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Para Morgana, quinze dias não eram nada diante de sua existência eterna e amaldiçoada

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Para Morgana, quinze dias não eram nada diante de sua existência eterna e amaldiçoada. Mas isso não a impedia de ficar entediada, já que vinte e quatro horas demoravam muito mais a passar do que os anos ao longo do tempo. 

Ela sabia que chegaria um dia em que seria pega e presa por todas as pilhas de corpos que acumulou em suas mãos (ou melhor, em sua boca) por todos aqueles quinhentos anos. Mas ela não contava que seria pega pelos tão famosos Vingadores. 

Morgana poderia ser velha, mas ela sabia muito bem se adaptar aos anos posteriores  e se reinventar quantas vezes fossem precisas. Naquele momento de sua linha do tempo, ela sabia que os Vingadores eram a nova febre pop, assim como o Capitão América foi durante a Segunda Guerra. Por falar nisso, quem diria que o homem estava vivo? 

Por alguns segundos, ela perguntou a si mesma se, finalmente, conheceria o famoso Símbolo Americano. Talvez, não. Aquele cara com o tapa olho disse algo sobre alocar ela aos Vingadores, mas Morgana não acreditou. Não havia motivo algum para ela entrar na Iniciativa. 

Era apenas um monstro devorador de almas. Nunca uma heroína. Nem mesmo uma anti-heroína ou justiceira, afinal, sua fome não escolhia vítimas, apenas as fazia. 

Até que naquela hora, depois de quinze dias olhando para as paredes brancas de sua cela, Morgana sentia falta de Bartolomeu, mas conhecido como Bart, o gato mágico cuja dona ela havia matado e, agora, apesar de não se suportarem, ele devia lealdade a ela. 

O bicho tinha cerca de 200 anos. Talvez, até mais velho. Não era um gato comum. Pertencia a uma longa linhagem de bruxas, antiga e tradicional, e tinha sangue mágico correndo em suas veias há muitas gerações. Era preto, grande e bastante rabugento. Ela quase podia imaginá-lo a encarando, entediado, enquanto murmurava um "Eu te avisei!". 

Como se ela tivesse escolha sobre quem matava ou não...

Morgana conseguia sobreviver durante algum tempo se alimentando das almas de pequenos animais como roedores e pássaros, mas não era o suficiente. Naquele momento, ela estava começando a ficar nervosa e com medo pelo longo tempo em jejum. 

-Senhorita Tudor? 

Morgana ergueu a cabeça do colchão que estava deitada e encarou um homem cujo rosto ela conhecia das reportagens. Clint Barton acenou com a cabeça, quando ela sentou na cama, o encarando, curiosa. 

-Eu mesma. 

-Senhorita Tudor, eu sou o Clint Barton. Fui designado, pessoalmente, pelo Diretor Fury, para levá-la ao Quartel General dos Vingadores, onde você será apresentada e passará a ser treinada para que possamos utilizar suas habilidades, como já foi conversado com a senhorita. - Clint fez uma pausa e uma pequena ruguinha entre seus olhos, fez Morgana perceber que Clint foi instruído a falar daquela forma e estava tentando se lembrar do resto. - Aliás, ele também pediu para avisar que honrará a parte do acordo dele. 

Kiss Of Death  •   Steve Rogers Onde histórias criam vida. Descubra agora