Capítulo 67

4.8K 199 60
                                    

Vitória

Vitória: eu preciso ir - Tentei me soltar dela.
Raissa: eu não to me sentindo bem amiga - Se encostou na parede.
Vitória: o que você tem? você tá estranha Raissa

Não obtive resposta dela, a mesma respirava fundo sem parar.

Escutei dois tiros isolados, tem algo acontecendo, meu peito não para de doer.

Vitória: não dá pra ficar aqui

Saí correndo ouvindo ela gritar.

Raissa: VITÓRIA VITÓRIA

Entrei pelos becos, até chegar no que dá saída na barreira, olhei pra cima e vi o Tiago disparando 5 vezes no Vitor.

Vitória: NÃO

Peguei minha pistola da cintura e atirei 9 vezes no Tiago enquanto me aproximava, todos os tiros na cabeça.

Me ajoelhei do lado do Vitor que ainda mantinha o olho aberto, mas seu corpo se lavava de sangue.

Vitória: EU QUERO UM CARRO AQUI AGORA - Falei chorando.

Coloquei a cabeça dele no meu colo e alisei seu rosto.

Vitória: oh meu amor, não faz isso comigo não

Ele tossia cuspindo sangue puro.

Vitória: fica acordado Vitor - Olhei pro meu pai. - CADÊ O CARRO? - Pedi chorando mais ainda.
PH: tá vindo, oh meu parceiro - Ajoelhou do meu lado.

O Fael correu até o D2 que tava desacordado no chão.

Raissa: VITÓRIA - Apareceu e eu a encarei.
Caio: vem cá - Pegou ela pelo cabelo e jogou no chão dando um tapa na cara.

Levantei correndo e empurrei ele.

Vitória: VOCÊ TÁ LOUCO? - Tio Menor me segurou.
Menor: deixa princesa, ela tava passando informação pro Tiago - Olhei incrédula pra mesma que parecia assustada.

Agora cada peça se encaixou, o dia do mercadinho eu só tava lá por causa dela, hoje eu não consegui chegar antes também por conta dela, como eu pude ser tão burra e confiar tanto?

Vitória: eu não acredito que você fez isso comigo, foi você no dia do mercado? - Ela assentiu. - matou uma criança
Raissa: eu não matei ninguém
Vitória: não apertou o gatilho, mas é tão culpada quanto

Peguei minha pistola que tinha apenas uma munição, apontei pra ela e minha mão começou a tremer. Meu tio tomou de mim e me abraçou.

Caio: você me traiu da pior forma
Raissa: eu te amo Caio
Caio: eu também te amo Raissa

Ele disparou duas vezes na cabeça dela, que caiu morta com os olhos abertos. Caio se aproximou e cuspiu sobre seu corpo.

Me soltei do meu tio e voltei minha atenção ao Vitor.

Júlia: COBRA - Chegou chorando.
Vitória: cadê o carro pai? - Encostei minha cabeça em seu ombro. - por que meu deus?
Cobra: eu... - Cuspiu sangue.
Vitória: não meu amor não fala, eu não vou aguentar
Cobra: eu te amo minha dama - Falou quase num suspiro e fechou os olhos.
Vitória: NÃO NÃO NÃO ABRE O OLHO VITOR EI MEU AMOR NÃO
Júlia: COBRA - Chegou chorando. - o que aconteceu com você irmão?
JP: bora porra - Chegou com o carro.

Meu pai colocou o Vitor dentro e o Fael colocou o D2.

Entrei no carro com a Júlia, meu pai foi na frente com o JP. Toquei no pulso do D2 e não senti nada. Meu deus, tudo de uma vez.

Logo que chegamos no hospital, o carro do tio Fael parou atrás do nosso. Com ajuda de alguns enfermeiros os dois foram colocados em macas, dois médicos se aproximaram, um pra cada. Me aproximei do Vitor. O médico colocou um negócio no peito dele.

O Dono do Morro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora