"Eu posso te dar o Elixir da Vida", diz Harry. "Mas eu preciso de sua ajuda com outra coisa."
"Você", diz Voldemort, cauteloso agora, cauteloso agora que o confronto não foi nada como ele esperava, um pouco incrédulo, "precisa de Lord Voldemort para...
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As poções não tiveram sucesso. Apenas dois deles pegam fogo, devido à relativa estabilidade da bebida, mas os vapores de vários são nocivos - mais prática com sanus aeris , que é apenas marginalmente mais bem-sucedido com o tempo usando a varinha de Morfin - e dos dois que parecem razoáveis o suficiente para tentar, um o deixa violentamente doente.
O outro o faz dormir por tanto tempo que ele quase não consegue voltar para Surrey a tempo de encontrar quem quer que a escola mande buscá-lo.
Harry acorda com os olhos turvos e a garganta doendo, mas não há gelo dessa vez - e nenhum sonho, disso ele se lembra. É o melhor descanso que ele teve em meses. Ele se vira, grunhindo baixinho com o quão rígido está - isso não é mais algo a que ele está acostumado, já que seu corpo está espetacularmente dobrado e flexível novamente - e pousa os olhos nos números brilhantes do relógio de cabeceira.
Não registra por alguns momentos.
E então acontece.
Harry faz um barulho desesperado e tropeça, procurando sua varinha quebrada nos lençóis. A sala parece um local de bomba, e ele tem que pegar um ônibus em dez minutos.
Ele desaparece os resultados coagulados de seus esforços com um aceno de pânico da varinha, que funciona fazendo desaparecer o caldeirão inteiro e a chaleira do motel. Ele considera isso uma melhoria, apesar de como será irritante mais tarde, já que uma chaleira perdida será muito mais fácil de explicar para a limpeza, caso eles apareçam em sua ausência, do que um caldeirão cheio de restos de poções vis. Os ingredientes que ele joga em suas sacolas e enfia embaixo da cama. Então ele enfia os pés em alguns tênis de segunda mão, pega uma jaqueta e um suéter e sai correndo porta afora.
Ele verifica o corpo do homem morto no estacionamento completamente por acidente, sentindo um ruído úmido de gelo onde o corpo ensanguentado se conecta com o seu. O choque do gelo que atira em seus ossos é horrível, mas também o acorda no resto do caminho. Essa é certamente uma maneira de se chocar com a consciência.
"Ei," diz o corpo, e Harry passa sem responder. Suas mãos ficam dormentes onde o tocam.
Harry corre para o ponto de ônibus e apenas pela graça de um motorista excepcionalmente gentil ele consegue entrar no ônibus - o homem o vê correndo e diminui a velocidade para ele, embora Harry certamente não esteja esperando na parada onde deveria estar.
Recentemente, Harry passou a gostar de certas categorias de pessoas. Pessoas dirigindo veículos trouxas estão no topo da lista. Isso ocorre porque os veículos trouxas não estão vivos, então eles não podem aparecer como parte da fila de coisas mortas horríveis que Harry vê regularmente, mas eles também não se movem sem alguém no banco do motorista - o que significa alguém vivo está sempre definitivamente os impulsionando.
Harry sempre pode confiar que o motorista de um ônibus ou carro é uma pessoa real, sólida e viva. Não é uma coisa que ele costumava considerar ao julgar se gostava ou não de interagir com alguém ... mas os padrões de Harry caíram muito recentemente.
