Quinhentos anos antes da batalha de Nova York, Morgana Tudor foi amaldiçoada por uma bruxa e agora, vaga pela terra, imortal, tendo a difícil missão de absorver almas para que sua existência seja menos dolorida.
Uma série de erros em meio ao seu no...
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O pé irrequieto de Morgana fazia um barulho ritmado e constante no chão do corredor do Hospital. Morgana havia sentado em uma cadeira de frente para a enorme janela de vidro panorâmico, o que fazia com que o Sol refletido nas janelas dos prédios de Nova Iorque entrasse em seus olhos. Embora ela quisesse ter trocado de lugar, a sala de espera estava lotada.
Sam esperava ao seu lado, com o bom humor intacto, na verdade, enquanto Morgana, honestamente, só queria ir ver como Tony estava e voltar para Shield. Mal havia dormido naquela noite, embora tivesse dito a Steve que dormiu bem.
Uma mão quente sobre seu joelho fez com que Morgana pulasse de susto, sendo tirada abruptamente de seus pensamentos. Erguendo os olhos do chão para o rosto de Sam, a mulher franziu a testa, piscando, confusa.
-Sua perna está tremendo o banco inteiro, Gatinha!
-Ah… Certo. - Morgana ajeitou a postura contra a cadeira, assentindo, - Vou parar.
-Okay.
Morgana ficou quieta, com sua mente em algum lugar longínquo novamente. Mais especificamente, naquela manhã. Era notório que Steve estava bastante distraído e longe e ela sabia que ele não tinha trabalho naquele dia.
Por alguns segundos, ela achou que pudesse ser culpa dela, já que Steve mal a encarou nos olhos. Mas uma pequena voz no interior de si murmurou que ela estava sendo egocêntrica e egoísta, afinal, era muita presunção achar que qualquer "estranheza" era culpa dela.
O melhor amigo de infância dele estava desaparecido, o outro melhor amigo quase tinha morrido, ele era o líder de uma das equipes com os maiores problemas do mundo… Poderia ser qualquer coisa, literalmente.
Morgana tentou tirar Steve da sua cabeça, mas ele ficava voltando constantemente. A noite anterior tinha sido quase uma tortura física para ela: Estar deitada na cama de um homem, como cheiro dele a cercando de todos os lados, enquanto esse mesmo homem estava deitado no sofá, há apenas alguns metros de distância…
Os pensamentos de Morgana foram interrompidos novamente quando Sam espalmou a mão sobre o joelho dela pela segunda vez.
-Você está mesmo tensa, não é?
-Tô. - Morgana soltou o ar e concordou, encarando os olhos gentis de Sam.
-Quer conversar? - Sam perguntou, sério.
Ela o analisou, em busca de algum tipo de piada escondida, mas naqueles minutos, Sam nem mesmo parecia o palhaço de todo dia. Então, mesmo na dúvida se valia à pena, ela assentiu.
