Por cada ato de bondade

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Stiles acordou com o sacolejar da aeronave. Os dedos estavam frios devido ao contato com o vidro da janela esférica. Ele piscou e demorou alguns instantes para se lembrar onde estava e para que. Um bocejo lhe atravessou a boca enquanto seus olhos se acostumavam com a luminosidade. O jato estremecia com o pouso. Através do vidro embaçado viu a pista escura. A grama lá longe na margem. E um complexo ao longe.

O evoo havia dormido durante boa parte do trajeto. Lutou contra as pálpebras pesadas o quanto pôde. Mas o preço da noite de insônia e as noites mal dormidas fora cobrado. Houve também uma certa insistência por parte de Derek e uma ajudinha; já que ficara inquieto e impaciente com o atraso do vôo devido ao clima.

Stiles sentiu um aperto suave em seu ombro. De relance viu dedos morenos e roliços pressionando-o e percebeu que já não era o veículo que o embalava e sim Derek. Já estavam na Califórnia, pelo que absorveu dos sussurros do homem. Com o pouco que vira já podia notar a diferença do local em que estava e de onde viera.

Do aeroporto pegaram um táxi. Logo após Derek dar o endereço ao motorista, ele se acomodou no banco traseiro para fazer companhia ao evoo; mesmo ambos estando distraídos com o próprio mundo e o vislumbre de lá fora; a paisagem correndo diante dos olhos. Derek estava preso em suas gafes, involuntariamente o tabu ia e vinha. Olhava as mensagens e checava o e-mail, coisa que não fazia desde que entrara de férias. Não havia nada de novo desde então. Imaginou que as mensagens estavam sendo reencaminhadas. Stiles se mantinha atento ao movimento lá fora. Constantemente pensava no irmão, como de costume. Fazia a contagem regressiva mesmo sem saber de um horário exato, se daria certo. Por isso rogava para que tudo estivesse bem, que tudo desse certo. Que Liam aguentasse – seja lá o que for que esteja passando – até ele o encontrasse. Era um pedido recorrente. Quase um mantra.

Haviam pousado na cidade vizinha já que Beacon não possuía um aeroporto. A viagem – pelo que Derek olhava no GPS – era de quase duas horas. Ficar sentado por tanto tempo o entediou. E não somente ele. Ambos estavam indispostos para uma conversa, de início, tiveram que lidar com aquele silêncio estranho.

A placa de aço passou voando diante dos olhos de Stiles. Ainda assim ele conseguiu distinguir um as letras de bronze. “bem-vindos a Beacon hills.” E uma pichação em vermelho sangue com algo como “vocês, queimar”. Não deu tempo de lê-la.

— Você viu àquilo? — ele quis saber. Cutucou a barriga de Derek até que ele desgrudasse os olhos da janela e o fitasse.

A placa em si ficava em cima de um arco. Que ia de um lado a outro da pista. Era intrigante como conseguiram subir e pincha-la; nada muito diferente dos prédios de vários andares em Nova Iorque.

— A placa? — Indagou. Stiles assentiu. — Não deu para ver direito. — Confessou. Fez uma nota mental de por em prática a promessa vazia de ir a um oftalmologista. Ver a distância ficava cada vez mais difícil.

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