só nota entrando na firma, daqui a 15 dias é dia de roubo grande.

Cheguei perto do quarto do Caio e ouvi mo baralho de transa e gemido moleque, boto nem fé que é o que to pensando.

Esperei um tempo na porta do quarto, depois ele saiu todo suado. Já peguei pelo pescoço e levei pra fora da casa. Moleque já tava rindo de nervoso.

JP: cofoi do bagulho? tá tirando com a minha cara?
Caio: aconteceu porra
JP: escorregou e meteu a pica na menina?
Caio: mais ou menos isso ai - Falou fazendo graça.
JP: desde quando?
Caio: mo tempo, depois que vocês terminaram claro
JP: se liga na tua postura filho da puta, a mina é daora
Caio: to ligado
JP: chupando meu pau por tabela - Demos risada.
Caio: cai fora ô, qual era o papo?
JP: cadê o armamento da missão? VG tá neurótico lá
Caio: porra esqueci de mandar o papo pra ele, a Federal tava em cima po, tivemo que adiar a vinda de uma parte
JP: dá o toque lá pra ele
Caio: valeu
JP: to de olho em tu - Ele soltou um beijinho no ar.

O Dono do Morro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora