Prólogo.

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1614 - Inglaterra. 

O vento batia contra a janela na pequena casinha feita de barro. Embora fizesse um barulho chato cada vez que as tábuas rangiam, não foi o suficiente para atrapalhar o jovem casal em um momento íntimo, no quarto. 

A casa era simples e pequena, com a iluminação típica da época. As paredes eram grossas, mas não o suficiente para preservarem apenas dentro delas os gemidos de prazer da mulher e os grunhidos enlouquecidos do homem, o que permitiu que a pessoa que estava caminhando em direção à casinha, os ouvissem, à distância.  

Entretida apenas em se agarrar ao homem que se chamava Philipe, Morgana Tudor fechou os olhos, deixando um gemido longo e abafado por um beijo, escapar. 

No auge dos seus vinte e cinco anos, Morgana podia ser considerada uma solteirona e já não se importava mais com sua reputação desde que um pretendente espalhou boatos nada honrosos sobre ela, há anos atrás, como castigo por não ter aceitado a mão dele. 

Sua família, obviamente, acreditou no rapaz ao invés dela e, desconsolados com a desonra, expulsaram Morgana de casa para que ela, futuramente, não se tornasse uma má influência para suas irmãs. 

Desonrada, desamparada e sem ter para onde ir, Morgana passou a pedir esmola na rua até que uma mulher ofereceu um trabalho para ela. Inocentemente e visando apenas as vantagens que foram apresentadas a ela, Morgana aceitou e fez uma longa viagem para outro Condado, onde ninguém a conhecia. 

O Bordel onde Morgana trabalhava era bem frequentado pela alta sociedade e até ao Rei da Inglaterra, ela já havia prestado os serviços. No entanto, foi nesse mesmo Bordel que, anos depois, Morgana conheceu Philipe. 

Eles nem ao menos conversaram ou se viram nas primeiras vezes que o rapaz apareceu por lá, sendo servido por outra garota. Então, em um belo dia, os olhos verdes de Morgana cruzaram com os pretos de Philipe. Nesse momento, algo dentro deles se conectou e todas as vezes que Philipe passava pelo Bordel, ele e Morgana ficavam horas dentro do quarto. 

Nem sempre tendo relações. Às vezes, Philipe ensinava Morgana a recitar poemas e ela contava como foi o dia dela. Às vezes, só ficavam abraçados, enquanto Philipe fazia planos e mais planos para pagar as dívidas de Morgana no lugar. Eles planejavam viajar para a Escócia, onde poderiam se casar em horas e, então, eles viveriam uma vida feliz, longa e com muitos filhos. 

Morgana aprendeu, meses depois, que a vida não era um conto de fadas e que os homens… Eles eram todos iguais. 

Enquanto Morgana revirava os olhos de prazer e sentia a boca de Philipe em seus seios, um barulho pôde ser ouvido no assoalho do chão.  Nenhum dos dois ligou, realmente, mas ao sentir que Philipe tinha se desfeito de prazer, ela abriu os olhos. 

Primeiro, Morgana levou um enorme susto, o que fez Philipe olhar para trás, alarmado. Então, ela viu, apesar da pouca claridade, o sangue dele se esvair de seu rosto e ela ficar imóvel, escondendo ela atrás de si. 

Kiss Of Death  •   Steve Rogers Onde histórias criam vida. Descubra agora