Capítulo 44

5.3K 199 9
                                    

Vitória

Gozamos juntos, minhas pernas não paravam de tremer, perdi até a força.

Cobra abriu a porta e me ajudou a entrar no carro, entrando também.

Vitória: não querendo cortar a onda, mas o que aconteceu entre você e o seu irmão?
Cobra: ele não é meu irmão
Vitória: Cobra fala por favor
Cobra: nada caralho

Vesti meu body, depois o short, me olhei no espelho ajeitando o cabelo que tava bem bagunçado. Ele vestiu a blusa e ficou me encarando.

Cobra: some do radar daquele filho da puta, já não basta a atenção que esse morro vai receber
Vitória: o que a gente vai dizer pro meu pai?
Cobra: eu vou dizer quem é ele, e que ta atrás de mim
Vitória: limpando minha barra de novo?
Cobra: não, falando a verdade, ele não vai vir atrás de você, não por você, mas pra me atingir, é isso que ele faz
Vitória: é só matar ele
Cobra: se fosse fácil assim

Ele ligou o carro e saiu de onde estávamos.

Cobra: te deixo onde?
Vitória: qualquer beco perto da praça

Seguimos e ele fez o que eu pedi, antes de descer lógico que eu tirei uma casquinha né. Já imagino ele me ignorando pro resto da vida, então vou aproveitar.

Beijei aquele filho da puta e deixei um chupão no pescoço.

Cobra: ta deixando marca porquê?
Vitória: to afim
Cobra: vai pela sombra
Vitória: ta de noite - Pisquei e sai do carro.

Fui até a praça, pra encontrar com as meninas, mas só tava Raissa e o Caio.

Vitória: cadê Carol?
Caio: chegou por aqui não
Raissa: deu certo lá
Vitória: digamos que sim - Sorri sínica.

Carol

Chamei meus pais e sentei no sofá.

Carol: mãe, cê lembra quando me ofereceu aquela viagem pros Estados Unidos?
Mel: sim, você disse que não queria
Carol: e se agora eu quiser?
Fael: por que isso agora?
Carol: eu quero ter outras vivências e oportunidades, vocês sabem que eu sempre tive vontade de conhecer outros lugares além do morro
Mel: se realmente é isso que você quer, eu não posso te proibir, muito pelo contrário te dou o maior apoio
Carol: e você pai?
Fael: não quero você longe, fora dos meus olhos
Carol: ô pai

Sentei do lado dele e abracei.

Fael: mas to ligado que é o melhor pra tu se afastar dessa vida aqui
Carol: não é isso, eu amo aqui, mas eu não posso resumir minha vida nisso
Fael: eu apoio po, você é minha menininha inteligente, quero tu acabando com tudo lá fora
Mel: você tem certeza?
Carol: sim
Fael: e quando você quer ir?
Carol: semana que vem, o quanto antes
Mel: mas Carol, é muito encima assim não dá, tem que planejar com dois meses no mínimo, tem passagem, moradia, sua vida aqui
Carol: mãe, eu quero e preciso disso, eu nunca fui uma filha de pedir muito
Mel: eu sei, mas... - Meu pai interrompeu.
Fael: é tudo dinheiro, a gente resolve fácil
Carol: obrigada, de verdade
Mel: se você prefere assim, então vamos fazer dar certo
Carol: vocês são os melhores pais do universo inteirinho, eu espero um dia ser um terço do que vocês são
Mel: eu vou morrer de saudades

Ela se juntou ao abraço e eu queria morar aqui, nesse instante. Pode doer, mas é a decisão certa.

Carol: eu vou já procurar passagem, casas por lá, enfim, tudo que for necessário, prometo economizar - Dei risada.
Fael: economiza não, é teu futuro, pega tudo do melhor, eu não vou poupar nada
Mel: que moral em
Carol: arrasei

Abracei eles de novo.

Mel: como você vai contar pro seus amigos?
Carol: eu vou dar um jeito, agora eu vou pro quarto procurar passagem, amo vocês

Subi e fiquei fuçando no notebook passagens, pra o quanto antes.

Vitória

Ficamos naquela resenha boa, mas logo subi pra casa, tava cansada e amanhã é praiou, renovar essa energia negativa aqui.

Cheguei em casa ouvindo uns gemidos e ri comigo mesmo, esses dois não tem jeito. Nem sinal do JP, deve ta na boca. Fui na cozinha, comi um pedaço de bolo que tinha na mesa, subi pro banheiro, tomei um banho sentindo minha xota arder, é sinal que a foda foi do jeito que eu queria. Que vagabunda.

Terminei o banho e me joguei na cama.

O Dono do Morro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora