Quinhentos anos antes da batalha de Nova York, Morgana Tudor foi amaldiçoada por uma bruxa e agora, vaga pela terra, imortal, tendo a difícil missão de absorver almas para que sua existência seja menos dolorida.
Uma série de erros em meio ao seu no...
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Era difícil manter Bart calado e fazer ele fingir ser um bichinho de estimação dócil e inteligente. Morgana passou um verdadeiro perrengue para manter o bicho sob controle durante aquela semana. Ainda mais, porque ela passou muito mais tempo decorando leis e regras, além de se apresentar a psicólogos, advogados e afins…
Ela não poderia dizer que formou alguma opinião sobre alguém, mas o mais próximo disso, seria dizer que teve a impressão de que Natasha não gostava dela, que Clint estava disposto a aceitar ela na equipe. Bruce e Thor se mantiveram distantes, mas ao menos, não a olhavam tão intensamente que ela chegava a corar, igual quando Natasha fazia.
Naquela noite, depois de ouvir Bart reclamar pelo que parecia a milionésima vez, Morgana avisou que ia sair um pouco e, mesmo sem trocar o pijama de flanela, pôs o casaco no corpo e enfiou as botas de cano longo, pretas, com pressa.
Ela não conseguia dormir. Não era de fome, ela sabia, afinal, foi bem alimentada física e "amaldiçoadamente" horas antes. Ela só estava bastante agitada e completamente ansiosa. Mas não tinha motivos para isso. Ou achava, ao menos, que não.
Ela desceu as escadas, que naquela altura, já havia decorado onde ficava, e se encaminhou para a direção da porta. Pisando devagar e sem fazer barulho, Morgana colocou a mão na maçaneta.
Então, a luz da enorme sala acendeu de supetão, enquanto uma voz masculina perguntou:
-Vai a algum lugar, Morgan?
-É Morgana. - A mulher respirou fundo e se virou para trás, encarando Tony Stark.
O homem estava sentado no sofá da enorme sala de estar, de pernas cruzadas e corpo voltado para ela.
-Tanto faz! - Ele rolou os olhos, encarando ela e apontando com um dedo em riste. - Vai a uma festa do pijama?
Ela tirou um maço de cigarros de dentro do bolso do casaco e balançou na frente do rosto, sorrindo ironicamente.
-Vou fumar. Que eu saiba, não estou impedida de sair, muito menos de fumar. Estou?
-Sabe que isso acaba com os pulmões?
Morgana alternou o olhar entre ele e o cigarro, dando de ombros.
-Se ao menos adiantasse…
-Nossa, que deprê! - Tony debochou, se ajeitando no sofá, com um gemido. - Vai lá, vai! Mas fique sabendo que eu estou de olho em você!
Morgana nem mesmo forçou o sorriso. Apenas virou de costas e abriu a porta com o cartão de acesso. No corredor silencioso, ela não fazia ideia de onde precisava ir. Achando uma porta vermelha com uma placa escrito "Proibida a entrada", ela decidiu ver se conseguia abrir e conseguiu, usando a chave de acesso. Então, ela percebeu que era um pequeno hall.
